28- "Eu não quero ser igual a ele"

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Pov Mattheo: 

Hoje é o dia de irmos para a mansão Malfoy para "comemorar" o natal. O que era para ser uma data festiva na verdade não será. 

Eu, Draco e S/n estamos em uma cabine do expresso de Hogwarst, indo em direção a mansão Malfoy. Narcisa mandou uma carta hoje mais cedo, avisando que não iria nos buscar mas não disse o motivo. Isso não é um problema, já que eu e S/n temos 17, ou seja, podemos aparatar.

S/n tá quieta o caminho todo e eu já imagino o porque. Eu sei o quanto vai ser difícil para ela rever o Lucius depois desse tempo que ele ficou preso, ainda mais depois de tudo o que ele já fez para ela.

Eu também não estou feliz por voltar para lá, já que meu pai também não é o melhor pai do mundo, está bem longe disso. O lado bom é que S/n vai estar lá e isso, de alguma maneira que eu não sei explicar, me acalma.

[..]

Chegamos na mansão. Batemos na porta e o Elfo dos Malfoy atendeu. Entramos e, como não tinha ninguém na sala, subimos as escadas e fomos para os nossos quartos. 

Coloquei minha mala no canto e resolvo ir ao quarto da pessoa que eu mais quero ver agora, Tom. 

Pode não parecer mas eu amo muito meu irmão e eu sei que ele me ama. Nós somos rudes um com o outro mas quando eu estou na pior, ele tá lá por mim.

Vou correndo até o quarto dele, quando entro, vejo que ele estava lendo um livro.

Mattheo: Não vai falar comigo?- pergunto encostado na batente da porta.

Tom olhou para mim, meio em choque por estar me vendo depois de tantos meses, colocou o livro na cama e veio correndo até mim, como uma criança que fica algumas horas longe de seu melhor amigo. O mais estranho disso tudo foi que ele me abraçou, mas eu tentei mostrar naturalidade com a ação. 

Tom: Senti sua falta.

Isso definitivamente não é o tipo de coisa que meu irmão faria.

Mattheo: Você tá bem?- digo saindo do abraço. 

Tom: Mais ou menos.

Mattheo: Quer conversar? 

Tom: Não. - ele diz enquanto se sentava na cama dele novamente. 

Mattheo: Draco e S/n também vieram.- digo mudando de assunto. 

Tom: Sério? Onde eles estão?

Ele tá estranho. É nítido que ele não está bem. 

Só que o Tom é muito fechado para as coisas. Ele odeia desabafar, odeia mostrar que está mal, odeia chorar na frente dos outros. Isso dói em mim porque eu sei que se eu estou mal com tudo que vem acontecendo, o Tom também deve estar. Ninguém é forte o tempo todo. 

Mattheo: Você tem certeza que não quer conversar? - digo preocupado.

Tom: Eu estou normal, Mattheo. Não é porque eu estou sendo legal, que tem algo de errado.- diz levemente irritado.

Mattheo: Não foi isso que eu disse. 

Tom: Mas foi o que quis dizer. Sempre que eu estou sendo legal de alguma maneira, você, S/n, Draco e Pansy acham que eu estou estranho- seus olhos começaram a marejar aos poucos.

Mattheo: Tom, você sabe que eu não quis dizer isso.- digo me sentando ao seu lado.

Tom: Eu sei!- ele aumenta o Tom de voz- Eu sei.- ele diz baixinho, quase num sussurro.

Os olhos de Tom estavam cheios de lágrimas mas ele não as derramava, como sempre, ele não as derramava. 

Mattheo: Fala comigo, irmão.- digo olhando nos olhos dele enquanto segurava os seus ombros. 

S/n MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora