"maybe"

537 45 9
                                    

capítulo 11

Addison's point of view

talvez. essa era a palavra que percorrida sobre a minha cabeça durante todo o tempo. talvez Meredith me odeie agora, talvez ela nunca havia sentido nada do que eu sinto por ela.

isso está me matando.

agora ela provavelmente odeie o fato de eu ter ido embora da sua vida sem explicações. mas aquela era a melhor opção que tive naquele momento.

estou em uma cidade não muito longe de washington e pretendo recomeçar a vida aqui.

acordo ao amanhecer em um quarto barato de hotel. não era um lugar tão aconchegante, mas era o único lugar que eu poderia estar naquele momento.

meus lábios estavam ressecados e meus olhos pareciam estar em chamas.

levanto daquela cama onde eu queria estar por mais cinco minutos. hoje tenho uma entrevista de emprego.

minha mãe está morando aqui, e eu não pude desperdiçar a oportunidade que tenho agora de trabalhar com a minha mãe naquela empresa, com certeza é melhor que a do meu falecido pai.

- onde eu meti aquele celular. - digo para mim mesma tentando lembrar onde havia colocado - achei. -

pego o celular que estava dentro de uma mochila e desbloqueio a tela. ao desbloquear vejo milhares de emails, mensagens de textos e ligações.

sem querer abro uma mensagem de voz de Meredith que dizia

"você.. foi embora. e não quero nada de você, a não ser uma notícia, me dê uma notícia. eu só peço isso a você."

meus olhos já estavam inundados por lágrimas. certamente eu não sabia controlar emoções.

Meredith era uma pessoa boa, sensível e amável. e eu a machuquei sendo estupidamente confusa.

onde eu me meti? meu deus.

[...]

avisto minha mãe de longe, uma mulher alta e ruiva dos olhos verdes. realmente não parecia ter quase 60 anos.

ela parecia estar diferente, ambiciosa pelo dinheiro e sua carreira. o típico da nossa família.

até que foi legal crescer como irmã única. não precisei dividir quarto, e nem mesmo brigar por lugares no carro. sempre só eu e eu.

- Addison.. veja como minha garotinha está grandinha. - sorrir ao ver Agnes.

- oi mamãe.

- bom te ver, querida. seu padrasto está louco para te ver novamente.

meu padrasto quer me ver? jurei por um bom tempo que meu padrasto me odiava. confesso que por um tempo esqueci que ele existia.

- Tom quer me ver?

- sim, e você tem um irmão agora. nós o adotamos. - vi o brilho que a mesma tinha nos olhos depois de tantos anos - sentimos sua falta em casa.

eu estava radiante por dentro, finalmente eu seria a garota com uma família feliz. até os meus 17 anos foram apenas eu e minha mãe sozinhas em um apartamento no five seasons.

minha mãe trabalhava o dia inteiro cuidando da empresa do meu falecido pai, Bruce.

Agnes não tinha tempo para mim, apenas trabalho. então cresci tendo ambição.

como sempre eu e eu.

- como ele se chama? - tentei quebrar o silêncio que havia entre nós.

- Daniel. ele é um bom garoto, filha. você vai adora-lo.

- creio que sim. - sorri amarelo para Agnes que parecia está tão empolgada com o seu novo filho.

confesso que estou com ciúmes.

[...]

adentro a grande sala da casa da minha mãe, aquela sala deveria ser maior que a minha casa inteira.

passo sobre uma lareira onde havia fotos minhas quando criança e do meu pai.

minha vida era tão deprimente e solitária depois que meu pai se foi. ele era um homem bom. eu nem se quer consigo lembrar da voz da sua voz.

- vou chamar Daniel para ver você. seja gentil e coloque um sorriso no rosto. - ouvi a voz de Agnes êcoar sob a grande sala.

logo em seguida vejo um pequeno garoto com um sorriso estancado no rosto e olhos bem marcantes vir em minha direção.
seus cabelos loiros eram notáveis e seu rosto com sardas poderiam ser vistas há distâncias.

com as suas pequenas mãos o mesmo acenou.

- você deve ser Daniel.

- sim, sou seu irmão. só que você já está muito velha.

- oh céus - gargalhei - só tenho vinte e sete.

- quantos anos você tem, espertinho.

- cinco.

- está velho também.

o mesmo sorriu e caminhou até Agnes novamente.

aquele garotinho era doce e sensível, como eu poderia odia-lo? ele me lembrava Meredith.

eu passaria alguns dias na casa da minha mãe, ela estava empolgada com a minha visita inesperada. estou feliz por ela.

eu estava cansada, os problemas só surgiam cada vez mais, era tão confuso pra mim ver a minha mãe ter uma nova família e eu estar sozinha como sempre. a única mulher que amei e teria uma família por coincidência é casada e não posso tê-la, o que torna tudo mais difícil para mim mesma.
sei que nunca encontraria alguém como ela, nunca haveria uma segunda Meredith, ela era única. talvez eu tenha me enganado na ideia de Meredith sentir o mesmo por mim. ela nunca sentiria, sempre esteve óbvio, desde a aquela noite onde nos conhecemos até aqui. nunca haveria Meredith e eu. eu já deveria saber disso.
espero encontrar alguém que ame o suficiente para me sentir amada outra vez.





as amantes | meddisonWhere stories live. Discover now