Buscando uma solução

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Pov's Dominic

Parecia que quanto mais o tempo passava, mais eu pensava na Emeraude. Eu não queria que fosse assim, pois sabia que podia significar que meus sentimentos por ela fossem algo ainda mais intenso. Não queria me envolver dessa forma, nem me apaixonar, da última vez que me apaixonei não deu certo e temia que a história se repetisse. Era ainda pior, pois eu sabia que ela podia retribuir aquilo, mas que também sentia a mesma coisa pelo Matthew. Não é como se eu ficasse me doendo de ciúmes ou algo do tipo, mas também não era algo muito comum para mim. Isso com certeza não impediu de aproveitar aquela noite no Brasil. Tenho certeza que o Matthew ficou tão surpreendido quanto eu, com a determinação dela e como ela queria nós dois igualmente. Eu tinha que admitir que tudo aquilo foi excitante, mais do que eu podia descrever. Jamais imaginava que algo do tipo poderia acontecer um dia e minha reação inicial seria negar algo assim, eu não tinha nenhum tipo de fetiche em transar com duas pessoas ao mesmo tempo, afinal para mim era melhor ter a atenção da pessoa com quem eu estava somente em mim. Mas aquilo foi tão bom que eu nem me senti incomodado, pensei que poderia ser constragedor em algum momento mas não foi, parecia tão bom e tão certo. E isso só dificultava minhas chances de tirar ela da cabeça.

Tinha se passado alguns dias desde que voltamos do Brasil, eu não havia falado com a Emeraude em momento nenhum e tinha que admitir que não estava gostando disso, eu sentia falta dela. Não sabia se deveria tentar novamente insistir ou se apenas devia seguir em frente, agir como se aquilo tivesse sido apenas mais uma noite. Ainda tínhamos eventos pela frente e eu acabaria vendo ela, era o que me deixava em expectativa, para ver se ela ainda sentia algo por mim ou não. Mas nesse momento, a única pessoa que encontrei foi o Matthew, estávamos em um bar como conversamos da última vez, desde a noite com a Emeraude não falamos sobre isso, mas sabia que em algum momento teríamos que tocar no assunto.

- E então, vou ter que repetir o brinde da última vez? Por termos beijado a mesma mulher? - Eu pergunto com humor, tentando soar descontraído em falar sobre.

Ele deu uma breve risada e depois me encarou, não parecendo muito incomodado em falar sobre aquilo.

- Talvez já devêssemos ter brindado a isso faz tempo. Pensei que você quisesse evitar o assunto. - Ele diz.

- Uma hora teríamos que falar, não é? Ou é você que quer evitar o assunto?

- Eu não, só ainda fico um pouco surpreso com tudo isso. Não é como se fosse algo que eu imaginei que um dia aconteceria, transar com a mesma mulher que meu melhor amigo e ainda ao mesmo tempo.

- Pode ter certeza que eu também não imaginava isso. Mas talvez seja bom, fortalecemos nossa relação, afinal já vimos um ao outro pelado.

- Com certeza, porque o que mais queria na vida era te ver pelado. - Ele diz de forma irônica.

- Poxa, Matt, se eu soubesse que você queria tanto assim já teria tirado a roupa na sua frente.

Ele deu risada assim como eu, até me senti mais aliviado em ver que aquilo não afetava nossa amizade. Meu breve receio aquele dia foi em parte por isso, a possibilidade de as coisas entre nós ficarem estranhas ou que acabassemos nos distanciando, mas era bom ver que não era o caso.

- Mas falando sério agora, não temos nenhum problema com isso, não é? - Ele pergunta.

- Não. Mas já que estamos falando nisso, falou com ela depois daquele dia?

- Não, eu não a vi desde aquele dia e nem nos falamos por mensagem. E você?

- Também não. Pensei que talvez você poderia ter falado com ela, já que é mais próximo dela.

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