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Assim que ele abriu a porta do próprio apartamento ele sentiu um cheiro vindo da cozinha, camarão, ele notou um segundo depois. Ele oferece em passar na cozinha para dar 'oi', mas a única que ele queria entrar no chuveiro e não ter que pensar em nada por alguns minutos.

Ela também não deu indícios de que queria falar com ele, já que mesmo ouvindo que ele entrou não falou nada. Assim que a água bate em seus cabelos, os tornando mais escuros do que já são, ele se prepara para comer o risoto de camarão e aspargos que ele sabe que Elain está fazendo, e não é como se ele odiasse camarão ou aspargos, mas ele definitivamente não gostava, e esse era a quarta vez em uma semana que ele iria comer esse mesmo prato.

Mas ele não se importava, poderia-se à mesa e comer a refeição tranquilamente, e quando ela perguntasse se ele gostou, ele falaria que sim, e ela não notaria a verdade por trás de suas palavras. Ela nunca notava.

Sendo assim Azriel saiu do chuveiro, passou a toalha branca pelos cabelos e secou o corpo, enrolou a peça na cintura e ao passar pelo espelho notou que suas olheiras passado piorado novamente, talvez devesse começar a tomar o remédio para dormir. Ele seguiu para o guarda roupa e vestiu uma calça de moletom com uma camiseta folgada.

Chegando à cozinha a terminar de colocar os pratos feitos nos lugares certos, ela dirigiu a ele um sorriso que ele retribuiu, ela se colocou na ponta dos pés e deu um selinho nele.

- Oi chuchu - outro selinho - tudo bem?

- Ei - ele retribui - tudo certo e você?

- Perfeito. Fiz risoto de camarão e aspargos. - diz puxando ele para uma mesa e se sentando ao seu lado. Ele opta por apenas acenar com a cabeça e se concentrar no prato. - Gostou? - ela pergunta quando ele acaba de mastigar.

- Sim. - e coloca mais na boca. Podia ter tentando doar mais animado, ele pensa um segundo depois e tenta amenizar seu tom com um meio sorriso e ela parece acreditar.

- Alguma novidade? - ela pergunta depois da terceira garfada.

- Ah - ele para um pouco para pensar e olha - abri um turma de autodefesa na academia. - ele fala distraidamente. E Gwyneth Berdara é minha nova aluna. - e você? Conseguiu achar o vaso que estava procurando?

E com isso ele dá a ela a deixa para que ela venha a falar de suas novas flores, nova horta e seu curso de jardinagem. Ele se esforça, de verdade, para se concentrar e prestar atenção, mas ele simplesmente não consegue impedir sua mente de começar a processar o dia de amanhã, ele ainda está olhando para ela e assentindo de vez em quando, porém sua mente não está totalmente ali.

Em algum momento entre suas falas Elain se sentou em sua perna e agora estava passando a mão em seu cabelo que estava praticamente seco. Ele passou o braço em sua cintura e apoiou a outra mão em sua coxa, olha o olhar e encontrou os olhos dela. Eram calmos e serenos, marrons, como chocolate, ele se lembrava de ficar se perguntando o exato tons deles antes, agora estava esperando sentir alguma coisa quando olhava para eles. Uma corrente elétrica pelo seu corpo, uma faísca em seu peito, uma vontade infinita de olha-la, mas não veio nada.

- Aconteceu alguma coisa? - ela pergunta gentilmente nunca parando o movimento.

- Não, nada. - ele desce seu olhar para a boca dela.

Talvez ele devesse beijá-la, aí sentiria tudo o que ele pensava que poderia sentir então ele levou a mão até a parte de trás de sua cabeça e ela veio para ele. Assim que seus lábios se encostaram, ele não sente nada do que esperava, aprofundou o beijo, suas línguas se tocaram, mas nada aconteceu novamente. Então ele aumentou seu aperto sobre ela que se levantou rapidamente para passar a perna sobre ele e se sentar corretamente em cima dele. Precisando de mais, ele começa a descer a boca pelo seu pescoço enquanto suas mãos desabotoam o short dela.

Ela deixa pequenos gemidos enquanto passa as mãos pelos braços dele, mas não é exatamente o que ele quer, ele quer mais. Se levantando, ele os direciona para a bancada ao lado da pia, o short dela é jogado no chão e quando ele se prepara para arrancar a blusa dela e ela puxa seu rosto que estava quase chegando a seus seios.

- Vamos para o quarto. - pede com a voz manhosa, ele acena e apega de novo.

Ao colocar-la na cama ele retira sua própria blusa e volta a beijá-la, seus beijos vão descendo e ele retira a blusa dela, seu sutiã, e se dirige para o seio esquerdo, depois para o direito. Ele vai descendo e chega à margem de sua calcinha, deposita um beijo logo em cima e a retira. Retira a própria calça e quando volta a ela, ele a lambe sua intimidade de cima a baixo e aperta levemente seu seio direito. Ela aperta o lábio, mas ele quer que ela grite. Ele se levanta e pega a camisinha, ele a beija, mas quer mordê-la, mas ela já expressou seu desconforto com isso, ele entende, apenas beijos. Ele se insere lentamente dentro dela, olhando nos olhos dela todo o tempo, tentando se conectar de uma forma extraordinária, mas nada. Ele vai mais rápido, e ela aperta o cabelo de sua nuca, mas ele quer mais forte.

Quando os dois chegam ao ápice, eles tomam alguns segundos se recuperando e ele rola de cima dela e se dirige ao banheiro para jogar a camisinha no lixo, se limpar e coloca a calça de volta. Deita na cama e encara o teto enquanto ela levanta, coloca alguma roupa que ele não repara. Ela volta para o seu lado.

- Boa noite chuchu. - diz depositando um selinho nele.

- Boa noite. - ele reponde e ela vira para o outro lado.

Talvez seja o problema comigo. Talvez eu esteja buscando algo inalcançável. Podem ter se passado horas, mas ele continua encarrando o teto. A respiração de Elain indica que ela está dormindo profundamente, ela está um palmo dele, virado de costas quando ele olha, por que ele não está sentindo uma vontade absurda de abraça-la? De beija-la? Conversar com ela? Qual foi a última vez que eles conversaram? Uma conversa em que ele respondia animado, e eles trocavam de assuntos sem parar? Na verdade qual foi a última vez ele fez isso com qualquer pessoa? Por que tudo parece estar alheio a ele? Por que parece que ele sempre está de fora enquanto seus irmãos estão loucamente apaixonados, por que é tão cansativo tentar se encaixar? Ele vira para o outro lado e respira fundo com os olhos fechados, tentado cessar seus pensamentos sobre ele mesmo e sobre seu relacionamento com a bela mulher ao lado, logo começa a sentir o peso do cansaço que ele vem acumulando a dias, quando finalmente dorme não sobra energia para nenhum pensamento ou sonho.

AU| GWYNRIELOnde histórias criam vida. Descubra agora