capítulo 3

1.2K 109 0
                                    

Sina deinert urrea

A amanhã estava sendo daquelas que me fazia desejar que o dia chegasse ao fim o quanto antes. Minha cabeça estava zonza e parecia que a qualquer momento eu iria desmaiar.

A secretária me trouxe uma marmita e só de olhar para aquela carne de boi, já me dava refluxo.

-Senhora, você tem que comer - disse ela.

Eu a encarei, provavelmente com um aspecto péssimo.

-Eu sei, eu sei - falei com uma meia voz. - Mas essa carne esta me deixando pior.

Ela se sentou a minha frente e sorriu, envergonhada.

-Posso falar uma coisa? - ela disse timidamente.

Assenti.

-Sei que pode ser intromissão minha, mas... - ela se ajeitou um pouco e me olhou com cautela. - A senhora não esta grávida?

Grávida?

Não que a possibilidade fosse nula, afinal, noah tinha se tornado muito sedento depois que voltamos. Mas depois das falsas esperanças que criei da ultima vez, era difícil acreditar nessa possibilidade.

-Poderia me comprar um teste? - perguntei.

Ela se levantou, concordou e saiu da sala.

Confesso com uma parte de mim estava feliz e a outro estava apavorada.

A ideia de ter mais um membro em nossa família estava me deixando muito feliz, mas temia a reação de Noah. Ele é um homem incrível, sei disso. Sei ainda mais que ele não me deixaria na mão em um momento como esse, mas ainda assim...

Peguei os papeis e tentei colocar toda a minha atenção em meu serviço, mas de repente me peguei escrevendo nomes de bebês.

A ânsia de vômito veio com força e eu corri para o banheiro. Fiquei sentada ao lado do vaso.

-Sina - gritou ao me encontrar naquele estado.

O cheiro de seu perfume inundou meu nariz e tudo aquilo que eu estava segurando no meu estômago foi mandando para fora.

-Meu Deus, vou levar você para o médico - falou.

Revirei meus olhos.

-Me da logo esse teste aí - eu disse.

Ela me entregou, mesmo que relutante e me deu privacidade.

Segui passo a passo do que dizia na caixinha.

Fiquei encarando o teste e os segundos pareciam se estender, tornando a espera torturante.

-Hiara - gritei.

A secretária apareceu na porta do banheiro ofegante.

-Sim, senhora? - ela falou tentando manter a uniformidade da respiração normal.

-O que quer dizer duas rosquinhas? - perguntei trêmula.

Minha secretária abriu um sorriso e deu uma risadinha.

-Hiara - eu falei com uma voz de medo que eu não reconheci. - É o que eu estou pensando?

Ele balançou a cabeça.

-Parabens, mamãe - ela cantarolou.

A Governanta: mãe de dois ↯ ⁿᵒᵃʳᵗWhere stories live. Discover now