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O sinal finalmente tocou para a hora do almoço, eu já estava impaciente com essa demora mas tudo pareceu passar quando vi o belo sorriso de Taehyun, como eu adoro esse sorriso.

- Oi, Beom! 'Tá afim de comer o que? - diz ficando em minha frente e me olhando nos olhos.

- Oi Tae, acho que nada. 'Tô sem fome hoje. - desvio meus olhos para o céu e observo as grandes e brancas nuvens que estavam espalhados pelo mesmo.

- Ah, mas nem pensar que você vai ficar sem comer! 'Tá doido, garoto? - fala parecendo indignado, ele fica engraçado assim. Sem perceber acabo rindo. - Do que você 'tá rindo?

- É que você fica engraçado quando 'tá irritado... é fofo.

- O-obrigado, Beomgyu. - corou e desviou o olhar, espera... ele estava com vergonha? Ele é realmente adorável!

- Bom, quer dividir o fone?

{Q.D.T.}

- Tchau, Taehyun-ah. Juízo na hora de voltar para casa! - ri de sua carranca e logo admirei seu esbelto sorriso, ouvindo cautelosamente a sua risada, que mais parecia uma doce melodia aos meus ouvidos. Seus olhos se tornando quase dois risquinhos eram encantadores, cada pedacinho seu me fazia sorrir bobo, sem nem mesmo perceber.

Yeonjun e eu voltávamos da escola e depois iríamos treinar. Chegando em casa, tomamos banho, trocamos de roupas e almoçamos, retornando às ruas e seguimos para a empresa.

- Hyung, como andam as coisas com o Soobin? Você mal fala comigo no intervalo, já não sei de mais nada que acontece na sua vida!

- Ai, que drama, Beomgyu! É você quem não fica comigo no intervalo, agora que começou a falar com o Taehyun, mal lembra de mim. - se formou uma cara emburrada em seu rosto e seus braços se cruzaram, ele era mesmo uma criança birrenta. - Aliás, me conta como foi com o Taehyun hoje.

- 'Tá, mas depois, você vai me contar sobre o Soobin. - o mais velho concordou com a cabeça e comecei a falar enquanto entrávamos na sala de prática.

× Flashback ×

Taehyun estava sentado na mesma mesa de sempre, mas dessa vez, eu estava ao seu lado. Estávamos escutando uma música qualquer no fone de ouvido dele e observavamos os diversos estudantes e, de vez em quando, as nuvens em formas de animais ou objetos, enquanto saboreavamos nossos sanduíches de presunto e queijo... isso me dava uma sensação de paz.

Estar com ele me dava paz.

Talvez fosse a sua voz calma e tranquila, ou talvez fosse o seu cheiro doce e suave, eu não sei bem ao certo, mas algo nele me faz sentir coisas estranhas que são estranhamente boas. Creio eu, que são os sintomas da paixão, mas me preocupo se isso deveria acontecer tão frequentemente.

Sempre que o Kang sorri, sinto meu estômago formigar, como se houvesse uma escola de samba festejando dentro de mim. Quando o vejo, minhas mãos suam e meu coração acelera, porém, ao mesmo tempo que isso tudo acontece, eu também consigo sentir uma serenidade. No momento em que estamos juntos, eu me sinto feliz, consigo sentir a endorfina correndo pelo meu corpo e, às vezes, isso me causa arrepios.

Era exatamente assim que eu estava me sentindo agora. Estávamos muito próximos, isso me fazia sentir borboletas no estômago, tão clichê. Nossos ombros estavam grudados um no outro, e nossas coxas também, muito simples, eu sei. Mas qualquer contato é válido quando você está apaixonado, até mesmos os mais insignificantes, como esses que acabei de falar.

A música trocou, nossos olhares se encontraram e, por poucos segundos, achei que neles saiam faíscas. Someone's someone era a música, e parecia se encaixar tão bem no momento em que estávamos nos olhando. Uma onda de eletricidade correu pelas minhas veias, passeando por cada canto do meu corpo, me proporcionando a sensação de adrenalina.

Love on a piece of paper (Taegyu)Where stories live. Discover now