Bilhetes

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POV. Meredith
A viagem de carro foi no mínimo, quente... Houveram demasiadas provocações entre mim e Derek, algumas sem querer mas depois que percebemos as sensações que causávamos um ao outro... não páramos mais.
Ajeitei o meu vestido para que a minha coxa ficasse bem exposta e vi pelo canto do olho, Derek engolir em seco. Ele tentou ao máximo manter os olhos na estrada, e quando foi colocar outra mudança, a sua não propositadamente escorregou, fazendo os seus dedos passarem levemente pela lateral da minha perna.
Se aquele simples toque dele me deixou totalmente arrepiada, nem quero imaginar quando...
-Chegámos!- ele interrompeu os meus pensamentos, felizmente. Ele como sempre um cavalheiro, deu a volta ao carro e ajudou-me a sair. Caminhámos juntos, e senti a mão dele deslizar na minha, entrelaçando os nossos dedos. Não disse nada e apenas sorri pelo seu gesto delicado.
-Reserva em nome de Derek Shepherd...- a rapariga deu uma vista de olhos pelo livro e depois voltou a olhar para nós.
-Sr. Shepherd, Sra. Shepherd, podem acompanhar-me...- ia corrigi-la, mas sendo que Derek não fez, eu mantive-me quieta. Ele ajudou-me com a cadeira e depois sentou-se na minha frente.
-Já tinhas vindo aqui alguma vez?
-Não, a primeira, mas já ouvi dizer coisas muito boas sobre este lugar.- conversámos bastante até a comida vir e depois continuamos na sobremesa. Olhei em volta e já não estava mais ninguém a não ser nós no restaurante.- Der, que horas são? Já só restámos nós...- ele olhou também em volta e começamos a rir que nem loucos. Ele chamou o empregado e pagou, depois de muita insistência minha para dividimos a conta e saímos do restaurante de mão dada novamente. Não dissemos nada durante a viagem, ele apenas pegou na minha mão e continuou com os nossos dedos entrelaçados enquanto conduzia.
-Aqui esta princesa, de volta ao castelo. Talvez seja melhor eu te levar á porta, está tarde e não quero que te aconteça nada...- ele abriu a minha porta e ajudou-me a sair. Segui até à entrada de minha casa.
Não sabia se devia ou não, então fiz o que o meu corpo de mandou.
-Queres entrar para uma bebida? Terminar a noite com um brinde?- coloquei os dois braços ao redor do seu pescoço e passei os dedos pelo seu cabelo antes de me aproximar do seu ouvido.- Ou talvez terminar a noite de outra forma...- pelo aperto da sua cintura percebi que ele aceitou a proposta, então abri a porta de casa e entrei com ele logo atrás de mim.
Quantos pousei as chaves da entrada, reparei num bilhete.
"Tiveste saudades minhas, minha doce Mer? Estou mais próximo do que pensas..."
O meu coração acelerou. Ele esteve aqui... Ele esteve aqui em casa...
Todas as memórias vieram de uma vez, todas as feridas que mal estavam fechadas abriram e alguém colocou álcool na ferida.
A minha respiração ficou cada vez mais pesada, o meu peito parecia não se mexer para respirar. Eu não conseguia respirar, eu não sentia o meu corpo, as minhas mãos estavam a ficar dormentes assim como as minhas pernas. Senti as mãos de Derek na minha cintura, assim que me viu a ir abaixo.

 Senti as mãos de Derek na minha cintura, assim que me viu a ir abaixo

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-Mer... Mer, olha para mim. Estás a ouvir-me? Está tudo bem... Está tudo bem meu amor eu estou aqui...- ele passava as mãos pelos meus cabelos, costas e repetia o processo assim que chegava ao fim das minhas costas.
-Leva-me daqui... por favor eu não quero estar aqui, por favor... Por favor Der, eu não quero estar aqui tira-me daqui...- ele pegou na minha mala e levou-me de lado pela cintura, para fora de casa.
Conseguia ouvi-lo dizer que tudo ia ficar bem, no meu ouvido, mas eu não conseguia parar de chorar, nem mesmo no carro. Não fazia ideia para onde ele me ia levar, mas eu confiava nele, então... apenas deixei que ele me levasse para um lugar melhor.
Assim que paramos percebi que estávamos num descampado, onde havia um trailer.
Por mais que quisesse falar, não conseguia parar de chorar.
Ele tirou-me do carro e levou-me para dentro. Tirou o meu casaco.
-Posso tirar o teu vestido?- ele tinha uma t-shirt que parecia ser sua, nas mãos. Disse que sim com a cabeça e ele tirou o meu vestido, com os olhos fechados e ajudou-me a vestir a camisola.- Queres falar sobre o que aconteceu?- nessa altura comecei a chorar ainda mais então ele apenas se sentou na cama, pousou-me no seu colo. Abraçou-me e deixou-me chorar no seu peito. Com ele eu sentia-me bem. Sentia-me segura, em casa...

Olá olá!
Os meu bebés perfeitos são tão lindos juntos não acham? O que terá sido aquele bilhete? Irá a Mer falar com Derek?
Um beijo,
Bru

Psicologia de Grey Onde histórias criam vida. Descubra agora