chapter three *again*

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S u m m e r

Saí do carro, esperando Christian dar a volta ao mesmo. Nash e Jack já seguiam para a entrada, percebia-se pelo andar que Jack estava mais à vontade com a nossa família do que Nash. Talvez por conviver com a minha irmã e a minha mãe.

Nestes últimos tempos, tudo tem corrido bem. Eu e o Christian tínhamos recuperado da perda do nosso bebé, o processo de adoção do Nash e do Jack estava em andamento, e embora eu achasse que iria demorar por serem mais velhos do que o normal, estava disposta a esperar. Nenhum deles estava autorizado a dormir connosco, ou seja, ficarem no quarto que eu tinha preparado para eles. Mas por agora eu contentava-me com os dias que passava com eles.

- Hey filha! - a minha mãe saudou-me. Olhei para a sua face, quase livre de rugas. A dona Beatrice aguentou-se bem han? 51 anos e com uma pele maravilhosa. Sem falar do corpo claro.

- Como estás mãe? Melhor da gripe? - perguntei abraçando-a.

- Claro! Estou pronta para outra. - sorriu e logo cumprimentou Christian que vinha atrás de mim.

Entrei na sala, deixando os dois a conversar, e observei o meu pai e Nash torcerem por uma das equipas que jogava na televisão, enquanto o Jack e a Autumn trocavam frases curtas e sorridentes. No chão estavam Edward e Krystal com Emily e a mais recente aquisição na família, a adorável cadelinha Bonnie.

Emily foi diagnosticada com síndrome de Asperger aos 8. Odeia que gritem com ela e barulhos altos, então quando o meu irmão tentou arranjar um cão para ela, a tarefa difícil começou. Tinha que ser um cão calmo, que não saltasse para cima dela ou que ladrasse muito. Foi aí que Bonnie apareceu. Sem uma das patinhas da frente devido a um atropelamento. Juro que a Emily e a Bonnie são a reencarnação uma da outra. Bonnie é calminha, e adora fazer o mesmo percurso todos os dias de manhã com a dona. Emily é a criança mais doce que pode existir à face da terra, e adora fazer o mesmo percurso todos os dias com a sua cadela.

- Hey Emily... - sussurrei baixando-me perto de si. Os seus olhos brilhavam imenso ao encarar a cadela, e assim que se viraram para mim um sorriso enorme instalou-se nos seus lábios.

Edward e Krystal lidaram muito bem com tudo aquilo que aconteceu. Apesar de Krystal ter ficado um pouco assustada no início logo se foi habituando e criando uma rotina. Afinal, Asperger era mesmo isso. Uma rotina. Só que uma rotina de uma vida. As mudanças na vida de Emily tinham que ser feitas com calma, para nada ficar demasiado assustador para a menina.

- O que estás a fazer? - perguntei sentando-me ao seu lado vendo a cadela morder de brincadeira a sua saia vermelha.

- Brincar... - ali estava o primeiro indicador do síndrome. Frases curtas, voz baixa e doce que tornavam a rapariga na melhor pessoa para conversar que se tinha ali.

- E do que estás a brincar? - manteve a sua voz baixa.

- Brincar com a Bonnie... - suspirou contente acariciando a cadela entre as orelhas - Quem é aquele? - o seu dedo pequenino foi direccionado para Nash que estava dividido em ver o jogo e torcer pela equipa, ou em focar-se na conversa entre Jack.

- Aquele é o Nash... Ele vem viver comigo e com o Christian. O que achas dele?

- Giro... Tem olhos azuis como os do papá. - falou simplesmente.

Cumprimentei todos à minha volta, sorrindo por ter uma família assim. Bateram à porta mais uma vez e a minha mãe foi abrir cumprimentando todos alegremente.

Luke, a sua mulher, Sophie e o seu filho de 13 anos, John, entraram na sala calmamente como era hábito. O meu pai levantou-se rapidamente e saudou-os. Eu sabia que o meu pai ainda não confiava 100% no Luke, e também sabia que no fundo, no fundo, o Luke ainda gostava da minha mãe. Mesmo que amasse a mulher e o filho.

No meio de tantos pensamentos, senti o meu telemóvel tremer. Tirei-o do bolso vendo o nome de Richard brilhar no ecrã. Sorri e levantei-me dirigindo-me lá para fora para conversar com calma.

- Hey Rick! - soltei sorrindo.

- Hey Sum... Tenho uma novidade para ti. - a sua voz não parecia tão animada quando a minha.

- O que se passou?

- Adivinha o que aconteceu ontem? - falou baixo.

- Diz de uma vez Rick estás a deixar-me preocupada...

- O Steve descobriu que é gay... E foi num encontro ontem, com um rapaz.

Fiquei alguns segundos em silêncio a ouvir a sua respiração.

- E não é bom Rick? Ele descobriu quem é. Porque é que estás assim?

- Eu não estou assim por causa disso... Isso nem me incomoda mesmo, eu já sabia. O Adam diz que eu tinha um instinto qualquer... Uma palhaçada qualquer do meu velho.

- Não te esqueças que esse velho cuida de ti... Mesmo nesse sentido que estás a pensar. - dei uma gargalhada ouvindo-o fazer a mesma coisa.

- Só pensas nisso estúpida... Mas sim cuida muito bem de mim. - voltei a rir ao imaginar as suas bochechas vermelhas.

- Então porque é que estás com essa vozinha? - perguntei tranformando o meu sorriso aberto num sorriso triste mesmo que ele não me conseguisse ver.

- O Adam quer... Ir viver para Inglaterra. Para Londres... - sussurrou.

- E tu queres vir? - perguntei.

- Eu q-quero... Mas... Não me queria l-lembrar dele. Não quero que o meu filho se chateie comigo, não quero que o Adam me deixe, não quero que nada na minha vida mude.

- Richard... Nós já falamos sobre isto imensas vezes. O Steve foi importante sim, tu sabes o quanto ele significava para mim também. E tu não vais perder o teu filho, muito menos o teu marido por teres amado alguém que já não está connosco.

- Summer... Ele foi o meu primeiro tudo. O meu primeiro amor, o meu primeiro beijo, ele foi o primeiro.

- Mas não é o último. Tu tens o Adam e o mini Steve que te amam imenso, independentemente do que já passaste.

- Okay... - suspirou, eu podia imaginá-lo a limpar as lágrimas que tinha a certeza que tinha deixado cair - Eu vou para Londres então... Tenho saudades tuas Sum, e quero muito conhecer o Jack e o Nash.

- Eles são fantásticos Rick... São fantásticos e lindos.

- E nenhum é gay? - riu, fazendo-me rir também.

- Eu acho que não... Mas estão a descobrir-se acho eu. O Nash e a Autumn parecem dar-se mal, mas o Jack garante-me que eles gostam um do outro.

- Uhhh, incesto entre tia e sobrinho. A tua família é esquisita Sum. - voltou a rir à gargalhada.

- Eu sei... - era bom ver o Richard contente, neste caso ouvir.

- Bem, a conversa está boa, mas eu preciso de ir falar com o Adam e com o Steve. Até já Sum, beijos.

- Beijos Rick, boa sorte. - desliguei a chamada e dirigi-me para dentro de casa novamente. Parece que vamos ter mais alguém para se juntar a nós.

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LEIAM TUDO IUTRA VEZ PORQUE ISTO ATUALIZOU MAL!!!!

Ainda não estou emocionalmente estável para falar sobre alguma coisa malta. Just... wow.

COMENTEM PLEASSSSSE *O* I LOVE YOU ALL. I'M BACK. JÁ ESTOU A ESCREVER O PRÓXIMO :)

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He's My DadWhere stories live. Discover now