29. Going crazy

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*AVISO: É um capítulo pequeno, que só está sendo postado porque queria dar um agrado a vocês, então o vejam como um bônus, e como bônus, espero que me encham de comentários. Acho que vou merecer!*


Por Beatrice.

Estamos com raiva um do outro, então a forma que ele me toma é quase agressiva. Eu não esperava isso, mas meu corpo o recebe como se eu fosse acostumada com esse tipo de atitude. Luke me pressiona na bancada de mármore da cozinha, com uma mão na minha cintura por dentro da blusa e a outra afundada nos meus cabelos, segurando firmemente minha nuca e controlando o beijo afoito que me roubou. Sinto meu coração batendo com força e meu cérebro em um curto-circuito. Estou zonza, arrepiada dos pés a cabeça, e me agarro em sua camiseta em busca de equilíbrio. Seu beijo me tira todos os pensamentos coerentes que posso ter, me tira a raiva, me tira as discussões que tivemos e me deixa só com desejo puro. Como pode ser tão bom?

- Droga, Bee... -escuto sua voz rouca e ofegante em um segundo que ele se afasta em busca de ar-

Não demora para suas mãos descerem para minhas coxas e ele me ergue, me sentando na bancada fria e se encaixando no meio das minhas pernas, apertando minhas coxas em volta da sua cintura e me beijando com o mesmo vigor de antes. Eu enrolo meus braços no seu pescoço e me enrosco mais nele, precisando desse beijo tanto quanto preciso do ar que fugiu dos meus pulmões. Sua mão dentro da minha blusa me aperta a pele e eu solto um gemido de prazer.

É o Luke! É o Luke! É o Luke! Minha mente grita, como um aviso, mas não consigo focar nisso. Só consigo focar na sua língua dentro da minha boca, dos seus dentes mordendo meus lábios, suas mãos me apertando contra ele e do seu desejo que é igual ao meu. Forte!

Sua boca descola da minha e desce pela mandíbula até o pescoço. Ele me morde, me chupa, me lambe a pele do meu colo e eu largo a cabeça para trás, fitando o teto e procurando a sanidade que devo ter esquecido na porta de casa. Seus lábios correm até meu ouvido e ele morde meu lóbulo, me fazendo fechar os olhos com força e estremecer.

- Eu vou enlouquecer se não parar de gemer gostoso desse jeito, anjo. -ele sussurra e eu solto mais um gemido que não consigo segurar-

Ele rosna algo e toma minha boca mais uma vez, segurando meu rosto com as duas mãos. Eu seguro sua nuca com uma mão e o puxo pela camiseta com a outra. Estou inquieta, querendo me esfregar nele, querendo tanta coisa que nem me reconheço. O que ele está fazendo com minha cabeça?

O som do meu celular tocando nos assusta e me tira do transe. Ele sente isso, ele nota. Tento empurrá-lo de leve, com as mãos em seu peito, mas ele segura minhas mãos, acalmando o beijo até que seja apenas nossas bocas encostadas.

- Bee... -ele sussurra contra minha boca e eu lhe dou um selinho antes de virar o rosto-

- Preciso atender. -murmuro e minha voz soa estranha-

Ele me solta e é como se só agora estivesse voltando para a realidade. Estamos na cozinha do apartamento, estou sentada na bancada, com minhas pernas separadas e ele está no meio delas. Ele não me toca mais, tem suas duas mãos pressionadas no mármore, me deixando entre seus braços. Me encara enquanto eu, com as mãos tremulas, atendo a ligação.

- A-alô? -gaguejo e desvio o olhar, tentando controlar a respiração-

- Oi, Bee. -Lucy fala do outro lado da linha e eu fecho os olhos- Só para avisar que já estou no bar. Cal foi com o Ash em um jogo de futebol então eu vim de Uber. Já está vindo? -ela pergunta-

- Estou... -pigarreio- Estou em casa. -eu falo e desço da bancada, roçando meu corpo no corpo de Luke ao tentar passar, já que ele não faz questão de se afastar. Ele tenta me manter perto, mas me afasto antes e ouço seu suspiro resignado- Só vim pegar minha bolsa. Já estou indo. -falo entrando no corredor, indo em direção ao meu quarto-

- Está bem? -ela pergunta com a voz confusa e eu pego minha bolsa em cima da cama. Me olho no espelho do closet e noto a roupa amassada e o pescoço marcado pelas mordidas de Luke. Meu rosto está corado, meus lábios inchados e meu cabelo uma bela bagunça-

- Estou bem. - bem amassada, isso sim- Não vou demorar. -respondo e me despeço, guardando o celular no bolso-

Prendo meus cabelos em um coque desajeitado e pego uma blusa no armário. Noto a presença de Luke na porta do quarto quando estou saindo em direção ao banheiro.

- Posso te levar. -ele murmura e eu nego com a cabeça-

- Não precisa. -respondo e me fecho no banheiro-

Lavo meu rosto na pia, troco de blusa e me olho no espelho mais uma vez. Acabei de me agarrar com Luke na cozinha. Isso soa tão absurdo que me sinto em um universo paralelo. É como se tivesse vivido uma realidade fora do corpo. Mas meu corpo ainda se recupera daquele momento, então sei que é real. Sei que vivi isso.

Quando saio do banheiro, ele ainda me espera no corredor. Passo por ele ajeitando a bolsa no ombro e ele me segue.

- Bee, é sério. Posso te levar. -ele insiste e eu nego com a cabeça-

- De verdade, Luke. Não precisa. -recuso e sinto sua mão segurar a minha-

- Vamos conversar. -sua voz é branda, mas não consigo me deixar levar-

- Não há o que conversar. Só esquece isso. -não sei como crio coragem de dizer algo assim, sendo que sei que nunca vou esquecer isso-

Ele me solta e não perco tempo. Saio do apartamento sem olhar para trás. No elevador, ainda ofegante e assustada pego meu celular e leio a mensagem de Ethan.

"Vou ao bar hoje. Quero conversar!"

Reviro os olhos e guardo o celular na bolsa. Que dificuldade é essa que os homens têm na cabeça de entender quando uma mulher não quer conversar?


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Quem amou?

Acho que tô merecendo uns comentários, hein? 

Volto logo! *talvez amanhã*


Falling (L.H.)Where stories live. Discover now