DESTINO (MORRO) - Degustação

Capítulo 14

Aurora
Rio de janeiro 📍

Uma semana já se passou e eu estou aqui na cidade maravilhosa novamente, confesso que estava com saudades desse lugar. Estou em um apartamento na Barra junto com o Matheus e Bia, a casa é bem espaçosa com direito até vista pro mar.

— Vamos Aurora ? — Matheus me chamou pela 3 vez.

— Vamos. — peguei minha pequena mala já que vou fazer plantão de 24 horas — Tchau Bia.

Saí escutando ela responder.

Entrei no hospital junto com Matheus, a verdade é que eu estava amando trabalhar nesse hospital, sinto saudades dos meus antigos colegas de trabalho, mas aprendi a fazer novos amigos aqui.

Caminhei até a uma sala onde os médicos ficam, deixei minhas coisas e me preparei pra trabalhar.

Fui até a emergência ver uma paciente que eu estava acompanhando. Era uma senhora que teve covid, ela chegou em estado péssimo, 50 % do seu pulmão esquerdo comprometido sem contar os diversos problemas de saúde que ela tinha. Foi uma luta pra conseguir estabilizar o estado dela.

— Oi Lena, como está se sentindo hoje ? — chequei seu estado.

— Me sinto cansada, mas acordar viva é um privilégio — fitei a senhora do cabelo branco me oferecendo um sorriso gentil.

Olhar pra ela me faz lembrar da minha vó, espero que não tenha acontecido nada com ela.

— Hoje vamos fazer mais exames pra ver como a senhora está ok ? — assentiu — A senhora vai voltar pra casa, não se preocupe.

Acompanhei ela em todo os exames que ela fez, acabei pegando um carinho enorme com ela. Passei a manhã toda no consultório ou emergência pra ajudar, minhas pernas já estavam cansadas de tanto andar, olhei no relógio e já estava na hora do almoço.

Segui até o refeitório encontrando alguns médicos e enfermeiros comendo.

— Como está o bebê Laura ? — estava sentada ao seu lado comendo.

— Mexendo muito — respondeu — Meu pé está inchado e estou tão cansada.

— A carinha de bola dela — Matheus apertou a bochecha dela.

— Para — bateu na sua mão — Só não te chingo em respeito a minha filha — acariciou a barriga.

— Quando você vai tirar sua licença ? — perguntei.

— Não sei ainda, estou resolvendo as coisas pra alguém me substituir temporariamente.

— Resolva isso logo, você não pode trabalhar nessas condições, está carregando um bebê precisa descansar Laura — Matheus disse.

— Bem que vocês poderiam atender um paciente daqui a pouco pra mim né. — sorriu.

— Tô fora, tenho pacientes também.

— Matheus por favor, se fosse meu amigo mesmo...

— Eu faço pra você — interrompi ela — O que tem que fazer ?

Me olhou sorrindo.

— É exames de rotina, nada de mais.

— Tudo bem então, eu faço e você trate de colocar esses pés pra descansar.

— Aurora você é um anjo — deu leve palminhas.

(...)

Entrei no consultório da Laura e comecei a procurar a ficha do paciente no computador. Escutei a porta sendo aberta já que eu pedi que entrasse quando o paciente chegasse.