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Sina Deinert

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Sina Deinert

O decorrer do dia até que foi agradável! Quando voltamos para casa, meu meio irmão foi para seu quarto e de lá não saiu até o horário de janta. Eu procurei fazer algo bem simples para jantarmos.

Se Noah quisesse alguma comida chique, ele que fosse em algum lugar comprar!

- Você viu o pé d'água que esta caindo lá fora? - meu meio irmão pergunta enquanto retira sua comida. Eu já estava jantando, sentada no balcão da cozinha até que ele se sente ao meu lado.

- Não sou cega. Óbvio que vi - falei com indiferença e ele arqueou as sobrancelhas. Provavelmente estava surpreso com minha grosseria.

- Posso saber o motivo da sua falta de educação? Pelo o que eu saiba, não fiz nada para você , para ser tratado com arrogância - começa a comer e eu suspirei irritada. Ele tinha razão. Meu meio irmão não possui culpa por eu obter traumas e medo de chuva.

- Não gosto de chuva - falei simples e acabei com a pouca comida que havia em meu prato.

- Por que não? Aconteceu algo para odiar um fenômeno da natureza? - pergunta debochado e eu lhe encarei.

- Odeio sons de trovões, me causam medo com os estrondos altos que eles possuem dar. Tenho medo de raios por que sempre penso que a qualquer momento pode cair um na minha casa e queimar tudo. A água não me assusta, o que me assusta é o que vem acompanhado dela - me levantei do assento do balcão e caminhei até a pia, com meu prato sujo nas mãos.

- Só espero que não seja o tipo de garota que fica gritando no meio da noite por conta do medo da chuva - murmurou e eu terminei de lavar meu prato, secando-o com um pano de prato limpo. Pensando sobre o que falar e então, me viro para encara-lo.

- Você é um saco! E a ideia de deixá-lo acordado a noite inteira com meus gritos de medo me anima, eu pensaria na hipótese até. Mas não sou igual as demais meninas que não conseguem dormir por conta de uma pequena tempestade - e ele deu de ombros. Me defendo.

- Assim espero maninha - disse terminando de comer e eu lhe deixei sozinho na cozinha, indo direto para meu quarto.

Assim que cheguei no meu dormitório, peguei meus fones de ouvido conectando-os no meu celular e colocando uma música alta. Eu precisava de algo que me fizesse esquecer a chuva lá fora e pudesse dormir tranquilamente.

[...]

São 00:12 e eu já perdi as contas de quantas vezes eu já me virei pra lá e pra cá na minha cama, tentando encontrar alguma posição gostosa para dormir.

Deito-me de costas para a cama e fico fitando o teto. Meu celular havia descarregado, então não durou muito a ideia de usar fones de ouvidos para esquecer a chuva lá fora. Os trovões que ecoavam, ficavam cada vez mais altos e eu estava com medo, mas muito medo. Eu odiava a chuva pelo simples fato de eu ter perdido meu pai muito cedo num acidente de carro num dia completamente chuvoso. Um raio havia acertado uma árvore na rodovia que ele viajava e acabou caindo no meio da estrada, fazendo seu carro colidir com a grande árvore despencada. A partir daquele dia, eu nunca mais vi a chuva como algo "normal" e "simples".

𝗺𝗲𝘂 𝗺𝗲𝗶𝗼 𝗶𝗿𝗺𝗮̃𝗼, 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍 𝖺𝖽𝖺𝗉𝗍𝖺𝗍𝗂𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora