♧ SEM SAÍDA ♧

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Aylus

A humana reage a cada toque meu, embora sua mente me rechace.
Seu corpo me deseja e posso sentir o cheiro de sua excitação, ainda assim ela luta comigo.
Quando ouço algo cair, sei que ela está preparando uma armadilha para mim e não me deixo enganar, nem mesmo quando ela rola comigo na cama e fica sedutoramente sobre mim.

Ela então se afasta e sai correndo do quarto, quando a questiono sobre o que está me escondendo.

-Violet?!- pronuncio irritado quando a alcanço no recinto de banho, ela está recostada na banheira.- Não ouse tentar fugir de mim!- meio que a ameaço- O que escondes?!

-Nada!

Sua negação não me convence e precipito-me para ela e a puxo, fazendo-a mostrar as mãos e para minha surpresa, a camisola dela caiu, deixando-a só numa peça inferior.

-Então é isso?!

-Eu só estava segurando a roupa, tentando me cobrir. - ela diz pegando a peça do chão e colocando à frente do corpo.

-Tu não precisas mais disso!- falo tomando-a dela e pondo na beirada da banheira.

Então, a puxo para a fonte. Percebo sua relutância em me seguir, mas não abro mão de tê-la agora. É preciso que nossa compatibilidade seja testada agora.
Sento-a na parte mais rasa, recostada confortavelmente.

-Isso é inapropriado para o banho!- falo enquanto rasgo sua peça íntima.

Depois, tiro meu roupão e vou sobre ela, que tenta fugir assim que sente o contato de minha nudez em seu corpo.

-Por favor, não!

-Eu a quero e quero agora!- sussurro em seu ouvido puxando-a pela cintura e colando seu corpo ao meu.
Temos tamanhos diferentes, mas ela me acomoda perfeitamente bem.
Espero não lhe causar danos durante o ato.
Definitivamente, não quero mais uma humana morta sob mim.

-Acabe logo com essa tortura!- ela esbraveja.

-Tortura?!- sorrio para ela - É o que veremos!

Não faz sentido torturá-la, para que isso dê certo, tem que ser bom para ambas as partes.
Beijo-a, a princípio, suavemente.
Tive muito que aprender com a anatomia humana, mais precisamente, a  feminina.
Sei que não posso penetrá-la conforme a afloração do meu desejo, mas do dela.
E ela precisa de tempo para seu corpo estar preparado para me receber em seu interior.
Puxo-a para mim, fazendo-a colocar as pernas em volta da minha cintura.
Ela se retrai quando a ponta do meu membro pressiona seu corpo.

-Vai com calma! Por favor, eu nunca...

-Eu sei! - interrompo-a com um beijo, depois mordisco sua orelha e sinto-a estremecer.- Acalme-se, não a machucarei!

Acomodo meu membro em sua entrada e forço, um pouco. Mesmo ela estando visivelmente excitada, percebo que ela sente dor.
Fico imóvel, usando todo meu auto controle, permitindo que ela se acostume com a invasão.
Empurro mais um pouco e ela puxa uma respiração forte.
Já não tenho certeza se isso vai dar certo, ela é muito estreita para me acomodar por inteiro.
Ainda não estou na metade do caminho e a resistência de seu corpo é muito grande, mal consigo me mover.

Há algo mais que posso tentar antes de desistir e deixá-la em paz.
Abraço-a forte e a beijo com muita intensidade, depois deslizo os lábios na direção de seu pescoço e cravo os dentes ali.
Ela grita e arranha minhas costas e esse seu ato selvagem quase me faz perder o controle e deixar o instinto animalesco tomar conta de mim, mas concentro-me nela e à  medida que a acaricio intimamente, seu corpo relaxa sob o meu. Seu núcleo quente pulsa em volta do meu membro e libera minha passagem.

Ainda está muito apertado, mas já consigo me movimentar dentro dela e intensifico o ritmo, sabendo que já não vou machucá-la.
O prazer me atinge sobremaneira e percebo que ela também compartilha da mesma sensação. Isso me tranquiliza.
Quando minha liberação vem a arrasta junto comigo, fazendo seu corpo ondular sob o meu. Seus gemidos em meu ouvido me diz o quanto ela está satisfeita.

Como era de se esperar, ela está em uma espécie de síncope, seu corpo está mole.
Pego-a em meu colo e a levo para seus aposentos.
Aprecio a nudez de seu corpo esguio, enquanto a seco com uma toalha. Avalio se não causei algum dano em seu corpo, e salvo algumas marcas de contato, comuns ao ato, ela está intacta.
Respiro aliviado por ter dado certo dessa vez.
Simplesmente não queria mais uma mulher morta em minha conta.

A respiração dela é branda e seu sono tranquilo. Assim que termino de enxugá-la, cubro-a com o lençol e deixo o recinto. Ela vai precisar de uma noite revigorante para se recuperar e ter forças para me receber novamente.
Pelo meu povo, estou disposto a tentar quantas vezes for preciso, mas realmente espero não ter que buscar outra soberana.

Na refeição da manhã, estou de bom humor e minha irmã observa isso.

-Pelo visto, conseguiu dobrar mesmo a humana.

-Sim! Ela é um exemplar formidável de sua espécie, a melhor que já tive.

-Sentimentos por ela, irmão?!

-Acaso não precisamos deles?!- encaro-o desafiadoramente.

Ela dá de ombros.

-Que bom que não a machucou! Agora só nos resta saber se ela o trairá!

A simples menção de uma traição faz meu corpo se retesar. Se eu tiver que lidar com tudo aquilo de novo, meu humor vai ficar sombrio.
Mas não posso me dá ao luxo de não fazer esse teste, preciso saber os limites dessa soberana e só incitando-a para conseguir ver com clareza.

Mas só o fato do corpo dela ter reagido ao meu mostra que estou no caminho certo. Ela me reconhece como senhor de seu prazer, mas sua mente ainda luta contra isso.
Confesso que essa resistência excita o selvagem que há em mim, o que me torna muito perigoso.
E agora, eu tinha mais uma preocupação para lidar.
O gosto dela em minha boca foi doce; não imaginei que as fêmeas humanas poderiam nos fornecer força de seus fluidos vitais, mas acredito que era uma possibilidade.
E só o fato de não ter que buscar isso de forma sintética já me animava.

ABDUZIDA ♧ Contos alienígenas ♧ Where stories live. Discover now