♧ TRAIÇÃO ♧

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Violet

Não posso acreditar que estou transando em cima de um bicho estranho e que pedi pra um Alienígena cravar as presas no meu pescoço.
Mas não posso negar que foi muito prazeroso quando ele mordeu meu seio.
Todo prazer em mim se intensificou numa medida astronômica e eu queria sentir aquilo de novo.
É claro que não cogitei ser assim ao ar livre, mas depois que ele não me deixou vestir uma outra calcinha, fiquei muito brava e por isso o provoquei durante a viagem e o banho, só não imaginei que ele fosse dispensar os guardas para que pudesse fazer isso comigo.
Se gostei?!
Adorei!
Estou mole de tanto gozar.

-Você é um alien vampiro?!- questiono após lamber seus lábios onde havia uma gotinha de sangue.

-Vampiro?! O que isso quer dizer?!

-São seres que se alimentam de outros seres, sugando-os até a morte.

Ele arqueia uma sobrancelha e me encara.

-Isso me parece insano! Não nos alimentamos do fluido vital de outros seres, exceto para amplificar o prazer durante as relações ou para fins medicinais.

-Fins medicinais?!

-Sim! Digamos que é a forma mais rápida de nos curarmos de alguma debilidade ou ferimento.

Nossa!
Eu não esperava por isso.
Imaginei vampiros sanguinários e a explicação era tão simples.
Agora, outra coisa chamou minha atenção.
Ele ainda estava dentro de mim e ainda estava muito duro.
Revirei os olhos.

-Pare agora! Já estamos chegando!- falo quando vejo a grande fortaleza ao longe.

-Quando chegarmos lá, não te darei escape!

Ele me diz me tirando de cima dele e fechando a calça.
Tento me sentar no banco, mas o cretino não permite e mesmo tendo posto minhas roupas de volta no lugar, sua mão está embaixo do meu vestido, acariciando minha parte sensível.
Mordo o lábio para não gemer, porque agora vejo guardas se aproximando, o que me deixa em desespero.

-Pare alien pervertido!- exijo quando passamos pelos portões.

Ele se detém e faz uma cara de inocente.
Já vi que as coisas ficarão tensas por aqui.

O fato é que depois que Alícia foi embora, não me sobrou muito e tive de me adaptar à nova realidade. E melhor que fosse tendo orgasmo múltiplos do que sofrendo numa masmorra. Espero não ser julgada por isso.
Aylus ia ao meu quarto todas as noites, às vezes durante o dia também, e eu não me recusava a transar com ele.
Na verdade, eu estava sempre ansiosa e desejosa de ficar com ele.
Se era feitiço ou se não, realmente não sei.
Mas, melhor que fosse assim.

Contudo, naquela noite, sonhei com minha mana, com minha família na terra e acordei sobressaltada.
Já fazia algum tempo que eu estava ali.
Levantei para tomar uma água e estranhei a porta da sacada aberta. Podia jurar que havia fechado antes de me deitar.
Minha mente deve estar pregando peças.
Fui até para fechar e tenho uma baita surpresa.

-Lion?! Droga, você me assustou caramba!- Meu pobre coração quase entra em colapso - O que você faz aqui?!

-Tu não voltaste ao jardim e precisei vê-la!

-Por quê?!- pergunto cismada.

-Por dias tentei compreender o motivo de teres cedido aos caprichos do soberano e finalmente entendi que não teve escolha, pelo menos, não naquele momento...

-O que quer dizer?!- interrompo-o temendo o rumo dessa conversa.

-Que aconteceu o inevitável, estás se apaixonando por ele.

-Ficou louco?!

Bom, eu só podia reagir assim, levando conta que ele tinha razão, mas eu me recusava a admitir.

-Não! Dize-me, por que não o matou?!

-Porque não sou assassina, caramba!- já estou começando a me irritar.

-Ele a está enganando! Sua irmã foi mandada à masmorra.

-Como?!

É claro que eu havia entendido, mas o peso da revelação fez minhas pernas fraquejarem.

-É isso! Ele a enganou! Pensou mesmo que o soberano abriria mão de um trunfo tão importante quanto sua irmã?!

Merda! Como sou estúpida!
Eu aqui dando pra um alien desgraçado enquanto minha irmã está numa masmorra.
Que ódio de mim! Que burra!

-Como soube?

-Porque eu a enganei também.

Inferno!
E mais isso? Agora é a constatação de que sou trouxa mesmo.
Lion me contou que estava sob ordens do soberano para me testar; para saber se eu seria capaz de traí-lo.
Miseráveis!

-Eu não entendo! Por que isso?!

-Nem todas as fêmeas são resistentes aos nossos poderes, mas tu és. As outras sempre são suscetíveis e fáceis de manipular. És a terceira de sua espécie que encontramos. - ele me diz.

-O que houve com as outras?!

-Há um século, a humana Sofia chegou ao nosso planeta e foi uma surpresa quando ela se rebelou aos nossos poderes. O soberano a tomou como sua companheira...

-E o que houve com ela?- pergunto quando ele para de falar.

-Nossa força é muito diferente da força dos humanos, sempre soubemos lidar com as fêmeas do nosso povo, mas o trato com as humanas devia ser mais delicado e nem sempre conseguimos. Ele a matou na noite de núpcias.

-Merda, ele é mesmo um monstro...

-Todos nós somos! Muitos do seu povo morreram nas nossas mãos até conseguirmos aprender a lidar com nossa força em relação aos humanos. Além de Sofia, ele tentou ter outras soberanas, mas todas morreram da mesma forma. Apenas com sua antecessora foi diferente, acredito que ele estivesse tentando fazer dar certo.
Helena era muito rebelde e nada podia controlá-la, o soberano não tinha nada que pudesse barganhar com ela e teve receio que seus inimigos a usassem contra ele, por isso me mandou testá-la...

-Assim como fez comigo...

Não era uma pergunta, só uma constatação.

-Sim! Helena estava enojada com a possibilidade de ter que se entregar a ele e concordou em matá-lo, mas foi desastroso.

-Por que os humanos?!

-Porque temos poucas fêmeas para muitos machos e os humanos são os compatíveis mais próximos em anos luz.

-Certo!- desdenho- E o que você ganha me revelando tudo isso?!

-Sou o primeiro a nascer do cruzamento entre espécies. Meu pai era humano e minha mãe o matou por acidente.

-Sim, mas isso não explica o motivo de estar traindo seu soberano.

-É por Helena, eu me apaixonei por ela e ela por mim. Aylus nunca soube que eu era a razão dela desprezá-lo. A princípio, minha única intenção era obedecer suas ordens, mas o inesperado aconteceu. Nos apaixonamos e passamos a nos encontrar escondidos. Íamos fugir juntos, mas ele descobriu e nesse momento, ela atentou contra a vida dele. - Ele fala e posso sentir o pesar em cada palavra- Ele não a matou só por essa traição, ele descobriu que ela estava grávida. Sim, um filho meu. Juro que tentei salvá-la, mas não consegui...

As lágrimas que eu estava segurando até então, desabaram sobre mim sem controle algum.
Como pude ser tão estúpida?!


ABDUZIDA ♧ Contos alienígenas ♧ Where stories live. Discover now