20:50 [pt.1]

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Alberto parou e o encarou, percebeu que Luca estava com um sorrisinho e se aproximava dele, de começo Alberto ficou confuso, mas logo entendeu quando Luca o puxou para a direção do mar e entraram juntos.

— Lembra de quando a gente se conheceu? Você me deu um susto....

lembranças on~

— Boo!

— Ah! — Luca se encolheu

— Relaxa, eu também não sou um humano — Ele tira a roupa que usava

— Uh, que alívio... — Luca suspira aliviado mas se encolhe novamente

— Leva pra mim, vem! — Alberto começa a nadar para fora da caverna em direção a superfície

lembranças off~

Alberto riu leve ao lembrar daquilo e olhou Luca começar a nadar para o fundo do mar.

— Sua reação foi muito engraçada naquele dia, eu juro que naquele dia eu fiquei lembrando daquilo antes de dormir...

— Eu estava com medo tá! Em minha defesa eu reagi daquele jeito pois você estava parecendo um humano.

— Luca, era só uma roupa de nadador!

— Eu lá ia saber disso?

— Pff, talvez!

— Pelo amor, Alberto.

Logo eles estavam chegando na ilha que Alberto morava

— Olha... A ilha que você morava....

— Eu lembro de quando você consertou aquele negócio que solta som... Eu lembro de tanta coisa.... eu lembro das vespas que a gente criava!

— Eu lembro de uma frase.... — Luca segurou as mãos de Alberto e o encarou — Silenzio Bruno....

— Eu jamais iria esquecer dessa frase... — Alberto entrelaça as mãos de Luca na dele — Silenzio Bruno....

eles ficaram em silêncio apenas se encarando, começando a flertar um com o outro, Alberto soltou as mãos de Luca e colocou no pescoço dele devagar enquanto Luca põe a mão na cintura dele.

— Você... Não quer que eu te deixe... — Luca falou baixo e começou a puxar a cintura de Alberto — Eu prometo... Que não vou te deixar — Ele disse se aproximando do rosto de Alberto

Alberto estava começando a ficar corado e ouvir as palavras de Luca, fez com que ele se sentisse quente e bem, assim que Luca começou a se aproximar, Alberto envolveu mais o braço no pescoço do mesmo, mas logo pararam o que estavam fazendo pois ouviram um som no mar. tomaram um susto e assim que perceberam o que havia se passado coraram o suficiente para rirem envergonhados.

— Você... Promete mesmo? Tipo... mesmo, mesmo? — Alberto olhou Luca meio triste por lembrar do que Giulia havia dito

— Prometo Alberto, prometo o suficiente para deixar Gênova e vir morar aqui, ou te levar comigo.

— Você... Você prometeu!

— Sim eu prometi...

Alberto encara os lábios de Luca e acaba imaginando como seria se beijasse aqueles lábios, mordendo os seus em seguida

— Alberto temos que voltar, já está tarde... Não acha?

— Não.... Ei Luca podemos ver o nascer do sol?

Luca olhou o mar e sorriu, olhou de volta para Alberto e acariciou a bochecha do mesmo.

— Sim, podemos... Mas então temos que dormir cedo para acordar antes das 05:00

Alberto sorriu animado e puxou Luca para irem de volta à vila, nadaram juntos enquanto Alberto o encarava apaixonado

Luca... Eu queria que percebesse que eu te amo... — Ele pensou

Logo chegaram de volta na superfície, Alberto acabou indo para sua casa, foi tomar um banho, afinal ele não haviam nem tirado a roupa do restaurante, enquanto Luca foi para a casa de Massimo, afinal ele tinha assuntos pendentes.

Alberto se despiu e ligou o chuveiro, ele decidiu não molhar mais a roupa então tomou um bom banho morno enquanto pensava em Luca.

Já com Luca....

Luca mudou sua expressão para uma irritada e assim que voltou encarou Giulia e apontou para o quarto dela logo indo até lá, como se estivesse mandando ela o seguir.

— Luca eu... — assim que Giulia ia falar algo Luca a mandou ficar em silêncio com os dedos

— Calada. Agora você vai me ouvir. senta agora!

— Ah... O-okay — ela se sentou e encarou Luca

— Quantas vezes eu vou ter que repetir que só estou com você por que você  me obrigou? Eu já deixei bem claro que não quero me casar com você porque você  estava passando do limites!

Luca se aproximou de Giulia

— Eu já havia dito para você desde o começo do colégio que eu estava pouco me importando com um relacionamento! Porque eu queria me formar! Mas você me obrigou. A minha vontade é de falar na sua cara tudo que eu estou sentido!

— Então fala, Luca! — ela levantou — vamos! Dê o seu grito! Reclame de mim! Me chame de podrulha! Seja um babaca! Não é isso que você quer?! Então vá em frente!

Luca se estressou mais, olhou Giulia a pistolando com os olhos e passou a gritar.

— Esses três anos foram os mais horríveis para mim! Eu nunca amei você desse jeito, eu sempre quis mandar você para a... — ele se calou para não xingar e se acalmou — Você sabe bem que eu sempre gostei de caras! Sempre deixei isso claro! Tanto para você quanto para a sua mãe! Sempre gostei e queria conhecer garotos, mas você me impedia! Você me distanciava das pessoas! principalmente de garotos! Quando eu começava a gostar de algum garoto você espalhava boatos, você os ameaçava, você fazia a cabeça deles! Você é louca!

— Eu fazia isso porque te amava! Te amava e te amo! — ele fingiu um choro — te amava tanto que eu queria que você amasse certo!

Isso não é amor! Isso que você sente nunca vai ser amor! — Luca a olhou como se precisasse xinga-la — amasse certo? — ele ri em ironia — quer dizer que eu gostar de outro cara é errado? Você... Você é ridícula Giulia.... Eu sinceramente não esperava isso de você.

— Me desculpa, Luca! Mas dois homens não podem se amar! Isso é nojento! O certo é homem com mulher!

Luca começou a tremer e em seguida chorar, chorar de raiva e ódio, tudo aquilo que ela estava falando... Tudo aquilo era uma flechada no coração de Luca que só ficava cada vez mais irritado com ela

— Pare de falar! Só sai merda da sua boca! Parabéns Giulia... Você acaba de me fazer te odiar.

— Luca... — Ela ia toca-lo quando foi interrompida

— Nosso relacionamento acaba aqui. Nunca mais quero falar com você. — ele sai dali tombando o ombro dele no ombro dela

— Luca! Luca por favor me escuta! — Giulia sai atrás dele — Luca por favor não termina comigo! Eu te amo!

— Eu falei que nunca mais quero falar com você Giulietta Marcovaldo.

Luca saiu da casa batendo a porta com força, Massimo olhou para Giulia e logo para a porta, suspirou e foi até Giulia e a segurou.

— Acho melhor você não ir atrás dele Giulia... Ele precisa de calma.

— Ele precisa ser hétero. — Giulia se solta — Ele precisa ser meu. — ela sai de casa

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continua....

Silenzio Bruno! - LubertoOnde histórias criam vida. Descubra agora