Capítulo 08

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» Somos criminosos, eu já sei «

Estavam no carro mais uma vez, procurando qual a seria sua próxima parada. Durante esse último mês, ficavam pulando de cidade em cidade a cada dois dias.

Tinham medo de ficar muito tempo em um lugar e serem pegos – mesmo que Renjun não esteja sendo procurado, é melhor prevenir do que remediar.

— Olha: eu já 'tô cansado de ter que mudar de cidade o tempo todo, a gente devia voltar 'pra Seol. – Jeno diz, irritadiço.

— E se quando chegarmos lá, dermos de cara com a polícia? – Jaemin, provavelmente era o mais medroso entre os três.

— Chenle fala comigo todos os dias, querido – Renjun se pronuncia — Se eu estivesse sendo procurado, ele me falaria. – tenta acalmar o mais novo — Embora ele não preste muita atenção nas notícias, acho que se fosse eu aparecendo no jornal, ele iria notar.

— 'Tá, mas se a gente voltar... – o Na receia um pouco em falar — Nós vamos seguir cada um o próprio caminho? – estava realmente com medo de ser abandonado pelos mais velhos — Fingir que nunca nos conhecemos?

— Há! – Jeno dá uma risada sarcástica — Nem se eu quisesse, conseguiria fazer isso.

— Eu também não daria conta – Renjun se pronuncia — Me acostumei a acordar com vocês do meu lado, todos os dias.

O sorriso grande de Jaemin, se abre gradualmente. Sua felicidade por não ter de se afastar, era bem nítida e óbvia.

***

O Lee abre a porta do grande apartamento que se encontrava na cobertura do prédio. Esperava ter tirado a sorte grande e que seu "irmão" não estivesse em casa. Normalmente, naquele horário, o mais velho estaria em seu escritório em cima da boate que era dono.

— Ok! Acho que Doyoung não está – disse colocando apenas a cara para dentro da porta — Vamos entrar. Vou mostrar 'pra vocês onde fica o quarto.

— Jeno, tem certeza de que não estamos invadindo? – Renjun pergunta receoso — Não quero mais nenhum crime 'pra minha ficha.

— Ele disse que o irmão dele é o dono do lugar – Jaemin fala, olhando tudo ao seu redor. O lugar realmente era um luxo — Então, acho que tem permissão 'pra entrar.

— Se ele tem permissão, por que nós estamos andando nas pontas dos pés e falando sussurrado? – o drama de Huang, de certa forma, era fofo — Pra mim, isso é coisa de invasor.

— Será que dá 'pra você confiar em mim, Injun? – finalmente estavam no quarto e falavam em um tom normal.

— Que tipo de pessoa confia em um ladrão? – o Na sempre arranjava uma forma de provocar o coreano mais velho.

— Fica quieto, traficante – e Jeno nunca fica para trás.

— Ai, calem a boca! – Renjun se joga na grande cama macia — Todo dia isso. Os dois são criminosos, eu já saquei, não precisam ficar lembrando disso o tempo todo.

— Ih! O assassino tá nervoso – os dois coreanos falaram em uníssono, com um tom zombeteiro.

O chinês enfia a cabeça embaixo do travesseiro. Era melhor isso do que ouvir aquelas palhaçadas, sério. Quem faz piada com coisas tão sérias, quanto aquelas?

Se fossem outras pessoas com esse tipo de humor negro, Renjun provavelmente não chegaria nem perto. Mas como eram aqueles dois bobões, ele até tenta suportar.

***

Cerca de três da madrugada: Jaemin não tinha conseguido dormir, porém, não criava coragem para se levantar da cama e andar pela casa alheia.

365 FRESH - NORENMINOnde histórias criam vida. Descubra agora