Sasuke está no ano de 2032; vive sozinho em Nova York. Aparentemente, ele é o único habitante do planeta terra. Há 2 anos, quando se lembra de ter começado tudo isso, buscou abrigo em um bunker militar abandonado. Desde então tenta fazer contato na...
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PROJETO PHOENIX
VI - Memórias
Fazia muito frio no dia em que a família Uchiha desapareceu.
Algo tão absurdo que ele só suspeitava que fosse fruto da sua cabeça, mas não era.
O tempo se fechou tornando o dia mais sombrio. Fora isso, nada de anormal.
Uma bicicleta estava parada perto do Mustang amarelo, e Sasuke a reconheceu como sendo de seu irritante irmão mais velho, Itachi. A mãe trabalhava arduamente na cozinha, afinal, a sopa era uma combinação mais que perfeita do clima frio de Nova York e aquele horário da tarde, quase noite. O jovem observava as gotas de água deslizarem sobre o vidro, logo teve a sua atenção voltada para a porta. Itachi havia chego do trabalho, depositou o casaco no cabideiro de madeira no canto da sala, e foi correndo abraçar a matriarca na cozinha.
— Boa noite, Itachi querido. — Mikoto disse sorrindo ternamente para o filho mais velho. — Como foi no trabalho?
— Boa noite, mãe. — Depois de quase ser morto ao beber água da fonte, ou melhor dizendo, da garrafa d'água, ele respondeu: — Exaustivo e promissor. — Era loucura mas Sasuke que observava todo o diálogo da sala, percebeu os dois trocando olhares sérios, parecia ser algo que somente eles entendiam. O moreno então se levantou e caminhou em direção aos familiares.
— Hey, mano Itachi, por que você nunca me disse onde trabalha?
A tentativa de comunicação foi falha e ele não obteve resposta. De repente, uma fina faixa de terra desabou e impediu que o mais novo chegasse até eles. O tempo pareceu ter congelado para Mikoto e o Uchiha mais velho. Sasuke começou a se desesperar e gritar incessantemente por atenção. Um cheiro forte de queimado invadiu as narinas do garoto e sem poder fazer nada, assistiu horrorizado sua mãe e seu irmão derreterem no fogo tal qual cera. O sangue carmesim o envolveu junto com a escuridão e no instante seguinte ele já estava em uma rua deserta. Ofegante, o moreno olhava para os lados amedrontado, com a adrenalina em sobrecarga nas suas veias.
Um grunhido fantasmagórico invadiu seus tímpanos, fazendo-o paralisar. Mãos grandes e putrefadas agarraram as pernas de Sasuke, fazendo-o ficar imóvel.
Ele tinha a sensação de estar no próprio inferno. Quando olhou para trás, ele avistou o maior dos seus temores: sua mãe, seu amado irmão e o seu pai completamente irreconhecíveis, a pele se desprendia dos ossos, o olhar lançado era vago e toda a extensão do olho era completamente branca.
— Papai!
Fugaku não esboçou nenhuma reação, ao invés disso, começou a rastejar na direção do jovem.
— Mamãe?
A mulher se encontrava em estado igual ao do marido. Além das veias arroxeadas expostas por toda a extensão do corpo, antes delicado, o moreno pôde visualizar também um riso macabro ser desenhado no seu rosto enquanto um líquido preto jorrava da boca.