Larissa • Lennon

Larissa • Capítulo 73

Lennon

- Você disse que era pra eu ir bem a vontade...
- ela deu uma volta assim que parou na sala.

- E tá linda - levantei dando um beijo nela - Ta pronta?

- Sim, vamos!

Descemos pro estacionamento e eu estava tentando ao máximo não demonstrar meu nervosismo mas estava difícil.

- Pra aonde a gente vai? - ela perguntou colocando o cinto de segurança.

- Então Lari - girei meu corpo pra ficar de frente pra ela que ficou séria na hora - meu plano era só chegar com você mas já que perguntou...

- Você não está pensando em me levar pro tal natal da sua família não né? - ela cruzou os braços e arqueou uma das sobrancelhas me deixando confuso.

- Como você sabe do natal? Você mexeu no meu celular? - ela riu irônica.

- Olha minha cara de quem fica mexendo em celular de macho Lennon - não aguentei e ri fraco - seu pai falou comigo - ela arregalou os olhou parecendo falar demais.

- Você estava com o meu pai? Porque?

- Eu fui no escritório e ele estava lá- a resposta era boa mas não me convenceu - eu estava só esperando pra vê até aonde você ia, Lennon eu não vou pra lugar nenhum, sua mãe...

- Ela que mandou te chamar - ela me olhou confusa na hora - Eu fiz essa mesma cara aí.

Flashback on

- Então vai ser dia 21? - Tia Simone perguntou olhando o calendário.

- Dia 20 pode não? Dia 21 é folga da Lari  e eu quero fazer alguma coisa com ela - minha mãe revirou os olhos.

- Achei que ela fosse.

- Pra minha mãe arrumar problema com ela? Melhor não, a gente tá de boa.

- Ainda nessa Silvana? - minha tia virou encarando ela.

- Queria vê se fosse com a Alexia se você ia ficar de boa - ela deu de ombros.

- Foi a garota que mandou matar teu filho? Não! Pelo contrário, ela entrou na frente da bala. Tu não consegue pensar? - minha tia comentou irritada.

- Se forem se matar me avisa que eu me retiro da mesa - já ia levantar mas minha mãe pediu que eu sentasse.

- Leva a Larissa - ela falou tão baixo que tive que pedir pra ela repetir - você me ouviu!

- Eu não, se você ficar de cara feia ela vai ficar desconfortável e eu vou ficar puto, meu pai vai ficar puto porque eu tô, minha avó vai ficar puta porque vai perceber o clima...

- E vai virar uma grande putaria - Tia Simone completou e nem minha mãe aguentou segurar o risada - mas agora é sério, você tem que conversar com a menina primeiro Silvana.

- Vai com ela mais cedo - ela completou depois de alguns segundos - e eu converso com ela.

Flashback Off

- Você tem certeza disso? - Larissa desceu do carro se ajeitando.

- Tenho, eu não aguento mais viver em pé de guerra com ela e quero vê vocês juntos de novo - segurei o rosto dela com as duas mãos - mas se você não se sentir bem a gente pode deixar pra lá.

- Não, eu vou! - ela sorriu e me deu um selinho.

Fomos entrando na casa e a primeira pessoa que percebeu a presença dela foi meu pai que olhou na nossa direção confuso, logo Tia Simone percebeu e sorriu por vê que eu consegui trazer ela.

- LARISSA! - Maria veio correndo abraçar ela.

Seu grito chamou a atenção da minha mãe que estava arrumando a mesa e parou pra observar a gente.

- Eu tô realmente chocado - meu pai se aproximou rindo e abraçou ela - mas muito feliz de você está aqui.

- Se der ruim você me salva - Lari brincou e ele riu assentindo.

- Oi Filho - minha mãe me deu um beijo que eu retribui - Oi Larissa.

- Oi Silvana, tudo bem? - minha mãe assentiu e deu um abraço rápido nela.

- Será que a gente pode trocar uma palavrinha rápida? - Lari me olhou parecendo nervosa e concordou.

- É melhor a gente ficar por aqui, se der ruim a gente se intromete - Tia Simone brincou comigo e com meu pai.

- Pelo amor de Deus vai dar ruim não, quero paz! - rimos da cara do meu pai.

....

Larissa

- Você está ainda mais bonita desde a última vez que eu te vi - ela comentou assim que sentei no sofá.

- Graça a Deus, eu estava podre naquele hospital - ri fraco e ela também.

- Você já sabe o motivo dessa conversa - assenti e ela respirou fundo - eu tô aqui pra te pedir desculpas pelas minhas atitudes, você deve me entender, como mãe eu fiquei desesperada com medo de que algo pior acontecesse com meu filho. Mas na verdade o que eu ganhei foi ele se afastando de mim, foi a ausência, foi briga atrás de briga e foi ali que eu vi meu erro mas não tinha coragem de corrigi-lo - seus olhos mostravam um a sinceridade que me deixou aliviada - de todo meu coração eu quero te pedir perdão pelas coisas que eu te falei, por ter influenciado você a se afastar dele, eu não tinha esse direito, quero que você saiba que minha casa e minha família vão está sempre de braços abertos pra você, igual antigamente.

- Silvana eu entendo seu lado, agora que eu estou me aproximando desse mundo da maternidade eu consigo te entender bem, não sei se eu faria a mesma coisa mas a vontade iria existir por isso eu não te julgo e aceito suas desculpas, como eu sempre falei o Lennon é muito especial pra mim e eu vou continuar fazendo de tudo pela vida dele.

- Posso te dar um abraço? - assenti e ela me abraçou firme - Não vou negar, senti saudade das sua risada alta lá em casa.

- Sempre escandalosa - ela riu me soltando - e eu senti saudade da sua lasanha.

- Não seja por isso, eu faço um jantar pra gente comemorar a sua volta e seu novo cargo - ela sorriu largo - fiquei tão orgulhosa quando vi que você havia passado.

Ela me abraçou de lado, eu não conseguia julgar a Silvana, pelo contrário, eu entendia o lado dela como mãe, o medo é real e eu sentia ele também.

- Se isso for um sonho ninguém me acorda não - Lennon entrou na sala com o pai - as mulheres da minha vida em paz? Isso é um paraíso - ele se jogou em cima da gente.

- Sai garoto, agora eu vou me vingar quando você me troca pela minha mãe - ele fechou a cara fazendo a gente rir.

- Acabou a paz que eu falei.