Capítulo 6

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Médico: Vou preencher o encaminhamento para um obstetra para que a senhorita comece o pré-natal, ok?

Não consigo responder, então Barb apenas agradece e pega os papéis. Saímos do consultório e eu estou em choque:

Barb: Dul, eu odeio te deixar assim, mas preciso buscar Henrique na escola. O que você quer fazer?

Dul: Vou pegar um táxi para casa. Obrigada por tudo, Barb.

Barb: Fique bem, e me ligue se precisar de algo.

Ela se vai e eu permaneço em choque. Grávida. Como pode ser? Christopher e eu usamos camisinha todas as vezes! Aquilo era loucura, como ele vai reagir com isso? E meus pais? Como eu posso ter um bebê morando naquela caixa de fósforos? Todas essas perguntas pairam na minha cabeça enquanto tomo um banho e troco de roupa para ir falar com ele. Opto por um vestido florido, botas baixas sem salto, jaqueta jeans e gorro.

Assim que toco o interfone e sou autorizada a entrar, sinto minhas pernas fraquejando a cada passo em direção a mansão. Mai me recebe com seu sorriso caloroso de sempre e me acalmo um pouco:

Mai: Dul, que surpresa boa! Você está bem? Que cara é essa?

Dul: Chris... Christopher... eu preciso muito falar com ele.

Mai: Ele saiu com a nossa mãe. Dul, aconteceu alguma coisa?

Então eu mais uma vez despejo tudo em Mais, contando da gravidez e do meu desespero:

Mai: Dul, isso é uma coisa tão boa! Um bebê, é uma benção amiga!

Dul: Mai, claro que é uma benção, mas como vou criar uma criança com as minhas condições atuais? E nem quero pensar no que meus pais vão falar!

Mai: Tenha calma, nós vamos estar com você Dul. Agora vamos localizar meu irmão.

P.O.V. Ucker

Assim que me levanto, dou um jeito de me livrar de Tina, a garota da vez. Minha irmã tinha me ligado 28 vezes, mas que droga, será que eu tinha esquecido algum compromisso? Ligo de volta e ela me diz que preciso ir para a casa de Dulce. Apesar da minha relutância extrema, ela me convence, dizendo que é muito importante.

Estaciono na frente daquele muquifo e bato na porta, torcendo para ninguém me ver naquele fim de mundo nem roubar meu carro:

Dul: Christopher. - Seu tom era amargo, ela tinha olheiras profundas e estava péssima. - Entre logo.

Ucker: Mai disse que você precisa falar comigo - digo, olhando em volta daquilo que ela chamava de casa. Que lugar pobre!

Dul: Eu estou grávida.

Ucker: Ah... parabéns pra você. Bom, vou indo nessa.

Dul: Você ouviu o que eu acabei de dizer?

Ucker: Ouvi, você está grávida, eu disse parabéns e agora estou indo embora.

Dul: Então deixe eu reformular a frase: eu estou grávida de um filho seu.

Ucker: Há! Essa foi boa, Dul! E eu achando que você não era engraçada!

Dul: Posso saber qual a graça?

Ucker: Dulce, nós usamos proteção. Todas as vezes.

Dul: Diga isso pra isso aqui - ela aponta 7 testes de gravidez de marcas diferentes, um exame de sangue e um laudo médico.

Ucker: Bem, se você engravidou por aí problema seu, não venha inventar que eu sou o pai.

Dul: Como é?

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