Queria descobrir como parar de sentir todas essas coisas, é um aperto no peito, um nó na garganta, só quero fica sozinha todos os dias, não tenho um pingo de ânimo para fazer nada, nem sei mais quem eu sou e porque estou ainda nesse mundo, parece que nunca vai ter fim, eu sei que sou o problema e as vezes acho que minha morte solucionária a maior parte deles.Esses são pensamentos que invadem minha mente diariamente, desde que meus pais se foram, não vejo sentido de continuar, e você deve estar se perguntando porque ainda não desisti? Porque existe um ser humaninho, e ele precisa de mim, meu irmão Liam , um garotinho muito esperto de apenas 10 anos e ele é o único motivo de eu ainda estar aqui.
O despetador toca sempre as 07:00 da manhã, acordo com o mesmo sentimento de um vazio absoluto e mais uma dia para continuar, fazendo as mesma coisas, organizar as coisas do Liam para ir para escolinha integral, o que me ajuda bastante, pois fico o dia todo fora de casa por causa da faculdade, do estágio, e no finalzinho do dia aguardo o Liam chegar da escolinha para me contar todos os detalhes do seu dia e ele me faz ver um pouco de sentindo nessa vida vazia.
Olho para o despertador 07:20, tá ok, hora de levantar, preciso de qualquer forma voltar para minha realidade, isso tudo, pelo Liam.
Vou ao quarto dele e vejo aquele anjinho dormindo, como maior cuidado chamo ele:
- Psiu, hora de acordar dorminhoco.
Dou leve mexidinhas, vejo que ele abre os olhos com uma pouco de dificuldade, e me diz com voz sonolenta:
- mas já?
- Já ta é tarde seu preguiçoso - Respondo fazendo cocégas nele
Dando risadas sem parar e um pouco ofegante, ele diz:
- para, por favor, para
- Parei, agora se arruma - digo sorrindo para ele.
Vou para cozinha, hora de a organizar a lancheira dele, e o café da manhã, para o lanche faço sanduiche de geléia de morango e para o nossa café panquecas como sempre a gente ama, e um café, para ele um chocolate quente, esses dias estão fazendo muito frio aqui em Beaufort.
Preparo a mesa e chamo o liam, que desce as escadas com sua mochila nas costa e todo feliz:
- vamos, vamos.
- Que pressa é essa menino ?
- o ônibus da escola já ta na porta.
Olho pela janela e realmente o ônibus tinha acadado de parar na porta, Liam já ia sainda:
- Perai sua lancheira, nem vai dar para você tomar seu chocolate quente ein.
- mais tarde você faz para mim Anne?
- claro que faço, vai lá se não você vai perder seu ônibus.
- ta bem, tchau - abaixo para ele poder me dar um beijo no rosto e ele sai todo saltitante.
Sento na mesa e tomo meu café, como um pedaço de panqueca também, não sinto tanta fome pela manhã, olho no relógio e já são quase 08:00, ou seja, já estou bastante atrasada, hora de ir para aula. Faço psicologia, estou no 5º período e se você virar para mim e dizer você gosta do seu curso? vou responder que sou apaixonada e é algo que distrai minha mente.
Não sou de ter muitos amigos, converso com algumas pessoas da faculdade e quando se tem um trabalho em grupo eu já tenho o meu grupo, mas não que dizer que eles são meus amigos e sim apenas colegas.
Chego na sala e me sento no mesmo lugar de sempre terceiro lugar da parede perto da porta, me sinto confortável lá.
Não consigo prestar atenção nas aulas, hoje é um daqueles dias, que sinto uma escuridão efervescendo dentro de mim, me sinto sufocada e vou ao banheiro.
Lá tenho vontade de gritar, entro em um box e começo a chorar sem parar, como eu queria parar de sentir aquilo, levar facadas doeria menos do que aquilo que estava sentindo, e vamos novamente tentar controlar mais uma vez a minha crise de ansiedade, e como minha terapeuta me ensinou começo a respirar, pausar e inspirar por algumas vezes até passar aquele sentimento e eu me estabelecer novamente.
Não consigo voltar mais para sala, então vou até a biblioteca, meu lugar favorito desse mundo.
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Split Minds
General Fiction"Deve haver limites para o que um homem pode ser." Anne é uma garota órfã, que tenta levar uma vida normal, enquanto lida com seus próprios demônios interiores. Logo, se vê encurralada por Luke, um misterioso e problemático estudante de direito, por...