Vermelho Sangue - Jikook

☠Six☠

Sexta, 29 de fevereiro, 2020

Las Vegas, Estados Unidos

Nas horas seguintes, Park acordou com seu corpo abraçado em uma conchinha com Jeon, então ele lembrou de seu objetivo para com ele. Com certo cuidado para o mais novo não acordar e então acabar com seu plano de sair as escondidas, Jimin passou o braço envolto em sua cintura e jogou para o lado oposto se arrastando para fora da cama. Sua segunda maior missão foi encontrar todas as suas peças de roupas. 

Quando estava colocando sua camisa sentiu sua intuição avisá-lo que havia um olhar quente e duvidoso sobre si, então ele olhou para a direção da cama constatando a presença dos olhos, jabuticabas do filho de eu inimigo. 

— O que está fazendo? — indagou jeon se sentando na cama. 

— Me vestindo? — Park não deu muita atenção a ele e continuou o que estava fazendo. 

— Ia ir embora sem se despedir? — uma pergunta um tanto suspeita, jeon parecia quarentena demais. 

— Acredito que é assim que transas casuais acontecem. — respondeu em tom de ironia.

— Venha para maldivas comigo, não quero ir à viagem que ganhei comprando aquela garrafa, sozinho. Adoraria ter sua humilde companhia. — propôs ainda sentado na cama. 

— Porque viajaria com você para um lugar desconhecido quando nem ao menos sei quem é? Acredito que seja uma viagem muito romântica para que tivemos. — respondeu natural. 

— Certo, sem viagens então. Podemos nos ver novamente? — perguntou receoso. Para um, cara com pose de durão ele Estava bem nervoso. 

— desculpa, meu celular é antigo não tem funcionado muito bem, mas sairei com você novamente se lhe encontrar por aí. — vestiu toda a sua roupa antes de pegar suas coisas e sair daquele quarto de hotel sem nenhum arrependimento, Park precisava causar interesse, dúvida, mistério e desejo para ser uma jogada infalível, ele não poderia dar-se ao luxo de errar. Porque errar significa perder qualquer chance de entrar para família jeon. 

[...]

Terça, 3 de março, 2020 

New York, Estados Unidos. 

— Como assim você não aceitou viajar com ele? Eu não estou entendendo, não era a usa intenção brincar com o coração do Jeon pequeno. — Ed reclama com uma grande dúvida do porque ter recusado se seria uma grande chance de se conhecerem. 

— você não tá Mesmo brincando? Pensei que fosse mais inteligente Edward. Pense comigo. — caminhou até o quadro branco que tinham naquele galpão onde passou do resto de toda a sua vida e com uma caneta começou a explicar. — em média quantas pessoas ele sai casualmente? Não temos uma média mais sabemos que é muitas,  parte dessas pessoas que ele sai, são "presenteadas" com uma viagem básica para algum outro lugar. Sexo, bebidas e sei lá o que fazem a mais. — os riscos que fazem no quadro acompanhavam sua fala. — como você quer que eu seja o único, a pessoa que ele vai apresentar para família, se eu não tenho nenhum diferencial para isso? Em algum momento ele vai me procurar, me achar e tudo  aí ocorrer da forma que eu planejei. A viagem é como um teste proposto por ele para saber meu nível de interesse nele e em seus bens, se eu mostrar que eu não tenho interesse em nenhum dos dois, ele vai ficar curioso do porque e vira atrás de mim. — se jogou na poltrona velha localizada no canto da parede. 

— Você é um gênio... — Ed estava orgulhoso, entendeu que completou com êxito sua missão mais difícil. 

— E, é aí que o aprendiz supera o professor. — Debochou se levantando, levando um, tapa na cabeça de Ed. 

Jimin ainda sentia falta de seus pais, de sua família, de seu irmão, mas tudo ocorreu quando o mesmo era muito pequeno então com o passar do tempo o luto deixou seu corpo, entretanto a vingança sempre permaneceu firme. Ele queria vingar o Hye que teve que passar por isso tão jovem, Seok que tinha tudo para viver, queria se vingar por tirar tudo dele e por prazer, a sensação de imaginar como seu rival morreria se tornou satisfatória e a melhor sensação que ele poderia ter. 

[...]

Park vivia uma vida de fachada, um apartamento onde aparecia com frequência apenas para evitar testemunhas desnecessárias, uma vida completamente diferente da que ele esconde. Um prédio muito bem localizado e com uma vista ótima para seu trabalho. Park sabia que poderia estar sendo vigiado, tinha 90% de chances de que os homens disfarçados que o seguiam tinham um objetivo mais profissional. Eram muitos investigadores apenas para encontrar uma pessoa e descobrir se ela está mentindo ou não. 

[...]

Terça, 10 de março, 2020. 

Nova York, Estados Unidos. 

Uma semana se passou e jimin mal conseguia trabalhar com aquele tanto se abutres rondando sua vida, ele já estava ficando cansado, mas de certa forma gostava da sensação, dentre as trabalhando com a profissão de assassino de aluguel ele nunca errou o suficiente para ter que fugir as pressas ou ser procurado, inclusive o apelidaram de "atirador invisível", o mercado empresarial era tão disputado recorrerem sempre  a ele para diminuir a concorrência. Ele tinha o sangue de centenas de pessoas nas mãos e mesmo assim ainda conseguia dormir muito bem a noite. 

Edward Kim estava muito orgulhoso do afilhado, na verdade, ele um filho que nunca desejou ter, aos 56 anos, Edward nunca viveu melhor do que quando ficava sozinho apenas trabalhando. Ensinar jimin tudo que seu pai o ensinou e tudo que ele deveria saber para superar cada um que entre no seu caminho, não foi nada fácil, porém hoje ele sabe o bom trabalho que fez. Park é um homem livre, independente, inteligente e mesmo após ter sua vida formada ele nunca deixou de ter o respeito, a cumplicidade e até um pouco de amor pelo seu "pai" adotivo. 

[...]

Sábado, 4 de abril, 2020. 

New York, Estados Unidos. 

Jimin estava sendo perseguido por quase um mês, estava a ponto de explodir e acabar com aquilo de vez, mas permaneceu tranquilo e até chegar um dia em seu apartamento após passar a tarde fingindo entregar currículos, e quando abriu a porta de sua casa de fachada ele nem mesmo teve a chance de acender a luz quando foi "surpreendido" por jungkook sentado em sua poltrona e um cigarro aceso. 

— Nos encontramos novamente.