Vermelho Sangue - Jikook

☠Twenty Seven☠

Sexta, 21 de janeiro, 2022

Paris, França.

Jimin precisou de um tempo para voltar com seu plano, a cada dia que ficava naquela cidade sabendo que a qualquer momento encontraria Jungkook com seu chaveiro era um pouco demais para ele, então por alguns dias ele ficou recluso no hotel tentando manter a calma, ou melhor, acalmar seu coração porque a cada batida parecia doer ainda mais.

Logo em seguida ele pegou um trem e viajou para Normandia, não era longe de fato, mas pelo menos ele saberia que a hipótese de encontrar Jungkook ali era quase nula.

Agora ele estava um pouco melhor, não bem de fato porque nada parecia bem, tudo saiu do controle no momento que pôs os olhos naquele garoto de olhos escuros, todavia, mesmo estando uma bagunça por dentro ele não era de demonstrar fraqueza, seria imbatível aos olhos comuns.

Uma sexta-feira comum para ele se não tivesse recebido uma boa informação de que estaria acontecendo uma festa, um baile, em um desses castelos franceses, máfia americana/coreana com a máfia francesa central, muitas pessoas que o odeiam sem conhecê-lo e muitas que o odeiam conhecendo. Era arriscado, muito perigoso e as chances dele não sair vivo eram muita, com sorte ele não teria tempo de encontrar pessoas erradas até encontrar a certa, contudo, se ele fosse discreto poderia ser bem grandes suas chances, só precisaria ter cuidado.

A questão é que a pessoa cuidadosa era Ed e ele não estava mais dentre os humanos, então Jimin não seria discreto muito menos cuidadoso. Em uma sala com os melhores estilistas trabalhando em dobro para estar com a sua roupa pronta em algumas horas, cabeleireiros tentando dar o ar Sombrio e sensual que ele sempre quis e maquiadores fazendo muito pouco porque sua beleza era bem natural.

[...]

Às 19:00 uma lamborghini de ouro parou em frente a entrada do castelo, as pessoas que estavam do lado de fora aguardavam para saber quem era o bilionário que sairia daquele carro. Jimin fez um trabalho a algum tempo para um Sheik Árabe que estava de viagem em Londres e como pagamento ele emprestou o carro. O coreano de cabelos pretos, pele branca, olhos castanhos claros, vestido todo de preto com sua roupa em uma pegada pirata formal, rendas por todo o corpo mostrando que ele tinha orgulho de cada parte de si. A maquiagem com tons puxados para o marrom avermelhado ainda com toques que  davam uma profundidade em seu olho e seus lábios em um vinho natural.

Jimin entregou as chaves para o chofer e subiu as escadas lentamente, com as costas eretas e o olhar que desmaiaria qualquer um, algumas pessoas se perguntavam quem ele era, e quando chegou ao salão principal ele viu Jungkook conversando em um canto com a mão direita segurando a cintura de Noah. Um sorriso travesso surgiu em seus lábios e ele seguiu em sua direção.

— Noah Cavill? — perguntou para o mais novo analisando o garoto inglês. — Desculpe-me que rude eu sou. — estendeu a mão. — Me Chamo Park Jimin, meu pai serviu no exército com  seu tio se não me engano. — o mais novo apertou e Jimin sorriu para Jungkook. — Olá, gracinha. Feliz em me ver? — perguntou, mas pela cara de Jungkook estava pronto para voar em seu pescoço. — Senhores se me der licença quero conhecer um pouco o lugar. — proferiu caminhando  para o jardim do castelo.

— Quem era? — perguntou Noah ao ver Jeon tão rígido, o mesmo não disse nada apenas destravou a arma e seguiu com a mandíbula travada até Jimin. Foi um pouco difícil de achá-lo já que o mesmo ficou em um lugar que se tinha duas pessoas era muito. O encontrou apoiado em um parapeito olhando para o lago iluminado.

— O que está fazendo aqui Park? — perguntou rígido olhando para o rosto de Jimin já que se descesse um pouco o olhar talvez não conseguisse voltar a razão. — Você realmente não tem medo de morrer. — bufou.

— Sentiu saudades amor? Pois eu senti. — se virou colocando as costas onde estavam seus braços.

— Sabe que isso é um campo minado né? Se Lisa lhe encontrar aqui ela vai...

— Preocupado comigo? Só vim ver como estava, está pronto para me ouvir agora ou ainda não cansou dessa brincadeira de gato e rato? — cruzou os braços.

— A única coisa que quero ouvir é o som do seu carro indo embora daqui com você dentro antes que eu cumpra minha promessa e mate você. — estendeu a arma e Jimin caminhou até ele encostando sua testa nela, arriscado? Muito, ele estava com medo? Não.

— Faça isso Jungkook, por favor faça isso. Porque tudo tá uma merda e eu me sinto sozinho, estou definhando então se quiser fazer esse favor para mim, atire. Acabará com meu sofrimento e se vingará de tudo. — fechou os olhos sentindo uma lágrima escorrer pelo seu olho.

— Deixe de drama e vá logo embora. — reclamou Jeon ainda com a arma em sua cabeça.

— Perdi tudo Jungkook, estou tentando te explicar isso, mas você nunca está pronto para me ouvir, então se não quiser ouvir o que tenho para falar, mate-me logo. — Jungkook sonhou com isso durante muito tempo, mas agora com Jimin ali em sua frente, pedindo que ele atirasse, desarmado e tão frágil tirou toda a coragem de Jungkook e então ele abaixou a arma.

— Certo, vamos para um quarto, ficar aqui não é seguro se Lisa lhe encontrar aqui...  — segurou a mão do recém-moreno levando para a saída. Demorou poucos minutos para a BMW preta estacionar.

— Senhor deseja pegar seu carro? — perguntou o chofer para Jimin.

— Em minutos alguém virá buscá-lo não se preocupe. — respondeu entrando no carro de Jungkook que saiu dirigindo para seu hotel.

— Você o ama? — indagou Jimin, mas não teve resposta. — quando o conheceu? — perguntou.

— Depois que te encontrei no Kentucky,  você quase me deixou cego, pensei que seria uma boa começar a lutar, Noah é meu professor. — respondeu.

— É  claro que é, parente de militares impossível ele não lutar. — comentou.

— Você também é? — perguntou para confirmar.

— Sou, bom ainda é estranho, mas sim. Edward serviu ao exército, ele foi sniper por alguns anos, para adquirir experiência, depois ele virou assassino de aluguel. O exército é sempre uma boa opção para garantir um tipo de habilidade extra.  — Jimin estava com a cabeça encostada no vidro enquanto falava, seu semblante estava triste. — Fico feliz que não atirou em mim.