— Foda, tá? — Léo fala assim que o termina de mostrar o novo beat dele pro Lennon.
— E se encaixar naquela música que eu... OLHA A MENINA. — Lennon grita fazendo o Léo frear bruscamente.
O Léo olhou assustado pra frente, e viu Ágatha parada assustada olhando em direção ao carro, a garota estava toda molhada por conta da chuva e isso mexeu com ele, trazendo uma certa preocupação.
— Caralho, tu quase matou a mina.
— Eu acho que ela tá precisando de ajuda. — Léo fala tirando o cinto.
Léo analisou Ágatha, e antes que ele pudesse sair do carro, ela saiu dali fazendo sinal pro ônibus. Ágatha atravessou a rua mancando deixando o Léo ainda mais preocupado.
— Eu vou lá vê. — ele avisa saindo do carro.
Ele chegou no local onde Ágatha estava e abaixou vendo o sapato preso no bueiro.
— MOÇA TEU SAPATO. — ele gritou indo até o ônibus que já estava dando partida. — MOÇA, O SAPATO. — levantou o sapato, mas o ônibus foi de vez. — MOTORISTA? — gritou pela última vez, mas foi falho.
Ele voltou pro carro, e mostrou o sapato pro Lennon.
— Cinderela? — o amigo pergunta rindo e ele não dá abertura.
— Coé Lennon, a mina tem um problema na perna. — mostrou o sapato ortopédico. — Olha aqui o sapato dela, é ortopédico.
— Coé mano, papo reto. — o amigo fala analisando o sapato. — E agora?
— E agora, que não custa nada tentar devolver. Ela devia está saindo de algum lugar aqui de perto.
— E tu gravou o rosto dela? Eu nem consegui ver.
— Eu vi, pô.
— E tu acha que tu vai encontrar ela de novo? Tá viajando Léozinho. Joga isso fora, cara.
— Não cara, não vou jogar fora não. — ele fala colocando o sapato no banco de trás. — Sapato ortopédico é caro. Tu não viu que a garota tava entrando em um ônibus? Deve ser humilde, com certeza.
— Pensando por esse lado, é verdade. Depois a gente vê um jeito de encontrar ela, agora bora.
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