capítulo 08

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Capítulo por LÉO.
📍BARRA DA TIJUCA — RJ.
UNS DIAS DEPOIS...

— Mano, que bagulho sem lógica cara. — falo dando risada.

Os moleques do nada cismaram de vir comprar açaí, e cá estávamos nós.

— "Ai branco", foi de fuder mané. — o Martins fala gargalhando junto dos moleques.

— Ah pô, o cara mandou mensagem e deu o papo dele, mas nem foquei nisso cara. Tô focadão em outras paradas.

— Tá certo. — o Caio fala. — E o EP, já tá na bala?

— Lógico, só falta o... — antes de Lennin terminar de falar o celular dele tocou. — Pera aí, rapidão.

Ele levantou e atendeu o celular indo pra longe do barulho. Os moleques continuaram falando e eu só dava risada das bobeiras desses caras.

— Aí, vou ali buscar a Ágatha no cursinho, não tá passando ônibus nenhum pra cá, e ela falou que tá no ponto tem quase um hora. Ela ligou avisando que ia demorar pra chegar, aí eu falei que buscava ela lá.

— Tá suave, Lennin.

— Pega aí o açaí, e vai lá pra casa. — ele avisa. — Vou falar pro Custódio já ir.

Já tinha uns dias que eu não via a Ágatha, então nem pude conversar com ela, pra saber se estava tudo bem ou não. Então minha mente brilhou, me dando a idéia de ir no lugar do Lennin, pra poder conversar com ela. 

— Deixa que eu busco ela lá. — falo e ele me olha. — Eu busco ela.

Ele ficou me olhando um tempo, mas ele se ligou no motivo. Ele já tava ligado no que tinha acontecido, eu contei pra ele, então ele ciente de tudo, só assentiu.

— Vou te mandar a localização que ela me enviou. — fiz um toque com ele, e fui em direção ao meu carro.

Assim que entrei, meu celular notificou, mensagem do Lennin mandando a localização.

O trânsito tava suave, então cheguei lá rápido, parei na frente do cursinho e vi ela segurando uns livros. Abaixei o vidro e ela olhou, ficou uns segundos parada me olhando mas logo veio até o carro. Ela entrou e me olhou toda sem jeito.

— Oi. — falo e ela sorrir.

— Oi, tudo bem?

— Tudo, graças a Deus. E você, tá tudo bem? — pergunto querendo saber se estava tudo bem entre a gente também.

— Tá tudo bem, Léo. — acho que ela também se ligou.

— Menos mal. — ela desvia o olhar e eu dou partida, o caminho tava tranquilo apesar do silêncio incomodante. — O Lennin ficou de vir te buscar, aí eu quis vir pra gente também poder, sei lá... conversar, eu acho. — quebro o silêncio.

— Léo, não tem o que conversar, o que aconteceu, aconteceu e é isso, não tem como mudar.

— Se pudesse, tu mudaria? — olho pra ela de relance e ela foca em mim.

— Não, Léo. — ela responde e vira o rosto pra janela.

Entendi que ela não queria conversar sobre, então respeitei e fiquei na minha até chegar na casa do Lennin. Ela desceu do carro quando eu estacionei o carro no estacionamento, e ficou esperando lá do lado do elevador. Silêncio total dentro do elevador, chegamos no andar, e ela abriu a porta.

Os moleques já fora falando com ela, que foi falar com todos eles. E ficou conversando um tempo com o Lennin que estava cortando o cabelo.

Fiquei sentado ali no sofá mesmo, e depois que o Lennin cortou o cabelo, geral deu pausa pra comer açaí.

Inesperado | LÉO DO KICK.Onde histórias criam vida. Descubra agora