Capítulo 2 - Orgulho

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O próprio Lúcifer teve orgulho quando caiu, ao se rebalar e achar que ele estava certo, orgulha-se de formar uma rebelião contra Deus, quando fomos expulsos do céu, eu como um anjo que seguia o Lúcifer por seu orgulho, fui condenada a passar minha vida na terra, com outros sete anjos caídos, condenando pessoas por seu orgulho.

Ao longo dos séculos fomos mudando de nomes e indentidades, agora me chamo Diarra, sou uma das advogadas mais famosas de Nova York, acho que é a profissão que mais conheci pessoas orgulhosas, condenei tantos nesses anos sendo advogada, pensar que em alguns anos terei que entrar na faculdade com outro nome me anima, terá coisas novas a aprender e novos pequenos orgulhosos para condenar, dou aula de uma materia na faculdade de advocacia, fica mais fácil de achar novos condenados.

Ontem de noite tive que sair correndo da minha casa porque o Irá estava preso de novo, terei que chamar alguem para dar uma lição nele, o avisei que essa seria a última vez e voltamos para casa e eu dormi por 4 horas antes do meu despertador tocar e eu infelizmente ter que levantar.

Eu tenho meu próprio escritório no centro da cidade, sou a mais famosa por qualquer tipo de crime, defendo os casos mais difíceis, hoje por exemplo tenho um julgamento, beirando o impossível, meu cliente foi rejeitado por varios advogados mas eu o aceitei, estudei por dias o que havia acontecido para meu cliente ser inocentado.

Na parte da manha tive uma reunião com os outros advogados do meu escritório, por causa desse mesmo cliente, estavamos cheios de casos, a maioria passa por mim para que eu aprovasse e providenciasse ajuda para eles, depois do almoço estava a caminho do tribunal, onde passaria o resto da tarde e parte da noite.

Pouco depois da grande reunião, eu e mais dois estagiários, que estão no penúltimo ano, eles me ajudam no tribunal, o caso de hoje é um CEO que roubou a pantente de outra empresa, por orgulho e por inveja, disso eu entendo, ele é culpado, tem provas e ainda sim conseguirei inocenta-lo, serão horas de tribunal e talvez seja mais de uma sessão nessa semana é realmente um caso difícil

Na primeira parte da audiência o caso foi apresentado pelo advogado de acusação, que acontece de ser o maior orgulhoso que conheço (tirando eu é claro) e meu inimigo de tribunal, em todos os meus casos ele está envolvido de alguma forma, ele definitivamente vai pro inferno e eu terei o prazer de julgar ele, na verdade não somente eu irei manda-lo, Inveja, Ganância, Luxúria também podem mandar ele para lá. Na segunda parte eu apresentei meu caso e o porque meu cliente culpado é inocente, não é sempre assim, os mais difíceis sao quando meu cliente é culpado e eu tenho que correr atras de coisas que podem inocentar eles e eu sempre consigo.

Todos os juizes e advogados não gostam de mim, porque eu sou boa demais e todos perdem pra mim, não preciso que eles gostem de mim, apenas concordem que eu sou uma excelente profissional, antes de ser advogada eu era médica, digamos que não era tao boa quanto sou advogada, porque a medicina muda o tempo todo e isso me irritava bastante.

Depois que nós dois apresentamos o juiz trouxe a primeira testemunha, o advogado de acusação começou e a cada resposta da testemunha e sua olhadela para mim transbordava orgulho, uma coisa que ele não sabe é que a cada vez que ele sentia o orgulho ele me alimentava e eu fico mais forte, por isso eu sempre ganho, os outros advogados sempre começavam e me deixavam mais forte então eu conseguia ganhar todas, os outros também são assim, por isso temos as profissões que temos, a Nour é modelo pois os outros sentem inveja dela e isso a deixa mais forte.

No fim da tarde, a juíza se juntou com o juri e foi dado o veredito, ganhamos o caso, o meu cliente ficou muito feliz e orgulhoso, meu querido hoje você e o outro advogado me alimentaram por um mês, mas amanhã tenho mais tribunal, isso se Irá nao me tirar da cama hoje de noite terei uma noite de sono tranquila.

Quando estou indo para casa recebo uma ligação.

- Alô ? - respondo atendendo pelo botão no volante

- Dr. Diarra ? - uma voz desconhecida me chama

- Somente Diarra, quem é? - pergunto

- É da polícia, tem um detento pedindo sua ajuda.

- Qual o problema ? - pergunto, não e Irá, ele que me liga é outra pessoa.

- Ele foi pego roubando, um banco. Estilo La Casa de Papel. - o policial brinca solto uma pequena risada

- Estou a caminho de liberar ele. - desligo a ligação dando a volta com o carro.

Quando chego lá o policial me leva ate a sala de interrogatório que meu novo cliente estava.

- Você ? - o detetive me perguta e vira para novo provável cliente - Não tinha nenhuma outra advogada ? Já vou avisando Diarra ele foi pego com a mão no dinheiro, tem vídeo com a cara dele, você não vai ganhar esse caso. - ele fala com um sorriso irônico

- Se você já resolveu tudo, porquê eu fui chamada e não estou vendo nenhuma evidência na mesa e sim você tentando uma confissão dele, você não tem o rosto dele na câmera, você tem uma câmera estragada e outra pintada. Agora meu cliente vai colaborar com sua investigação, mas não é daqui, libere ele logo. - digo me sentando do lado do meu cliente

- Ele poderia colaborar não te chamando. - o detetive murmura

- Eu sou a melhor de Nova York, aceite que ainda serei uma pedra no seu caminho muitas vezes. - digo sorrindo

Depois que o detetive libera meu novo cliente marco uma reunião para amanhã de manhã, ele precisa ir para sua casa e eu preciso ir pra minha.

- Muito obrigada. - ele diz assim que estamos fora da delegacia

- Por nada, sei que você é o culpado eles apenas não tem provas o suficiente, então você não vai ser preso, depois do julgamento fique sem aparecer um pouco, estilo La casa de papel? Foi demais até para você. - digo saindo para meu carro, eu já o conhecia, era um ladrão de bancos famosos, até demorou a me chamar.

Chego exausta no hotel onde nos 7 moramos, no hall de entrada encontro Preguiça saindo do elevador.

- Dia difícil ?

- Assim como todos os outros dias. - respondo

- Dificuldades de ser advogada, Orgulho, é a vida. - me diz

- Bom trabalho Preguiça. - digo entrando no elevador

- Bom sono Orgulho. - se despede olhando para o elevador fechando

- Um dia eu roubo o posto de pecado da Preguiça dele. - murmuro sozinha rindo no elevador

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