Capítulo Trinta e Oito

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*Sem revisão.

Chegamos em casa e encontro toda a minha família reunida, aguardando a Rosa chegar.

Minhas tias, tios e primos também vieram oferecer ajuda. É muito bom poder contar com tantas pessoas que nos amam e se preocupam conosco.

Houve muito choro, mas acredito que foi de alívio, por ter a Rosa de volta em casa sem nenhum problema.

O jantar foi servido e nos reunimos como de costume, todos juntos em volta da mesa.

Depois da refeição, minha família começou a dispersar, indo cada um pra sua casa.

--Papai. --a Rosa me chama quando estou terminando de organizar a varanda da nossa casa. --Hoje eu vou dormir com a vovó. Ela me convidou.

Fico surpreso com essa informação, pois a Rosa adora seu próprio quarto.

--Tudo bem, filha. Tem certeza?

--Sim. Ela disse que amanhã vai fazer um café da manhã especial pra mim. -conta sorridente.

--Eu também quero dormir lá. --o Miguel entra na conversa.

--Vocês dois não vão caber na cama da sua avó.

--Eu fico no quarto do tio Raí. --diz o Miguel.

--Pode ser, então. Mas depois do café quero os dois em casa. Temos muita coisa pra conversarmos.

Eles me abraçam rápido e atravessam o jardim correndo, em direção à casa da minha mãe.

Depois de tudo organizado, tranco as portas e janelas e vou para o meu quarto.
Tomo um banho demorado para tentar retirar toda a tensão desse dia pesado e assustador.
Visto apenas um short de pijama e deito na cama ao lado da Juliana.
Ela está de costas pra mim e nem se mexe quando me aproximo.
Não acredito que ela tenha dormido tão rápido assim.
Então abraço ela com cuidado e toco sua barriguinha saliente.

--Já vai dormir? --pergunto beijando seu ombro e deslizando a mão sobre a sua barriga.

--Sim. --diz.

--Hoje o dia foi bem pesado pra todos nós. Eu imagino que você deve estar muito cansada.

A Juliana não responde e também não se mexe.

--O que foi? Você está sentindo mal?

--Não.

--Não quer conversar comigo hoje? Vai ficar assim? Apenas no sim e não?

--Agora você quer conversar? Quer me ouvir? Porque você não fez isso antes? Preferiu me culpar pelo sumiço da Rosa. --ela fala e vira de frente pra mim.

--Eu não te culpei, Juliana. Eu fiquei descontrolado sem saber o que havia acontecido na minha ausência. Foi apenas isso.

--Sua obrigação era me ouvir primeiro. Você sabe que eu não faria nada para magoar a Rosa ou o Miguel. Eu sempre tratei eles com carinho.

Ela fala e seca as lágrimas que descem pelo rosto.
Com isso, tenho que dar razão à ela. Eu errei e agir sem pensar.

--Desculpa. Você está certa. Eu não deveria ter pensado mal de você. Eu não estava raciocinando direito e fiquei fora de mim.

A Juliana volta a deitar na posição de antes e não profere mas nenhuma palavra.
Abraço ela por trás e beijo seu pescoço e peço desculpa novamente.
Mesmo sendo carinhoso com ela, nada altera seu humor.

--Você vai ficar assim até quando? Eu já pedi desculpas, agora vou ter que implorar seu perdão de joelhos. --digo perdendo a paciência.

--Não. --ela gira na cama. --Não precisa se exaltar.

--Vamos aproveitar que estamos só nós dois em casa hoje? --proponho e faço um carinho em seu rosto e subo a sua camisola até a cintura. --O que você acha? --insisto trazendo ela para sentar em meu colo.

--Você errou comigo hoje, Ricardo. --choraminga manhosa.

--Esquece isso. Já passou. Vamos fazer uma coisa mais gostosa do que ficar brigando.

Não espero resposta e capturo seus lábios em um beijo urgente.
Com avidez tiro toda a sua roupa.
Desço um pouco meu short, somente para liberar meu membro que, em seguida, penetra a Juliana de forma rápida. Não houve tempo para muitas preliminares. Apenas queria saciar meu desejo e buscar uma forma de extravasar toda a tensão que ocorreu durante o dia.

Alguns minutos depois, mais relaxado, estou com a cabeça sobre a barriga da Juliana. E de vez enquando beijava sua pele, na intenção de acarinhar nossa menininha.

--Temos que escolher o nome dessa mocinha. --digo ainda abraçado ao seu corpo nu.

--Eu tinha pensado em dois nomes. Um para o caso de menina e outro se fosse menino. --informa.

--E qual nome você gosta para nossa filha?

--Íris.

Levanto a cabeça e fito a Juliana.

--Íris? Só isso? --indago curioso.

Sinceramente eu esperava vários nomes estranhos ou nomes compostos. Até o nome da minha sogra. Mas nunca imaginaria esse nome.

--Você não gostou? -- ela pergunta, diante do meu silêncio.

--Não é isso. Eu só achei diferente. Porquê Íris? Tem algum significado?

--Sim. Íris é uma flor. É uma espécie rara, que simboliza fé, recomeço e esperança. O nome significa mensageira.

Sorrio para ela e lhe dou um beijo demorado.

--Eu gostei. Gostei muito. --beijo também a barriguinha dela. --Íris. Nossa flor Íris.

--Eu pensei na decoração do quarto dela. Acho que vai ficar lindo com as flores desenhadas na parede. --conta animada.

--Como você quiser. Pode escolher tudo e o que for preciso faremos do seu jeito.

--Obrigada. --ela diz e sorri.

--Agora só por curiosidade. --indago. --E se fosse um menino, qual nome você queria?

--Caso fosse menino, seria Ricardo Filho. --diz desviando o olhar.

--Ele teria o meu nome? -- fico estático.

--Sim. Eu acho bonito o filho ter o mesmo nome do pai. Você não gosta?

--Nunca pensei sobre isso. -- sou sincero. --Mas pensando bem...não é má ideia, ter um Ricardinho correndo pela casa. -- fico sobre ela, sem apoiar o meu peso em seu corpo, e começo a beijar sua face. --Quem sabe, depois, podíamos tentar o Ricardinho? --desço beijando o colo e os seios dela.

--Antes você nem queria filhos. --argumenta gemendo.

--Realmente. Porém....ensaiar é muito bom. E talvez, mais pra frente, poderíamos encomendar o Ricardo Filho.

Ela solta uma gargalhada que me faz rir também.

--Eu vou adorar ter vários filhos com você. --declara.

--Sendo assim, vamos treinar logo.

Avanço sobre ela e nos unimos mais um vez, até desabar exausto e satisfeito, findando mais um dia.

RECOMEÇOS - PARTE IIWhere stories live. Discover now