O início do desafio Parte 2 - Daniel

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Desde que nos conhecemos no Brasil, não consigo tirar essa mulher da minha cabeça. Até o perfume dela daquela noite eu sinto ainda, mesmo sem tê-la tocado. Hoje quando a vi no bar aqui Nova Iorque, parecia que meu coração iria sair pela boca. 

Estava ainda mais linda do que a primeira vez. Ela entrou e os homens do bar, todos, olharam para ela, isso me consumiu, será que estou com ciúmes?

Sem pensar duas vezes me aproximo dela. A reação que ela teve de me olhar, aquele brilho nos olhos dela, me incendiaram. Meu peito queima, quando falei para ela sobre destino, eu estava apenas tentando flertar com ela, mas vendo minha princesa, aqui, em Nova Iorque, sei que tudo está conspirando a meu favor.

Ela meu que me desafia e eu aceito com todo prazer, quando me aproximo dela e sinto aquele perfume maravilhoso dela, percebo que ela fica arrepiada e eu gosto de saber que causo esse efeito nela.

Após conversarmos um pouco e la diz que vai embora e claro que eu não poderia deixá-la sair sozinha, aqueles bandos de gaviões iriam atacar e eu não posso deixar isso acontecer.

Quando chegamos na rua ela diz que mora próximo e me ofereço para acompanhá-la, rezando para ela não me dispensar e para minha alegria ela aceita. No caminho, nos esbarramos em alguns momentos e cada vez que isso acontecia, minha vontade era de abraçá-la e beijá-la ali mesmo.

Ao chegarmos em frente ao seu prédio, ela me diz que está alí temporariamente que pretende alugar um apartamento para ela, no que depender de mim ela irá morar comigo em breve, me aproximo dela, quero testá-la nesse desafio. Ela tenta se afastar e eu me aproximo mais, sei que ela está nervosa, minha vontade é de beijá-la, mas me controlo e beijo seu rosto.

A convido para um encontro e ela me conta um pouco de como são os encontros no Brasil e por Deus, como eu quero ter um encontro assim com ela, mas me contenho e deixo que ela escolha a maneira que quer que seja.

Combinamos de nos encontrar amanhã. Nos despedimos e espero que ela entre e vou embora. Pego meu carro e vou para casa. Já tem tempo que não vou para lá. Entro e encontro Margot, minha governanta e praticamente minha segunda mãe. Vou até ela que me recebe com um abraço apertado.

- Meu filho, milagre você vir para casa!

- Hoje quero relaxar um pouco Margot.

- Está com uma carinha tão alegre, parece apaixonado.

- Você me conhece mesmo não é Margot?

- Ah meu filho, conheço mesmo, mas me diga, quem é ela? Espero que não seja uma daquelas mulheres fúteis que você costumava se envolver que graças a Deus nunca as conheci pessoalmente.

Sorrio para ela.

- Não Margot, ela é especial, você ainda vai ter a oportunidade de conhecê-la, mas para isso preciso vencer um desafio.

Ela me olha desconfiada.

- Desafio? Mas que coisa é essa de desafio? Daniel, Daniel, não vá me dizer que você entrou naquelas competições para ver quem conquista o coração dela? Se ela for mesmo especial como você diz e a ferir eu bato em você com chinelo.

Dou risada, mas fico imaginando outro homem tentando conquistá-la e isso não me agrada nem um pouco.

- Não é nada disso Margot, eu preciso sim conquistá-la, mas somente eu, não tem mais ninguém nessa competição, o desafio é entre ela e eu. Ela diz que não irá se envolver comigo e eu disse que ela ainda será minha. Amanhã vamos para um encontro e se tudo der certo, ela será minha, sem pressa, sem forçar nada, no tempo dela, ela não é o tipo de mulher só para levar para cama, ela é pra casar.

- CASAR? Meu Deus que avanço, essa moça já me conquistou sem ao menos vê-la.

Ficamos ali mais um pouco nos falando e subo para meu quarto, tomo um banho e fico pensando na minha princesa. Se ela permitir vou cuidar e mimar para o resto da minha vida.

No dia seguinte....

As horas demoram a passar, não vejo a hora de ir buscá-la. Quando saio do trabalho, corro para casa, tomo um banho, me arrumo e vou para a casa dela, vou chegar cedo, mas não quero correr o risco dela desistir.

Faltando cinco minutos para o horário marcado, vejo ela saindo do prédio e meu Deus, é muita areia para meu caminhão, mas darei dez viagens se precisar. Vou até ela e digo que terei dor de cabeça com os homens hoje a noite, porque ela é linda, Senhor não poderia ter feito eu me apaixonar por uma mulher menos bonita?

Entramos no carro e vamos para o restaurante, seguro a mão dela durante todo o trajeto, ela está com as mãos frias e sei que é de nervoso, em compensação meu coração está batendo tão rápido que acho que vou ter um treco. 

As vezes a olho de lado e ela é perfeita, tento achar um defeito, mas não vejo, será que ela ronca? Ai senhor, olha o que passa na minha cabeça, tento achar um defeito nela e já penso se ela ronca, só minha cabeça mesmo.

Seguimos em silencio até o restaurante.

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