Capítulo 37

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Três meses depois

Eu já estava na reta final da minha gravidez, inclusive Luna poderia nascer a qualquer momento.

O fim da nossa viagem foi incrível, e eu saí de Monte Carlo mais apaixonada do que cheguei. Também fomos para Acapulco e arrumamos o quarto da nossa pequena lá, totalmente diferente do que tinha ficado em nossa casa, mas mesmo assim muito lindo.

Já Christopher e eu não estávamos nada bem. Na verdade, só ficávamos bem na cama, porque fora dela, brigavamos sempre, e de certa forma, estávamos descontando nossa raiva em sexo, e eu não estava feliz com isso.

E sobre eu achar que estava apaixonada durante aquela viagem? É, eu estava delirando.

Não tinha como estar apaixonada com um cara que, no fundo, sempre vai me odiar, e o sentimento era recíproco, apenas assuntos relacionados a Luna eram consetidos por nós dois, sempre concordávamos em tudo.

Eu chorava muito também. Já estava de licença do trabalho, então eu passava muito tempo sozinha, já que Christopher estava sobrecarregado, trabalhando por nós dois, inclusive eu me culpava por todo seu estresse, já que se eu não tivesse grávida, ele não estaria passando por isso.

Ouvi o barulho da porta abrir e ele chegar em casa. Eu estava sentada no sofá, lendo um livro, e dessa forma eu permaneci. Pouco tempo depois, o vi surgir na sala, com uma expressão abatida no rosto e se sentar ao meu lado, dando um selinho rápido em meus lábios.

— Como vocês estão? — Ele disse passando a mão na minha barriga, que estava imensa e pesada.

— Bem. — eu falei sem tirar os olhos do meu livro, e nem olhá-lo. Ouvi Christopher suspirar e se aproximar de mim.

— Dul? — Ergui meu olhar, ainda com meu livro aberto, e fiquei esperando ele falar. — Você está bem mesmo? — suspirei e fechei meu livro.

— Sim, Christopher. Só não quero brigar com você hoje, então prefiro ficar na minha. — Ele assentiu e abaixou a cabeça. — Você está bem?

— Sim, só sobrecarregado. — traguei a saliva e desviei meu olhar do dele, enquanto a culpa me invadia.

— Pensasse nisso antes de me engravidar... — murmurei, levantando do sofá e fui em direção ao quarto, com lágrimas nos olhos. Eu andava super sensível, e tinha consciência disso, mas Christopher não andava facilitando para mim, e eu sentia meu coração doer a cada briga.

— Dulce, vem cá. — senti ele me abraçar por trás, assim que entrei no quarto, e depositar um beijo em meu pescoço.

— Não estou afim de sexo, Christopher. Minhas costas estão doendo, sua filha não para de me chutar. — Eu disse me desvencilhando dele, e indo para o banheiro.

— Eu não ia propor sexo, Dulce. Sinto sua falta, dos seus carinhos, da nossa cumplicidade. Eu sei que tenho uma grande parcela de culpa por descontar em você os problemas da empresa, mas você também anda mais irritada do que o normal... — parei no meio do caminho e fechei os olhos, enquanto ele falava. Christopher não mentiu, eu estava mesmo mais irritada que o normal, já que não conseguia dormir, comer ou mal respirar.

— Ok, me desculpe. Luna está tirando todo o resto da minha paciência e sanidade mental. — fiz um biquinho e me aproximei dele. — por que ela não nasce logo, Chris? — eu estava quase chorando já, Christopher me abraçou e eu me aninhei nos seus braços, eu sentia tanta falta dele.

— Eu acho que ela está tão confortável nessa casinha, grudada na mamãe, que simplesmente não quer sair. — uma lágrima escorreu dos meus olhos, eu me sentia vulnerável e esgotada.

Yo Si QueríaOnde histórias criam vida. Descubra agora