o sol e a rosa

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Em um lugar bem verde havia uma flor.
Ou melhor, uma rosa. Um pouco em cima tinha o sol.
Um dia a rosa puxou assunto com o sol. Dali surgiu uma bela amizade. Por um momento o sol partia e a rosa esperava ansiosamente pelo seu aparecer. Ela contava os minutos para que pudessem conversar e então rir por horas.
Para a rosa o sol era tudo, era o mais brilhante em meio aquele azul e incomparável a qualquer céu estrelado.
Para o sol a rosa era tudo, era a mais linda em meio aquele verde e incomparavél a qualquer jardim florido. O sol amava a rosa e a rosa amava o sol.
Chegou o tempo em que o sol precisava se esconder atrás das nuvens, em algumas vezes nem parecia que ele estava lá e a rosa se lamentava, doia não poder vê-lo, a falta dele deixava sem nenhuma importância
a chuva e cada gota parecia mais pesada do que outra, ela não o via, mas ele estava lá, com o temor de perdê-la para um vento forte ou uma seca sem fim, pois para o sol a chuva era uma benção e a rosa jamais conseguiria entender.
Um dia a Rosa se reclamou para o sol, estava triste e frustada pois o seu amor por ela não parecia sincero, ele a abandonava, a deixava sozinha várias vezes, partia para dar lugar a lua, se escondia por entre as nuvens e a deixava nos dias de tempestade. Mas como o sol poderia explicar para uma coisinha tão pequena que se a marca do seu amor fosse sua presença permanente, este amor a mataria ali mesmo, naquele instante?
Certo dia uma tartaruguinha faminta passou por ali e nem os espinhos da rosa, nem o sol escaldante foram capazes de impedir o fim daquela rosa. O sol observava de longe o momento que tanto tentou evitar, pois todo o tempo em que não estava dominando o céu estava cuidando para que por mais um dia Ela pudesse viver. A tartaruga partiu satisfeita e a rosa amargurada.

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