Prólogo

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Jeongguk corria. Não olhava a direção na qual estava indo, esperava que não estivesse correndo diretamente para um penhasco ou qualquer outra coisa que colocasse sua vida já em risco, em mais risco ainda.

Fora avisado, muitas vezes, de que não devia explorar aquele lado da floresta, conhecido por abrigar diversas espécies de criaturas estranhas e perigosas demais para um simples humano. Mesmo que fizesse parte de uma poderosa linhagem de magos e bruxas, nascera sem o dom de dominar a magia.

Os outros Jeon’s lhe repudiavam. Não sabiam qual era seu problema e não pareciam muito dispostos a entender as dificuldades que passava, ou o quanto se sentia insuficiente perante eles. Seu pai, Jeon Yoongi, e seus primos, Seokjin e Hoseok, eram os únicos que não o rebaixavam, sabiam que o mais novo da família não tinha culpa de seu azar, não seria justo tratá-lo de forma diferente.

Suas pernas já doíam, seus pulmões pareciam implorar por descanso e não sabia mais quanto tempo seria capaz de correr daquele ser que nunca havia visto antes, tampouco  sabia o nome. Pela primeira vez em tempos, queria ter seguido o conselho de seus primos e ficado em casa, mesmo que aturar seus parentes estivesse incluso.

Olhou para trás mais uma vez, na esperança de que aquela criatura não estivesse mais lhe perseguindo. O sentimento sumiu tão rápido quanto apareceu, principalmente quando sua distração lhe fez tropeçar em raízes, o impacto com o chão acidentado lhe fazendo gemer em dor, havia deslocado o ombro. 

Olhou para o céu, uma lágrima solitária escorrendo de seus olhos quando percebeu que nunca mais veria seu pai, seus poucos amigos e as crianças que costumava visitar em um orfanato perto de sua casa. Apertou mais os olhos quando ouviu um barulho próximo, sua última visão fora aquela criatura pulando em cima de si.

X X.

— Cale a droga da boca, ele vai acordar. — uma voz desconhecida disse, tentando soar baixa.

— Não sou eu quem está praticamente gritando em cima do garoto, você quem devia ficar quieto. — disse uma outra.

— Ora, seu -

Se mexeu, mesmo sem saber se deveria o fazer, e as vozes pararam no mesmo instante. Pensou se abrir os olhos seria uma boa escolha, mas decidiu ficar mais um tempo aproveitando a escuridão e a superfície macia onde estava deitado.

“Como raios estou vivo?!” era o que se passava em sua mente. Não via formas como poderia ter escapado com vida daquela floresta, também estranhava o fato de não estar sentindo dores, nem mesmo no ombro que fora deslocado em sua queda. 

— Olá…? — a mesma pessoa que havia o acordado, agora falava diretamente consigo. — Você está bem?

Respirou fundo, tomando coragem para abrir os olhos, com medo do que encontraria a sua frente. Sua vista doeu um pouco, já que estivera no escuro por um período desconhecido. Ofegou, tomado em surpresa, quando conseguiu enxergar com clareza. 

Dois homens, provavelmente mais velhos que si, vestidos com o que pareciam armaduras impecáveis em seus corpos, o mais alto trajando uma azul, enquanto o outro usava uma branca. Mas o que, sem dúvidas, mais lhe deixou surpreso foram as asas majestosas que possuíam em suas costas. 

Provavelmente passou mais tempo do que deveria observando fascinado aquelas estruturas, já que o outro homem pigarreou, chamando a atenção.

— Bem, talvez ele seja mudo. — coçou o queixo, suspirando. — Devemos chamar alguém?

Haessda ¦pjm+jjk¦Onde histórias criam vida. Descubra agora