Prelúdio, Remédio

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só vim avisar antes da leitura de vcs q:
- essa fanfic vai ter smut sim, mas não como o título sugere, o smut vai ser ocasional e sem muitas descrições. quando rolar, eu vou avisar aq, ent leiam sempre as notas!!!
- eu não revisei muito bem, então tem erros sim, se sintam livres para trazê-los a minha atenção!!

sem mais delongas, boa leitura!

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Arthur não se lembra da noite de bebedeira que passara, nem por que Dante estava na sua casa.

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     E diferente de todas as manhãs regulares, ele não acordou e viu o clima em seu celular.

     O verão estava aí, e com isso a chuva também estava junto. Às vezes a chuva trazia um friozinho estranho junto, que fazia sua mãe, Ivete Beicur, aconselhá-lo a levar um casaquinho leve ao sair. Ele queria evitar a abordagem de sua mãe de consideração, então fazia questão de ver a previsão para o dia. Não o leve a mal, ele a ama demais; o suficiente para privar o conhecimento dela sobre uma certa situação.

     Parte da situação era que Arthur Cervero, procurava uma paz antiga em um certo alguém, que também queria uma paz após a batalha com os escriptas, que acontecera a quase um mês atrás. A outra parte era que ele estava convencido de que ter o ocultista-recentemente "curado" de sua cegueira- perto de si seria impossível, e por isso optou pela embebedação e a luxúria das baladas gays mais conhecidas e movimentadas da Grande São Paulo.

     Nessa específica manhã, sua dor de cabeça estava mais dolorida que o normal, e ao perceber que estava em sua própria cama, se assustou. Como chegara ali? Sua mente tentava trazer memórias da noite passada, só conseguindo deixar lúcido alguns flashes de cores contrastantes demais para sua cefaléia, e sensações que o faziam querer vomitar. A placa de neon da balada, as luzes brilhantes do lado de dentro, a música, o gosto amargo da bebida, algumas bocas com esse mesmo gosto e corpos vestidos se tocando com uma urgência desajeitada. A próxima certeza que tinha era que normalmente, agora, deveria estar acordando na cama de outra pessoa.

      Seus olhos rastejam para cada canto do quarto, se arregalando ao se deparar com um Dante de costas, sentado na ponta da cama.

        - Dante? - Arthur pergunta, sua garganta judiada, fazendo sua voz soar grossa e rouca. O loiro se virou, seus olhos ainda fechados.

       - Arthur. - Ele se aproximou, tentando colocar sua mão no ombro do amigo, e falhando miseravelmente. Sua mão foi parar na cabeça do Cervero. Seu rosto se virou ao lado contrário assim que chegou a essa realização - Desculpa.

     Normalmente, nesse momento, Arthur iria fazer uma piada pra arrancar ao menos um sorriso do loiro, mas a tensão era tão densa que ele jurava ver como a névoa paranormal. Talvez fosse um efeito da bebedeira da noite passada, tudo pareceu tão distante entre os dois de repente, mas nunca se sabe. Arthur riu baixo, tentando cortar essa tensão.

        - Eu acho que bebi demais ontem. - Dante virou seu rosto de volta ao Gaudério, que tentou decifrar a expressão enigmática do mais alto quase que imediatamente. Dante suspirou e voltou seu rosto ao lugar anterior. - Você tá bravo comigo... Porque 'cê tá aqui, também?

        - Você não lembra? - O loiro disse, em um tom que soou mais irritado do que intendia.

        - Pelo que eu lembro, eu deveria estar na cama de um cara aleatório agora... - Dante relutou em virar seu rosto, e Arthur tentou dar outra risada. - É... eu não lembro.

      Dante respirou fundo, confuso e com sono.

        - Você me mandou uns áudios ontem a noite, Arthur. Ouve os áudios e vê se você se lembra. Eu não estou bravo, só não consegui dormir o suficiente e eu não entendo.

Vício da Luxúria (Danthur)Onde histórias criam vida. Descubra agora