ೃ⁀➷ Pov_ Deidara
Lá estava eu, deitado na cama. Havia acabado de acordar, mas o cansaço ainda me dominava, então decidi permanecer ali por mais alguns minutos.
Ouvi a porta abrir, mas estava tão exausto que nem me virei para ver quem era. Apenas fechei os olhos, fingindo estar dormindo.
- Vamos levantando - escutei uma voz, seguida por duas palmas. Ele se dirigiu à janela e abriu as cortinas, permitindo que os raios de sol invadissem o quarto. - Vamos, eu reservei meu dia hoje somente para você. - Ele voltou para a cama e puxou o edredom que me cobria. Eu apenas me virei de lado e cobri a cabeça com o travesseiro. Isso pareceu irritá-lo. Ele segurou meu braço com força, fazendo-me virar para encará-lo. - Levanta. Agora. - Ele fitou meus olhos profundamente. Acenei em concordância, e ele soltou meu braço sem a menor delicadeza.
Levantei-me e fui até o banheiro, onde realizei meus rituais matinais antes de tomar banho. Ao terminar, voltei ao quarto usando apenas uma toalha na cintura. Percebi a presença de outra pessoa no ambiente e me virei para ver quem era. Era Obito, sentado em uma poltrona, olhando diretamente para mim.
- Seu tarado! - disse, com a voz um pouco elevada. - Sai daqui!
- Vou fumar - ele respondeu, revirando os olhos antes de sair.
Assim que ele deixou o quarto, vesti-me com as roupas que já estavam separadas sobre a cama: uma blusa de gola alta, uma calça cargo e um tênis preto. Terminando de me vestir, fui me observar no espelho do closet.
A porta abriu-se novamente. Era Obito, é claro. Ele nunca aprendeu a bater?
- Vamos - ele ordenou, saindo imediatamente. Segui-o.
Descemos as escadas imponentes e caminhamos em direção à porta, que foi aberta por dois guardas. Ao sair, pude ver os grandes portões serem abertos ao longe. Quando chegamos lá, Obito entrou no carro, e eu fiquei parado, sem saber o que fazer. Em seguida, fui puxado para dentro pelo moreno.
- Você é lerdo, né? - ele disse, fechando a porta e me colocando ao seu lado.
- Desculpe - respondi, quase em um sussurro.
- Tanto faz - ele retrucou, revirando seus belos olhos ônix.
Após alguns minutos de silêncio, a curiosidade me venceu.
- Para onde estamos indo? - perguntei, quebrando o silêncio.
- Comprar roupas - respondeu, de forma seca, sem me olhar.
Sem mais o que fazer, observei suas roupas: uma blusa de gola alta preta, calça da mesma cor e um sobretudo cinza escuro com detalhes pretos. Ao baixar o olhar, deparei-me com...
...um salto?
Talvez ele apenas gostasse de usá-los, mas decidi perguntar.
- Obito, por que você usa salto? - perguntei, entrelaçando meus dedos.
- Você é mesmo curioso, não é, garoto? - ele respondeu, encarando-me. - Mas, respondendo sua pergunta, uso para melhorar minha postura e evitar que fique torta. - Desviou o olhar novamente.
O carro parou, e descemos. Caminhamos até a entrada do shopping e entramos. Notei que Obito estava nervoso: seus olhos, atentos; seus braços, cruzados. Percebi que ele os apertava com força.
Ao virarmos em uma esquina, ele passou à minha frente. Meu olhar caiu sobre suas nádegas. Talvez ele fizesse muitos agachamentos, e talvez por isso houvesse tantos alfas olhando para ele.
Ele também percebeu os olhares e apressou o passo.
- Aqui - disse, parando em frente a uma loja de roupas.
Entramos, e ele se dirigiu a algumas peças. Eu simplesmente o segui.
- O que você quer? - perguntou, com uma sobrancelha levantada. - Vá escolher suas roupas. - Apontou para um canto aleatório.
Não respondi. Em vez disso, pedi ajuda a uma das atendentes. Passei um tempo escolhendo roupas que me agradavam e, finalmente, entrei no provador. Estava terminando de vestir mais uma peça quando a porta abriu. Fiquei imóvel, observando Obito, que tinha uma expressão entediada e segurava algumas roupas.
- Prove estas - ele disse, estendendo os braços em minha direção. Fiquei paralisado; o espaço era pequeno, e ele estava praticamente colado em mim.
Peguei as roupas e ele saiu. Coloquei-as sobre o móvel e removi a roupa que vestia. Ao examinar a nova peça, vi que era um vestido... um vestido rosa claro.
Vesti-o e notei que, onde meus seios deveriam estar, havia apenas um vazio. No entanto, ele marcava bem meus traços.
A porta abriu novamente. Sabia quem era, mas ele não entrou, apenas ficou parado na entrada, me observando. Ele tinha um leve sorriso no canto dos lábios, e seu olhar percorreu todo o meu corpo.
Sem aviso, senti minha cintura sendo puxada para trás. Como estava de frente para o espelho, ele estava atrás de mim. Sua mão desceu de minha cintura até minhas nádegas, onde começou a acariciá-las.
- Para! - disse, soltando-me e virando-me para ele. Ele revirou os olhos.
- Gostei desse vestido em você. Vou levar alguns desse modelo - declarou, como se meu corpo lhe pertencesse. - Vamos, ainda temos outras lojas para visitar. - Saiu do provador.
Já estávamos saindo da loja. Ele havia pago tudo, e agora seguíamos para uma loja de sapatos. Lá, as atendentes traziam os calçados, e eu os experimentava. Obito também experimentou alguns, incluindo saltos, e ficou com um par. Terminamos e partimos.
Em seguida, fomos a uma joalheria. Disse a ele que não precisava de joias, pois quase não as usava. Ele apenas ordenou que eu ficasse quieto, e obedeci.
Ao sairmos, senti pena dos criados que carregavam as compras; devia ser pesado. Obito dirigiu-se a eles, e eu sabia que ele colocaria aquela pequena sacola de luxo sobre uma caixa maior apenas para não carregá-la.
- Me dê essa sacola. Você não deve carregá-la - ele ordenou, estendendo a mão.
- Não precisa, é apenas uma sacola pequena - respondi, escondendo-a atrás das costas.
Ele não gostou da minha resposta. Segurou meus braços, virou-me e pegou a sacola, ignorando as pessoas ao redor que nos observavam.
Obito puxou-me para perto de si e sussurrou em meu ouvido:
- Qual era a sexta regra? - perguntou, apertando meu braço enquanto caminhávamos.
- Você está me machucando - reclamei, sentindo a dor.
Sem perceber, estávamos em frente ao banheiro. Obito empurrou-me para dentro, fazendo-me cair no chão. Aproximou-se, puxou meus cabelos e forçou-me a olhar para ele.
- Fiz uma pergunta. - Apertou meus cabelos com mais força.
- Nunca te desobedecer - respondi, gemendo de dor, com lágrimas nos olhos.
Ele soltou meus cabelos e dirigiu-se ao espelho, deixando-me no chão, chorando.
- Levante-se e arrume seu cabelo - ordenou, observando-me através do reflexo.
Obedeci. Saímos dali, almoçamos, terminamos as compras e partimos.
YOU ARE READING
Daddy •|| Tobi•Dei ||•
FanfictionDeidara acaba sendo levado para o castelo Uchia Senju após seu pai perder uma aposta para um dos moradores do castelo. Em ambos clãs, segredos são revelados. Deidara acaba se apaixonado por um dos moradores do castelo, Obito Uchia Senju, o homem qu...
