Capítulo 13

71 9 1
                                    

            A ligação caiu bem na parte mais importante. Bufei e mandei mensagem para ele, torcendo que enviasse a tempo.

                 " O coelho disse que a garota é uma das chaves para abrir a barreira que tem na cidade. Harry, não perda ela de vista, não tire os olhos dela, porque tem gente atrás dela e não podemos a perder. Confie em minhas palavras, ela é a última peça para tudo se encaixar."

                    Enviei a mensagem, mas não enviou. Droga. Guardei o celular na minha bolsa e voltei a correr em direção ao bistrô que eu sabia que ele estaria lá, Blaise é muito excêntrico e um cachaceiro de primeira, fiquei surpresa em saber que ele não estava em um bar de quinta.

                  Me amaldiçoei por ter vindo de salto alto, meus pés estavam em carne viva e eu duvido que iria melhorar se eu os tirasse e corresse com os pés no chão. No meio da correria batia em alguém sem querer e logo pedia desculpas, eu tinha que chegar o mais rápido possível.

                 Meu celular tocou e o peguei sem parar de correr e sem ver quem era:

                   - Luna...Luna Lovegood, pois não? - Perguntei com certa dificuldade.

                   - Ligamos em uma hora errada? - Ouvi a voz de Fred e revirei os olhos.

                   - Não e sim, estou indo encontrar com Blaise. - Consegui ouvir uma exclamação de surpresa em dose dupla e constatei que a chamada está no viva voz. - Escutem, eu falei com o Harry. Sim, com o Hazzy, eles está vivo e também está a procura da cidade, na verdade está a procura de todos nós. Parece que conseguiu achar Cho e Theo.

                   - E Gina, ela é a única entre nós todos que tem o seu número salvo a mais de sete anos. - George, tentei não me abalar pela notícia. - É bom saber que a praguinha com cheiro de maçã está vivo e aparentemente bem, mas oque tem haver?

                    - Estão indo para a Argentina e ele está com a garota, assim como Ron disse que ele iria estar. - Digo e paro de correr assim que chego na frente do bistrô. - Temos que ser rápidos, já encontraram Cedrico?

                    - Digamos que estamos no caminho certo... - Falaram os dois juntos e eu sabia que tinham feito alguma coisa errada. - Enfim, em dois dias chegamos aí e então esperamos os outros.

                  - Tudo bem, tenho que desligar. - E sem esperar eu desliguei e voltei a guardar o celular na bolsa.

                O lugar parecia bem vintage, o clássico lugar que você vai para uma visita na cartomante. Abri a porta e um sininho bem encima tocou atraindo a atenção do cara do caixa que só indicou a porta dos fundos. Pensei em não seguir em frente, não sabia quem eu iria encontrar lá dentro, poderia ser qualquer um.

               Blaise foi o primeiro a ser adotado entre todos nós. Ele se foi uma semana depois que chegamos aqui e a maioria nem se lembra dele.

                Respirei fundo e passei pela parte central do estabelecimento e então bati na porta de madeira escura e sem nenhum detalhe aparente. Abri a porta após ouvir um, entre. Um cheiro forte de alguma erva bateu em meu nariz e sala estava meio escura, só iluminada por uma fraca luminária no canto da mesma. De primeira não consegui ver onde o homem estava, mas reparando pela segunda vez, o vi sentado em uma poltrona virado para a parede. Que cena irônica.

                - Sei oque deve estar pensando. - Levemente me assustei com a voz lenta e meio rouca do homem, engoli um seco. - Que irônico é toda essa coisa. Eu concordo, Luna.

Once Upon A TimeWhere stories live. Discover now