Capítulo 1

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E aí gente? Primeiramente, eu gostaria de agradecer a @deboraduarteb por ter me permitido adaptar a história dela, é uma história que me marcou muito e estou muito feliz por poder adapta-la para um dos meus ships favoritos! Espero que gostem, assim como eu amo esta história, boa leitura <3

🦋🎸

A minha vida é como uma música, as vezes é alto astral, bem para cima, daquelas que o coração acelera igual a quando você ouve rock pauleira. Ai quando eu menos espero vira uma balada romântica, daquelas que fazem seu coração bater mais forte só de ouvir a melodia. A minha vida é assim, como um bom som, com seus altos e baixos, graves e agudos, mas o que importa de verdade é não perder o ritmo, porque a música não pode parar.

Meu nome é Julie Molina, tenho 18 anos e estou no último ano do colegial. Sou daquelas que muda de humor escutando uma música, que canta em todos os cantos, que expõe tudo que estou sentindo em um pedaço de papel junto a uma melodia. Eu sou daquelas que se contenta com um simples abraço e um sorriso bobo no rosto. Falo, penso e respiro música, talvez pelo fato de minha mãe ter sido uma grande cantora quando mais jovem, ou talvez seja pelo fato de que ao invés de contar uma história para eu dormir, ela simplesmente cantava.

A música é a nossa mais antiga forma de expressão, até mais antiga que a linguagem. De fato, a música é o homem, muito mais que as palavras, pois estas são símbolos abstratos. A música toca nossos sentimentos mais profundamente que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser. É assim que eu me sinto quando canto e componho, sinto todos os meus sentimentos se expondo através da música.

Desperto de meus pensamentos ao terminar de calçar meus tênis, pegando minha mochila logo em seguida para só então descer para tomar o café da manhã. Ao adentrar a cozinha, a primeira pessoa que avisto é minha mãe preparando algo no fogão, enquanto meu pai e meu irmãozinho se encontram sentados à mesa.

- Bom dia, família. - Cumprimento cada um com um beijo na bochecha antes de acomodar-me em uma das cadeiras.

- Bom dia, filha. - Saúda minha mãe ao colocar os ovos mexidos em meu prato.

- Bom dia, querida. Vai querer carona para ir à escola hoje? - pergunta-me meu pai.

- Sim, Nick não vai poder me levar hoje porque terá de ir mais cedo para falar com o treinador. - explico após tomar alguns goles de suco, notando pela minha visão periférica meu pai fazer uma leve careta. Nick e eu namoramos há cerca de dois anos, e apesar de brigarmos na maior parte do tempo, meus sentimentos por ele eram intensos demais para que eu desse fim a nossa relação. No entanto, em consequência a essas discussões, meu pai passou a não gostar muito dele, já minha mãe, apesar de não falar nada, também não ia muito com a cara dele.

Nick até que era um cara legal, porém muito encrenqueiro, estava sempre arrumando confusão na escola e esse era um dos motivos pelos quais o treinador queria falar com ele antes da primeira aula. Ano passado ele havia se metido em uma confusão das boas, o que lhe rendeu duas semanas de suspensão e, consequentemente, o time da nossa escola acabou perdendo o campeonato porque ficou sem o seu melhor atacante e capitão. O treinador ficou tão furioso ao ponto de ameaçar tirá-lo do time.

Balanço a cabeça para espantar meus pensamentos e concentro em terminar meu café da manhã, sendo acompanhada por meu pai.

- Tchau, mãe. - Despeço de dona Rose ao deixar um beijo em sua bochecha e ela prontamente retribui o ato.

- Tchau, filha. Tenha uma boa aula.

- Obrigada... Tchau, pestinha. - Beijo carinhosamente o topo da cabeça do meu irmão, sendo presenteada com um belo sorriso banguela. Carlinhos tinha apenas cinco anos e era uma mistura fiel de Ray e Rose Molina: pele clara, olhos castanhos e cabelos escuros; enquanto eu havia puxado totalmente a minha mãe, cabelos escuros e os olhos de jabuticaba (como meu pai dizia). Uma mesclagem perfeita devo acrescentar.

Rock Story (Adaptação Juke)Onde histórias criam vida. Descubra agora