XLIV

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Helen

Andreas respirava com dificuldade, pelo meu olhar crítico via pelo menos dois tiros letais ali. Ele morreria e eu descobri que não estava pronta para isso, mesmo ele sendo ruim eu ainda o amava.  Minhas mãos estavam sujas de sangue e eu tentava desesperadamente parar os sangramentos.

- Andreas. - Minhas lágrimas molhavam o rosto dele.

Andreas não falava nada, mantinha o maxilar travado de dor, os olhos fixos em algum ponto ao longe. Estava com vergonha. Passei a mão no rosto bonito dele.

- Escuta. - Ele disse com dificuldade. - Nunca deixei de te amar. Perdi tudo para vir te buscar Helen. Mi amore. - A voz dele era rouca. - Me perdoe por nunca ter te dado um filho Helen, por não ter a força de deixar tudo para trás e ficar com você...

- Fica quieto Andreas. Por favor. - Beijei os lábios dele. - Não me deixa.

- Apodrecer na cadeia ou morrer nas mãos da máfia? Prefiro a morte.

- Fica comigo. - O desespero agarrava meu pescoço com mãos transparentes. - Muda de vida, eu vou com você para onde for..

Ele agarrou meu braço, a aliança ainda estava no dedo dele. Nossos olhos não se deixavam. Nadja fez sombra, agachou e tocou meu braço.

- Helen. Ele está morrendo. - Ela tentou me tirar de perto dele.

- Por favor Nadja, por mim, por seu irmão. Não o deixe morrer.

Nadja fixou os olhos castanhos em mim, a boca era uma linha reta, por fim ajudou os outros agentes a erguer Andreas, fiquei sentada no chão com o corpo empapado de sangue, ás lágrimas quentes descendo feito uma torneira aberta.

James

Era uma loucura. Benjamin digitava rapidamente no celular, vi meu carro parado totalmente torno entre a calçada e a rua, o carro do Eduardo também estava estacionado, na esquina. Ben desceu antes do meu segurança parar o carro. Tinha um bom número de agentes feridos, mas também tinha gente do Andreas no chão, vi Nadja o erguer do chão e junto aos outros três agentes, colocar Andreas em uma ambulância.

- James? - Helen estava sentada no chão.

-Helen fica aí. Vou buscar ajuda. - Me aproximei dela.

- Não James, esse sangue não é meu. - Ela começou a chorar.

- Onde está a Marjorie? - Ben passou na minha frente e confrontou minha irmã. - Você me disse ontem que acabaria com tudo. Onde. Está. A. Marjorie!

Ben precisou ser contido por quatro policiais, eu mesmo esperava uma resposta ,e não sabia se gostaria de ouvi-la.

- Me desculpe James.... Eu não tive coragem... - Ela cobriu o rosto com a mão suja de sangue. - Eu não tive coragem..

- Ela foi levada. - Nadja voltou. - Eu acabei acertando a sua garota James, os caras levaram ela.

Nadja não tinha emoção na voz, o que me deu a impressão de quê ela podia ter feito mais, mas deixou o lado pessoal falar mais alto. Eu já vi Nadja em combate, ela podia ter chegado até minha pequena e ajudado ela a sair dessa. fiquei tão furioso que avancei até ela, não bati, não é meu tipo bater em mulheres, mesmo essa em específico merecendo. Me segurei ao máximo.

- Você vai trazer minha garota de volta Nadja, ou conto que seu irmão faz parte dessa merda toda. E você vai parar atrás das grades. eu mesmo vou te sentenciar á prisão perpétua.

Meritíssimo Juiz  @PremioshakeWhere stories live. Discover now