Capítulo 13

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  ××× Ludmilla Oliveira ×××

Três dias depois...
Quando entrei no apartamento de Marcos para falar com ele, me deparei com Paty e Natalie dançando loucamente em frente a televisão. Paty me ignorou totalmente, já Natalie sorriu e disse um cumprimento que não entendi muito bem. Entrei na cozinha, onde Marcos digitava algo concentrado enquanto tomava café. 

-- Marcos... - Ele levantou a mão, pedindo silêncio, colocando o celular no ouvido e deixando
a caneca azul escura no balcão.

-- Sim, sou eu. - Ele ficou um tempo em silêncio. - Uhum. Uhum... Um segundo. - Marcos se virou para mim, tapando o microfone do celular. - Ele quer nos encontrar. A Pandemônio está bom? - Apenas assenti e fiz um joinha.

-- Na Pandemônio, daqui a dois dias às onze, pode ser? Ok... Ok... Tchau. - Ele desligou a

chamada. - E então, por que veio? Faz três dias que eu não te vejo.

-- Eu não posso querer a companhia do meu querido amigo?- Cruzei os braços, engolindo em seco. Marcos revirou os olhos.

-- Ludmilla eu sei que eu pareço um imbecil, mas eu não sou. O que aconteceu?

-- O Caio me mandou mensagem. - Coloquei as mãos nos bolsos da calça. -Perguntando sobre a Brunna. - Meu amigo apenas me encarava, esperando, de braços cruzados.

-- E?

-- E que... eu meio que menti, porque eu vi ela. - Procurei não gesticular. - Há uns dois... três dias...

-- E? - Repetiu Marcos, impaciente.

-- A gente transou. - Engoli em seco. - Eu e a Brunna. A gente... transou. - Aquilo era estranho na minha língua, e eu nunca tinha formatado o pensamento para palavras. Marcos esfregou o rosto, e depois suspirou.

-- Você transou com a namorada do Caio?!

-- Ela não é namorada do Caio. - Bufei.

-- É sim! - Marcos parecia prestes a me dar uma notícia de morte. - Ele falou que fez o pedido
antes de ir para Paris, e ela aceitou ontem de manhã. Caio tentou ligar para você, mas você não atendeu.

-- Estava fora da cidade.

-- Eu sei. - O meu melhor amigo apenas deu um sorriso pequeno, e hesitante. Ele não parecia nada feliz. - Só... procure ficar longe dela agora, tudo bem?

-- Eu estou fazendo isso. - Respondi antes de lhe dar as costas e sair da cozinha.

××× Brunna Gonçalves×××

Levei Violet para a Pandemônio aquela noite. Gabriel nem se deu ao trabalho de me dar bronca, pois ficou todo apaixonado pela cachorrinha. Violet era minha filhinha, meu amorzinho, desabafei tudo com ela nos últimos dias. Ia contar hoje para Paty sobre tudo, havia prometido para mim mesma.

Antes da dança começar, Violet escapou quando Tessa foi entrar nos fundos, e eu tive que sair correndo atrás do filhote no meio de inúmeras pessoas. Graças a Deus estava descalça, o que me fez correr mais rápido. Meu coração quase parou quando um estranho a pegou no colo.

-- Ei! Ela é minha! - Gritei, cutucando o estranho muito alto no ombro.

-- Eu sei. - Ludmilla se virou com a cadelinha no colo. Eu engoli em seco, tentando ser forte, mas minhas pernas que estavam tremendo.

-- Ludmilla. - Cumprimentei-a depois dela ter devolvido Violet, que estava toda agitada no meu
colo.

-- Brunna. - Ela sorriu de forma ácida. - Parabéns pelo namoro.

THE GIRL (GIP)Onde histórias criam vida. Descubra agora