Capítulo 54

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Vou publicar dois capítulos seguidos agora, então fiquem atentos amores.

Votem, comentem e me sigam por favor...

No final do capítulo tem um banner com spoiler de algo que acontecerá até o final do livro.

JULIA

O dia estava lindo, perfeito, as arvores balançavam no ritmo do vento que assoprava e espalhava folhas pela grama do parque, com um sorriso no rosto eu corria pelo longo campo de flores coloridas perto do canteiro.

Levantei a cabeça e vi meus pais sentados no chão sobre o lençol xadrez usado em piqueniques, corri até eles e me sentei ao lado pegando um dos bolinhos feitos pela minha mãe, fechei os olhos saboreando o gosto do chocolate misturado ao baunilha da massa, abri os olhos e notei que meu pai me encarava sorrindo.

— O que acha de tentar dar uma voltinha, agora? — ele limpou o canto da minha boca com um guardanapo e apontou para a nova bicicleta que ganhei de presente no aniversário de 9 anos encostada numa arvore.

— Não, eu tenho medo de cair, pai! — resmunguei negando com a cabeça, mas seu sorriso apenas aumentou quando se levantou e me ofereceu a mão.

— Eu sei pequena, mas estou aqui para te ensinar e não vou deixá-la cair, ok? — peguei sua mão e me levantei do chão ainda o encarando.

Ainda hesitante pousei o olhar em minha mãe que nos observava com um sorriso no rosto tentando me passar confiança em perder completamente o medo.

— Vamos apenas tentar, se não conseguir pedalar sozinha, nos paramos, certo? — concordei com a cabeça e me deixei ser levada por ele até a enorme bicicleta que tinha o dobro do meu tamanho.

Estava com medo, mas sempre quis aprender a andar de bicicleta sem as rodinhas para ostentar meu amadurecimento e aprendizado, odiava observar os filhos do vizinho pedalando pelas ruas com os amigos, também queria fazer parte do tal grupinho então insisti para que meus pais comprassem uma bicicleta para mim.

Mas não sabia que o medo poderia ser tão grande a ponto de encarar a bicicleta por alguns minutos, como se implorasse para que não me deixasse cair.

— Vamos lá filha, não tenha medo! — disse aproximando a bicicleta para perto de mim.

— Ela é muito grande, pai! — reclamei, mas meu pai apenas riu do meu desespero.

— Isso é impressão sua, meu bem, ela é do tamanho certo, isso é apenas o medo falando mais alto aí dentro — ela apontou para o meu coração.

— Promete que não vai me deixar cair? — pergunto antes de enfrentar o medo e me sentar sobre a bicicleta e apoiar meus pés nos pedalo.

— Eu prometo, filha, nunca vou te deixar cair! — beija minha testa antes de se posicionar atrás de mim.

— Pronta? — pergunta e concordo com a cabeça suspirando.

Meus pés começaram a sequência de pedaladas pela grama fazendo a bicicleta se mover os poucos, me sentia segura sabendo que meu pai estava me segurando e me empurrando de leve, seu toque me passava conforto, não esperei muito e aumentei a velocidade que os meus pés se movimentavam.

— Isso Julia! Continue assim, filha! — ele gritou e um sorriso se formou em meus lábios.

Aos poucos sentia o medo abandonando meu corpo e tentei ficar calma quando meu pai se afastava de mim me deixando controlar a bicicleta aos poucos, o coração bateu mais forte no peito quando o vento assoprava mais forte, fiquei insegura quando estava quase perdendo o equilíbrio em cima da bicicleta, então gritei alto pedindo para papai me segurar antes que eu caísse sobre alguns arbustos que se aproximava cada vez mais.

ME AMEOnde histórias criam vida. Descubra agora