Capítulo único

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– Por que você veio mesmo, Seboso? – Sirius perguntou cruzando os braços.

– Lily me convidou – Snape respondeu ceco.

– Ah – O Black cerrou os olhos.

– Ah.

– E porque aceitou?

– Sirius... – Remus alertou.

– Eu só estou perguntando, Moony – O moreno ergueu os braços em sinal de rendição – O calor do Brasil está fazendo seu cabelo pingar óleo igual pastel de feira.

– Sirius! – O Lupin alertou em uma voz brava.

– Ai, 'tá bom, parei – Sirius fez um biquinho – Cruzes, não precisa ser assim.

– Eu aceitei, porque o prêmio era para o casal e mais dois amigos. Lily me convidou e James convidou Remus, o que você está fazendo aqui? – Severus rebateu.

– Eu sou o cachorro da família, eles nunca me deixariam para trás. Mas podiam ter deixado a lagartixa ranhosa... AI, REMUS! – O drama do grifinório era comum, mas levar um tapa de Moony, por mais fraco que fosse, doeu em sua alma.

– Sossega, Sirius, estamos de férias, nada de brigar.

– Nada de brigar... Hãn. Eu não estou brigando com ninguém, Moony! – Ele se defendeu.

– Em português é Aluado.

– Hãn?

– Em português, Moony é Aluado – Sirius entreabriu os lábios surpreso com a informação.

– Espera, falam português no Brasil?

– O que você achou que eles falassem?

– Espanhol, eu até comprei um dicionário – Severus abriu um sorriso debochado, ele estava rindo por dentro ao se lembrar que o Black era burro de doer.

– O Brasil é o único país da América Latina que fala português – Sirius murmurou um "Ah" pela segunda vez.

– Como é o meu apelido em português?

– Não tem tradução certa... Poderia ser Patas, Patinhas ou Almofadinhas, ou ainda alguma outra palavra que eu não tenho certeza... – Remus deu de ombros.

– E Snivellus? – Antes que o Lupin pudesse responder, Snape acertou um soco em Sirius – AI!

– Tinha um mosquito da dengue no seu braço, desculpe – Severus disse abrindo um sorriso provocante para Sirius.

– Você acertou no rosto!

– Foi um erro de mira, não seja tão intolerante.

– Achei um taxi! – James anunciou se aproximando do grupo, Lily estava a uma certa distância conversando com o motorista.

– Nós estamos em cinco, não vai caber no carro – Snape apontou.

Cinco minutos depois um arranjo havia sido feito, o condutor não permitia cachorros no carro e o porta malas estava ocupado, então entraram em um acordo onde Lily se sentou no lado do passageiro (Já que era a única que falava um pouco melhor o português), James, Sirius e Remus correram para ocupar os assentos restantes e Severus Snape teve que ocupar um lugar sentado no colo de um de seus colegas de viagem.

– Eu odeio vocês – resmungou enquanto a Evans estava distraída com as músicas que tocavam no rádio.

– A gente também te odeia, ranhoso – Sirius disse enquanto o carro balançava, ter Severus sentado nele era, provavelmente, um de seus piores pesadelos se concretizando – Remmie, porque não me deixou sentar em você? Ou porque não sentou em mim?

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