Só Preciso Que Confies Em Mim

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- Eu não acredito! Sophie tu e o Matheo ? - riu Pansy ria e batia palmas ao mesmo tempo, eu olhava-la à espera que se calasse- Sophie e o Sociopata dava um bom livro, não achas…

- Pansy, ele não é nada do que dizem por ai- resmunguei chateada. 

Todos falavam que neste verão Matheo tinha torturado uma garota, porém eu não  acreditava, nada do que contavam fazia sentido. 

- Como é que tens assim tanta  certeza ?. desafiou Pansy, olhando-me com os olhos semicerrados e os braços cruzados. 

 - Porque ele é bondoso, só que ao o demonstra, nestas últimas noites que estive com ele, eu…

- Espera, foi mais que uma noite? Sophie isto já é muito- ela olhou-me incrédula- e, clama tu passaste depois lá a noite,- eu acenei que sim- diz-me que não gostas dele. 

- Claro que não! - respondi rapidamente, eu não considerava que gostava dele, sim a sua companhia era bastante agradável, ele era lindo, conseguimos ter longas conversas sobre tudo, principalmente sobre livros. Matheo também é bastante profundo e claro o seu beijo era único. A forma como ele me fazia sentir, como me tocava, tudo o que alguém podia querer. 

Mas eu não podia gostar dele. 

- Não senti o teu não convincente - ripostou Pansy - de qualquer das formas tu tens de te afastar  dele. olha o que ele fez aquela tal Jane… 

- Isso é tudo mentira- resmunguei levantando-me e dirigi-me para a porta - agora chega desta conversa e vamos para o jantar.

Pansy ficou estática a olhar para mim, arregalei os olhos evidenciando que estava à espera.

apesar de contrariada, eu e Pansy descemos as escadas até à sala comum e passámos pela Anna, que nos cumprimentou.. Pansy sussurrou para mim “ ela era amiga da moça, mas não diz nada sobre o assunto” eu fingi não ter ouvido , começava a ficar farta deste assunto. 

Ao fundo da sala ouço alguém a chamar o meu nome , olhei para trás , era o Draco que andou até mim e cumprimentou-me com um beijo na testa. 

Fiz um sinal para Pansy para ir descendo para que eu e Draco pudéssemos ficar sozinhos.

- Então como é que foram as férias? - perguntei sorrindo e olhando nos seu lindo olhos, aquele azul era pacifico e calmo. 

Draco parecia ter ficado triste, no seu rosto notava-se , levemente mercas por baixo dos seus olhos o que significava que ele tinha estado a chorar. 

Por um longo instante Draco refletiu na minha pergunta e depois respondeu simplesmente “ótimas”.

Eu não tive dúvidas, ele não estava bem. 

Peguei na sua mão e arrastei-o atrás de mim, levando-o até ao corredor onde pudéssemos falar mais à vontade. 

Draco estava de cabeça baixa, sem largar a sua mão eu pedi que ele olhasse para mim. Os seus olhos estavam cheios de lágrimas, Draco tentava não chorar. Eu sorri-lhe.

- Está tudo bem - murmurei calmamente, esperava que isso o reconfortasse, no entanto só piorou. Draco sussurrou que não estava. Perguntei-lhe o que se tinha passado, ele exitou, mas depois disse-me que não podia contar nada. 

Eu abracei-o fortemente, senti o seu coração a bater bastante depressa. Eu ouvia os seus soluços no meu ouvido baixinho, ficamos assim durante um tempo até que Draco se acalmou. tirou a sua cabeça do meu ombro, eu voltei a sorrir-lhe e ele respondeu também com um sorriso.

-  Melhor?

- Sim, melhor

Abracei-o mais uma vez, mas assim que o seu peito se encostou no meu, uma mão forte , que pegou  no Draco e empurrou nos afastando.

Caminho Errado - Matheo RiddleWhere stories live. Discover now