Quase Uma Semana-Matheo Riddle

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Passou-se quase uma semana desde da discussão com Sophie, nenhum de nós procurou o outro, Sophie até passou a tomar as refeições o mais afastada possível, andava sempre acompanhada com alguém parecia que fazia de propósito para que eu não a visse sozinha. Mesmo nas aulas deixou de se sentar perto de mim e voltou a sentar-se ao lado de Granger.

Deixei também de a procurar, sabia que ela voltaria, e neste momento eu precisava de espaço e ela também, mesmo necessitando deste espaço era impossível evitar sentir-me sozinho. Passo pelos corredores e vejo sempre os grupos, eu porém, estou sempre só, antes eu tinha o Malfoy que por muito irritante que fosse não me deixava sozinho. à noite é quando a solidão me assombra mais, falta me algo e por isso durmo pouco. Por vezes na sala comum sento-me com todos os rapazes, todos riem mas eu não o consigo fazer, sinto-me ridículo e acabo por me ir embora .

Por muito mal que me sinta não posso dar parte fraca, os dias continuam e hoje é mais um. 

Desço as escadas, não tenho fome então vou direto para o porão, a sala de poções. Vou ser o primeiro a chegar lá, mas não tem problema. 

Quando eu entro vejo que tinha razão, ninguém lá está, apenas Snape com o seu olhar carrancudo nos livros, ele nunca foi simpático  com ninguém, nem comigo mesmo sendo filho do seu senhor.

Sentei-me na mesa mais afastada e olhei à minha volta.

- Mostra muito empenho ao sentar-se cada vez mais atrás, Sr. Riddle- rosna sem sequer olhar para mim.

- Nunca teve queixa da minha destreza em poções - ripostei com a mesma agressividade com que me tinha falado antes. 

- Tem razão, alguém o ensinou bem demais - disse, desta vez olhando fixamente para mim. Concordei acenando a cabeça.

- Vai hoje à reunião ou ainda não desistiu da sua birra de criança mimada - Snape volta a atacar.

Respondi da forma mais rude que consegui.

- Tenho certeza que não lhe compete a si saber, saiba o seu lugar Severus.

Tenho a certeza que Snape naquele momento teria feito todo o gosto em fazer me engolir as minha palavras, mas ele sabia que era algo impossível. Snape sempre foi muito calculista e a mim ele não me engana. “ criança mimada” algo que eu tinha a certeza que não era. 

Para acabar com aquele clima o resto dos alunos começaram a chegar e com eles Sophie também entrou. 

Snape falava sobre a Amortina e os seus efeitos , não prestava grande atenção no que era dito. Normalmente tudo o que aprendiamos eu já tinha aprendido há bastante tempo. 

Snape antes da aula começar tinha falado sobre uma reunião, eu não tinha sido avisado sobre nada, o que era estranho sendo que Bellatrix sempre insistia que eu fosse. Algo seria falado que meu pai não queria que eu descobrisse, como tudo o que é proibido chama mais atenção,pela primeira vez em mês eu iria à reunião e nada me iria impedir.

A aula continuou, Severus pediu-nos que fizéssemos  uma poção de amor. Obedeci e realizei a poção, por vezes olhava pra sophie que estava demasiado atrapalhada, eu ria para mim próprio.

No final da aula apresentamos as nossas poções, metade da turma falhou. Como era de esperar eu fiquei nos poucos que conseguiram fazer algo.

Quando Snape elegeu a melhor poção, não foi a minha mas sim a de Draco.

- Agora peço que se aproximem um a um e digam qual o cheiro que recebem da poção. Lembrem-se que depende da pessoa.

Os alunos começaram a aproximar-se um a um, “ a mim cheira-me a pasta de dentes de mente…” falou Granger. Foi seguindo , passando por Parkinson, Malfoy, Zabini até chegar a Sophie, ela avançou devagar e receosa. Depois aproximou-se e refletiu durante um pouco:

- Cheira-me… Cheira-me a pudim e também a sangue - disse e em seguida afastou-se atrapalhada e olhou para Snape. 

- Deveras estranho - ripostou- Riddle é a tua vez 

Fixei os meus olhos nos de Snape, enviando a mensagem que não iria, mas ele continuou à espera, por isso avancei até ao caldeirão de metal e inspirei o fumo. Rapidamente cheirou- me a relva molhada da floresta e a pudim também. Voltei para trás, Snape esperava uma uma resposta e obteve-a:;

- Não me cheirou a nada, professor . 

Snape levantou o sobrolho e em seguida continuou a falar até nos dispensar da aula.

Reparei  em Sophie, a sua expressão confusa tinha mudado, mas antes que eu pudesse sequer avançar até ela, Sophie já tinha saído apressada pelo grande corredor . 

O dia foi continuando e com eles as aulas .

Quando chegou a hora habitual lá estava eu no portão da mansão Malfoy à espera de o maldito elfo me abrisse a porta. 

Assim que pude entrar direcionei-me rapidamente para o andar de cima onde se encontrava a grande sala.  Um dos elfos tentou me acompanhar, mas não me pareceu que precisasse, basicamente cresci aqui.

Caminho Errado - Matheo RiddleWhere stories live. Discover now