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LÍVIA

Acordei surpreendida por uma forte dor de cabeça. Quando abri os olhos minha visão estava um pouco confusa e embaçada, aos poucos fui conseguindo me centrar!

Depois de passar alguns minutos olhando pra o teto, finalmente acordei por completo.

Pra minha surpresa, ao virar pro lado vi Cauê... O que ele está fazendo dormindo sentado encostado na minha cama?

Eu não lembrava de nada relativo a ontem, fui observando ele e a ficha foi começando a cair, fui me lembrando aos poucos...

Eu fui drogada e Cauê me salvou, ele me ajudou e ainda cuidou de mim.... Fui interrompida dos meus pensamentos com o mesmo acordando!

Lívia: Bom dia!

Cauê: Caramba! Minhas costas! - Diz o mesmo se queixando de dor.

Lívia: Vem levanta! - Seguro no braço dele.

Ele se levantou e eu deitei ele na minha cama.

Cauê: O que está fazendo?

Lívia: Você precisa descansar, sua coluna deve tá um caco... Por que está falando caçando?

Cauê: Acho que estou resfriado, tenho asma e fico bem ruimzinho quando tô com gripe!

Lívia: Vá tomar um banho quente, vou fazer uma canja pra você.

Cauê: O que é canja?

Lívia: Vai fazer o que estou te mandando!

Cauê: Credo, sim senhora.  - Sorri.

Desci pra cozinha e preparei uma canja pra Cauê, enquanto ele tomava banho...

Assim que terminei, fiz um suco de laranja e coloquei sob a bandeija ao lado da canja e dos pães.

Subi as escadas e bati com o pé na porta do quarto!

Lívia: Da pra atender? Tô com as mãos ocupadas.

Ele simplesmente abriu a porta do quarto de toalha, quase solto a bandeija no chão, mas ele segurou ela pra mim.

Cauê: É o efeito da bebida.

Lívia: É, é sim...

Entrei e coloquei a bandeija encima da cama!

Lívia: Vou virar de costas pra você se vestir.

Cauê: Nem precisa se quiser, eu não ligo.

Não queria virar, mas virei pra não deixar tão na cara!

Assim que ele se vestiu, eu sentei na cama ao lado dele.

Lívia: Come tudo!

Esbarrei no braço dele sem querer e senti sua alta temperatura.

Lívia: Você tá queimando de febre!

Cauê: A, acho que é por isso que tô com um frio do caralho.

Coloquei o termômetro e ele estava com 39.5!

Lívia: Você tá com febre altíssima.

E assim começou a minha saga de cuidar de Cauê...

Ele passou o dia deitado na minha cama, me contando aventuras que já haviam acontecido na vida dele.

Era prazeroso ouvir ele falar das altas aventuras que até mesmo arriscaram a sua vida, numa normalidade abundante.

E depois de tanto tem que o conheci, nunca pude admirar tão bem o sorriso dele como agora.

Ele se encostou na cabeceira da minha cama e colocou uma de suas mãos pra cima e apoiou na cabeceira.

Seu corpo era tão chamativo.

Ele seguiu o diálogo contando da sua primeira vez pilotando uma moto...

Cauê: Liv...?

...

Cauê: Liv...?

Lívia: A.. Oi...

Cauê: Por que você tá babando?

Disse o mesmo sorrindo e desentendido.

Lívia: Ah... Eu... É que... Estou tomando um remédio, ele me faz alguns efeitos...

Cauê: Remédio de que?

Anda Lívia, pensa rápido...

Lívia: Cólica...

Cauê: A... Tomo alguns remédios que me dão efeitos cabulosos também!

Lívia: Pra o que?

Cauê: Ansiedade, síndrome do pânico, depressão e alguns transtornos mentais.

Lívia: Nossa...

Eu não sabia que ele sofria tanto, que tinha um enorme buraco no peito dele.

Uma semana depois...

Fazia 3 dias que Cauê havia voltado para o quarto dele.

Apesar de passar tantas coisas na minha cabeça, eu e ele nos respeitamos...

Desviando o foco um pouco, tenho tanto dever de casa pra fazer...

Sentei na cadeira da escrivania e comecei a escrever, eu amo estudar, amo pesquisar, amo procurar respostas.

Estava escrevendo uma redação quando escutei a porta tocar.

15:34 da tarde? Normalmente nesse horário aos sábados não tem ninguém além de mim em casa. Quem será?

CAUÊ

Era sábado a tarde, nesses horários normalmente eu saiu e faço trabalhos pra conseguir uma grana extra...

Minha mente tava uma conturbação enorme, eu não conseguia parar de pensar em Liv, no quanto eu a queria.

Mas também não parava de pensar no quanto ela estava me rejeitando...

No fundo, no fundo, sei que apenas não quer dar o braço a torcer, mas ainda gosta de mim, sei que me ama...

Fui interrompido dos meus pensamentos por Drika, ela havia esquecido a bolsa e me viu pensativo.

Drika: O que tá fazendo aí parado?

Cauê: Posso ser direto?

Drika: Pode.

Cauê: A Lívia está me rejeitando e eu não posso insistir em algo que ela não quer, mas tá me pertubando psicologicamente.

Drika: Ela te ama?

Cauê: Não sei... Tenho quase certeza que sim!

Drika: Só desista dela quando ela disser que não quer nada com você olhando no fundo dos seus olhos. - Diz Drika se retirando...

Ela tinha toda razão, parei e refleti por 30 minutos o que Drika havia me dito!

Eu precisava, precisava de Liv.

Subi as escadas e fui até o seu quarto e bati na porta.

Lívia: Oi, você em casa? Achei que estivesse sozinha. O que houve?

Cauê: Eu preciso de coragem.

Lívia: O que? Cauê, do que você tá falando?

Cauê: Liv, eu... - Não pensei duas vezes e puxei a mesma pra mim e lhe beijei intensamente, segurei em sua cintura e apertei delicadamente, fui seguindo o nosso beijo dando passos a frente e entrando para o seu quarto. Lacei o meu braço em volta da sua cintura enquanto fechava a porta do quarto.

Lívia: Cauê... O que você tá fazendo?

Cauê: Eu sei que você quer... Você retribuiu... Você deixa tão claro pra mim até na maneira que olha nos meus olhos... - deitei a mesma em sua cama e me inclinei por cima... - Fala a verdade Liv, você me ama, assim como eu te amo.

LÍVIA

Sabe? A vida é curta pra pensar no certo o tempo todo... E se o errado for Cauê Castro, eu escolho errar.

Lívia: Sim... eu te amo! - Puxei o mesmo pra mim e o beijei intensamente...

O Irmão Da Minha Melhor Amiga Kde žijí příběhy. Začni objevovat