Capítulo 29

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  Jimin

Quatro meses do nosso bebê, Jeon mal me deixa trabalhar e fica sempre grudadinho comigo.

Eu estava no refeitório esperando pelo bolo que eu pedi quando escutei gritarem meu nome, mas não era um grito qualquer.

-Jimin! - Meu marido como ele gosta que eu o chame apareceu em minhas vistas todo desesperado.

Ele olhava para os lados afoito.

-Ji!

-Bebê. - Chamei baixinho e ele correu em minha direção me abraçando com força.

-Meu amor não faz isso... -Seu coração batia 3 vezes mais rápido que o normal, seu cheiro mais forte demonstrando toda a sua preocupação e as mãos geladas e trêmulas.

Ele nos desvinculou e ficou segurando meus ombros.

-Está bem? -Assenti sorrindo pra ele. - Me deixou tão preocupado.

O alfa de quem todos dessa empresa temem começou a choramingar.

-Eu estou bem amor, só estava com desejo. - Ele me soltou ainda mais assustado.

-Desejo? Desejo de que? Quer que eu busque? Vamos comprar vem. - Tentou me puxar mas eu empaquei no lugar.

-Amor, eu já achei o que eu queria. -Sorri pra ele, meu marido se ajoelhou na minha frente e ficou dando beijinhos na minha barriga.

Essa que já dava pra notar um pequeno voluminho, levei a mão até seus cabelos e fiquei acariciando.

-Oi criaturinha. - Jun sorriu cutucando a barriga. - Que tal dar uma mexidinha pro seu papai Kookie em?

E o bebê mexeu, tem pouco mais de uma semana que começou a mexer e meu marido está todo bobo sempre que faz.

Não sabemos o sexo ainda.

Ainda hoje tem consulta e vamos torcer para que dê pra ver, nossa pequena bolinha está se escondendo e não deixa ver de jeito nenhum.

Não dá nem pra sentir cheiro, o que nos deixa mais tranquilos e que o bebê já mexe bastante, se não fossemos dois lúpus eu até diria que seria beta pela falta de cheiro.

[...]

-Park Jimin. - Meu alfa se levantou afobado me puxando pra levantar também.

-Vamos amor.

-Vamos bebê. - Andamos lado a lado até a sala e entramos no consultório gélido.

Estava tão frio que eu grudei em Jeon procurando calor, senti sua presença se expandindo me deixando bem calminho.

-Pode se deitar. - Não era o beta gentil que faz meu pré natal.

Esse é um alfa com a cara amarrada.

-Tira a blusa.

-Não. - Neguei assustado.

-E você quer que eu veja a criança como?

-Eu te mostro. - Meu alfa se aproximou de onde eu estava e ergueu minha blusa até certo ponto. - Se você não sabe eu vou te apresentar, isso aqui se chama barriga, lá dentro dela tem uma coisinha chamada útero e é nele que o bebê fica, então se você precisa "ver a criança" seu objetivo é a barriga dele e só.

O homem ficou meio sem graça e sorriu pro meu Jun.

-Vamos ver. - Ele jogou o gel frio na minha barriga e eu sorri apertando a mão forte.

Ele foi mostrando parte por parte e explicando como estava se desenvolvendo bem.

O coraçãozinho batia em um ritmo perfeito, nossa criaturinha estava muito saudável, agora chegou a hora de tentar ver o sexo.

O alfa foi descendo o aparelho e logo sua mão estava em contato com minha barriga também.

Como o senhorzinho também faz isso porque ele é mais dos métodos antigos eu não liguei muito.

Mas quando a mão dele desceu de uma vez indo em direção a minha cueca eu me assustei e pelo monitor deu pra ver o bebê se agitando.

Antes que ele chegasse a enfiar a mão alí meu Jun a agarrou com força, quando eu olhei pra ele seus olhos estavam extremamente vermelhos.

Suas presas estavam de fora e ele rosnava furiosamente.

-Qual é a porra do seu problema?

-Eu p-preciso verificar o oo baixo ventre do pa-paciente...

-Não, você não precisa verificar o baixo ventre do meu marido - Jun rosnou mais alto. - Então é assim que você faz? Se aproveita da situação para assediar ômegas?

-Senhor, não é nada disso-

-A próxima coisa a verificar seria o que? O membro dele? O ânus dele? A desculpa seguinte seria o que? Que precisaria tocar não é? Quando viria a hora de verificar com seu pau? Na próxima consulta?

-O senhor está me ofendendo!

-Te ofendendo? Você ainda tem a capacidade de me falar uma coisa dessas? - Jeon agarrou seu pescoço. - Eu sei que meu marido não foi o primeiro, - Sorriu sem humor. -Mas ele será o último, eu vou mover céus e terras para tirar sua licença.

-Senhor, por favor não faça isso, perdão!

-Perdão? Você não tem consciência não? Isso já é nojento, o assédio já é uma coisa porca, é tão sujo que me dá ânsia de vômito, mas assediar um gestante? Você tem noção de quão nojento você é?

-Senhor-- O homem começou a chorar, Jeon só ficava cada vez mais raivoso.

-Vidinha, eu já volto ta bom? - Assenti pra ele. - Fica calminho que eu já volto com alguém para olhar nosso bebezinho.

-Tá bom vida. - Mandei um beijinho e ele saiu fechando a porta.

Fiquei passando o dedo pelo gel e sorrindo por saber que logo ali embaixo tinha uma vida que estava sendo gerada por mim.

Logo meu amor apareceu com outra pessoa, outra alfa.

-Vamos ver o sexo do bebezinho então? -Sorri assentindo, ela segurou o aparelho e voltou a mexer. - Ja virão tudinho.

-Sim, só falta o sexo.

-É uma mocinha, uma ômega. - Só escutei o barulho alto, meu alfa tinha desmaiado.

-Jun! - Desci rápido indo até ele e acabei sorrindo. - Meu Deus Amor.

Fiquei ali alguns segundos até ele abrir os olhos.

-Vida.

-Oi amor. - Beijei seus lábios.

-Onde eu tô? - Voltei a sorrir.

-No consultório, viemos ver o sexo dodo bebê, lembra?

-Meu Deus, é ômega! - Ele choramingou mas sorriu largo. - Estamos ferrados bebê.

-Jun. - Abracei ele e o ajudei a levantar depois.

Só meu alfa mesmo pra me aprontar uma dessas, teremos uma ômegazinha.

Uma pequena criaturinha para protegermos e darmos muito amor.

Nossa filhotinha.

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