Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany

04

Ele me olhou completamente surpreendido.

— Não vejo outra solução a não ser essa. — suspiro pesadamente. — Eu sou inútil e não sei trabalhar, aquele meu dinheiro não vai durar para sempre, você... — lhe olhei e ri sem humor. — Você só sabe nos meter em problemas.

— Obrigado minha filha! — me abraçou.

— Estou fazendo isso por você e pela minha mãe! — ele me olha confuso. — Eu sei que o sonho dela era ver sua empresa crescer e eu me formar.

— Eu sei! — sorriu.

— Falando nisso, a Carmem veio falar comigo. Disse que o pagamento está atrasado a seis meses. Se eu não pagar estou fora da faculdade. — ele abre a boca em surpresa novamente.

— Não acredito! — exclamou. — Filha me desculpe por fazer você passar por isso. Não deveria nunca ter colocado essa mulher na nossa vida! — disse me puxando pelas mãos.

— Tá tudo bem pai, agora me diz para
quando é esse casamento?

— Vamos marcar um jantar para amanhã, ai veremos.

— Tanto faz. — resmunguei. — Quer que eu prepare alguma coisa para você comer?

— Você não sabe cozinhar. — riu — Mas não, obrigado. Vou para o escritório resolver tudo sobre o jantar.

— Eu sei cozinhar muito bem, você que nunca me deu a oportunidade de te provar isso, mas ok. Boa noite pai! — lhe dei um beijo e subi.

Pois é, eu vou me casar. E com um cara que eu nunca vi na vida. Estou me sentindo em um filme antigo de época.

Me joguei na cama após escovar os dentes e o sono não demorou a chegar.

No dia seguinte, acordei com a forte esperança de que tudo foi um pesadelo e desço correndo. Meu pai está sorrindo
alegremente.

— Bom dia minha filha! — sorriu.

Opa! Meu pai não fica assim desde que descobriu sobre a vagabundagem da Britanie.

— Bom dia pai!

Foi tudo um pesadelo não é?

— Já marquei o jantar com o Ron e será essa noite. — meu sorriso morreu e minhas esperanças também.

— Ah, tá. — digo com desdém e me sento na mesa.

— Pensei que estava feliz.

— E eu estava. Acordei com a esperança de que tudo não passou de um pesadelo, mas não deu certo.

— Filha não fique com essa cara, pense que você vai poder conhecer coisas novas. Seu noivo é milionário!

— Noivo não porque não oficializamos nada ainda. E outra, eu até algum tempo atrás era milionária.

— É. Você era.

— Mas com o tempo nós vamos recuperar tudo e eu vou voltar a ser solteira, certo?

— Sim, agora eu tenho que ir.

— Tá, tchau. — lhe dei um beijo e ele se foi.

Após um tomar um forte café, resolvi dar uma arrumada na casa já que não tinha mais a Maria para me ajudar.

Depois de terminar tudo fui diretamente para o sofá e fiquei assistindo tv, até que a campainha toca e eu vou atender dando de cara com Heyoon

— E ai, Melhorou? — perguntou após me dar um abraço.

— Um pouco.

— Por que amada? — sentou no sofá.

— Bom, eu... aceitei me casar. — ela me olha sem reação novamente. Essa cara dela já está me dando medo. Após um longo tempo sem dizer nada ela solta um grito:

— O QUE? Você enlouqueceu?

— Eu não achei outra solução Yoon! E logo isso acaba e está tudo certo. Meu pai marcou um jantar hoje a noite.

— Eu jurava que você iria fazer qualquer outra coisa menos aceitar essa proposta absurda.

— Eu sei e você não imagina o quão dificil foi aceitar isso, mas enquanto eu estiver ciente de que é só até eu e meu pai nos estabelecermos eu estou de boa. Ou tentando ficar. — suspirei.

— Tem realmente certeza disso?

— Tenho, afinal meu pai já marcou o jantar para hoje a noite.

— E você já escolheu alguma roupa?

— Não, para que?

— Como para que? Você vai conhecer seu futuro marido! — ela riu.

— E dai?

— Ai Jesus! — revira os olhos — Querendo ou não você já aceitou não é? Então vamos lá arrumar um look lindo e deixar seu futuro marido caidinho por você.

— Para que? Ele é só um garoto irresponsável que não está nem ligando para mim, o jeito que eu me vestir não vai mudar nada. — digo mal humorada.

— E você já o viu alguma vez para sair julgando assim? — perguntou cruzando os braços e mejogando aquele olhar acusador.

— Não.

— Então pare com esse pré julgamento! — me repreendeu.

— Tanto faz, é só um jantar. Vou ficar do meu jeito. A propósito, eu não vim ao mundo para agradar homem nenhum, se ele não gostar ele que bata o pé pro papaizinho e desista desse casamento. — declarei irritada.

— O que aconteceu com a Any minha amiga? — perguntou espantada.

— Tirou férias e só vai voltar depois que acabar a droga desse casamento.

— Você nem se casou!

— Eu sei que vai ser uma droga!

— Desisto, com essa nova Any não dá para dialogar. — bufou.

— Eu ainda te amo ok? Mas isso já está me tirando do sério mesmo sem começar.

— Fique calma e relaxa. — piscou.

— Tá. — dei de ombros voltando a prestar a atenção na TV.