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Sem ter escolha resolvi me arrumar.

Tomei um ótimo banho, arrumei meu
cabelo deixando ondinhas, fiz uma
boa maquiagem e vesti o lindo vestido.
Coloquei minhas sandálias de salto alto
na cor preta. Quando me olhei no espelho me vi diferente. O brilho nos meus olhos, a expressão leve. Tudo isso por causa de Josh Beauchamp, a coisa.

Como pude me deixar levar tanto? É como dizem, o amor e a paixão não batem na.porta e nem pedem licença para entrar. Eles simplesmente entram.

Olhei para o relógio e marcavam exatas
seis da tarde. Onde Josh se meteu?
Meu celular vibrou em cima do criado
mundo e corri até ele com o coração acelerado. A que ponto chegamos Any Gabrielly.

Olho no visor e é uma mensagem de Noah dizendo:

"Pode descer!"

Respirei fundo e inspirei tentando controlar o tremores dentro de mim. Qualquer passo em falso que eu desse com certeza eu iria ao chão, pois minhas pernas pareciam gelatinas.

Coloqueio celular em uma bolsinha de
mão e sai do quarto entrando no elevador. Assim que as portas se abrem, Josh está lá parado me esperando, e meu queixo quase vai ao chão. Ele está super bem vestido. Com um terno maravilhoso, bem aperfeiçoado ao seu corpo. E seu cheiro.. caramba! Aposto que é um perfume Francês!

Tu es prête, ma chére? — pergunta em francês enquanto me estende a mão. O que ele andou bebendo?

— Que? — eu realmente não era boa em francês. Ele revirou os olhos.

— Você sempre arranja um modo de
estragar o romance. Vou fingir que nada aconteceu. — sorriu e enlaçou meu braço no seu. — Você está linda!

— Obrigada, mas o que significa isso tudo, exatamente? — parei de andar e o encarei.

— Eu disse que queria te convencer!

— Mas sabe que não vai adiantar.

— Isso é o que vamos ver! — piscou para mim.

— Como se arrumou se não ficou no
quarto?

— Tive uma grande ajuda! — acenou para um senhor a nossa frente.

— Quem é esse?

— Pierre. Ele me ajudou com algumas coisas, agora chega de papo e vamos logo! — saímos do hotel e entramos em um carro preto e luxuoso. Eu queria perguntar e perguntar mas ele não deixou.

Logo paramos e descemos do carro.

Quando olho a minha frente e minha boca se abre em total surpresa.

— O que... mas... me explica!

— Vamos jantar. — ele respondeu calmo.

— Na Torre Eiffel?

— Sim!

— Mas como?

— Fiz reservas, vamos! — me puxou.

Passamos pela fila de pessoas ali e
entramos no elevador subindo até o
primeiro andar. Ao chegar, vi que era um restaurante bonito e aconchegante. Josh falou como garçom que nos levou até nossa mesa. Ao sentar, olhei para janela e fiquei encantada, a vista era incrível!

— Uau! — não evitei exclamar.

— Lindo né?

— Completamente! — o garçom nos entrega o cardápio. — O que significa tudo isso?

— Bom, é nossa última noite aqui. E queria que fosse especial! — o encarei. Não faz isso, por favor! — E também porque eu quero te convencer a ficar! — sorriu. — Seja sincera, já pensou em vir jantar aqui todos os dias?

— Está difícil para você tirar essa ideia da sua cabeça, né?

— Muito! Agora vamos pedir. — fez sinal para que o garçom se aproximasse.

Fizemos nosso pedido e começamos a
beber um delicioso vinho francês.

— Não acha isso tudo muito.

— Estranho?

— Eu iria dizer louco, mas estranho também serve. — ele riu novamente.

— Não sei, são três semanas e tudo mudou completamente!

— É.. confesso, isso é louco!

— A duas semanas atrás nós estávamos
quase nos matando! E agora, estamos bem. Você me chamava de feia e agora de linda! Que evolução!

— Eu nunca te chamei de feia!

— Na cara não, mas já deu a entender!

— Desde o começo eu te achei boa! — me engasguei com o vinho e o encarei.

— O que?

— Eu quis dizer, bonita. — consertou.

— Ridículo! — ele riu novamente. — Essas últimas semanas tanta coisa aconteceu comigo! — digo encarando o lado de fora.

— Por exemplo?

— Dei um tempo na faculdade, estou
casada, conheci Paris, ganhei uma inimiga, me a... —  me interrompi.

Que droga eu ia dizer?

— Me a...?

— M-me alcoolizei loucamente! — corrigi rindo de nervoso. Droga de língua!

— E coloca loucamente nisso!

— Com certeza! — tomei um pouco do meu vinho. — Sabe, até hoje não me lembro do que realmente houve naquela noite.

— Que bom. — franzi o cenho e ele me
olhou. — Digo, é bom pois assim não
precisamos relembrar coisas desastrosas. — sorriu.

— Você se lembra de algo?

— Eu? Não! — desviou o olhar.

— Então como tem certeza de que foi
desastroso? — perguntei cerrando os olhos em desconfiança.

— As vezes aparece alguns flashes, mas
pouca coisa. Nunca consigo entender
nada. Você quer mais vinho? — mudou de assunto.

— Só quero saber uma coisa.

— O que? — diz enchendo novamente minha taça.

— Não que eu esteja achando ruim mas, por que está fazendo tudo isso? Me levando para sair, um jantar tão... perfeito! Isso tudo não é só para me convencer a morar aqui. Por que últimamente você tem sido tão gentil comigo? — ele me encara.

— Porque não tem lógica eu ser um imbecil com você! Sei lá, você é diferente. Eu não consigo ser um canalha com você, nem que eu tente. Te juro que tentei, mas que eu tente. Te juro que tentei, mas parece que tem um ímã da coisa certa que me puxa para fazer o correto. Essa é a verdade! — concluiu me olhando nos olhos.

Eu acho que meu coração parou. Eu não.consigo falar, nem resirar direito. Por que tudo parece tão surreal?

— Uau! — foi a única coisa que eu consegui dizer antes de virar mais um gole do vinho.

A comida não demorou chegar e e
começamos a comer.

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Where stories live. Discover now