Any Gabrielly, uma garota do Texas, que parecia ser normal e tinha vários amigos. Mas ela queria colocar um plano em prática.
Se vingar de todas as pessoas que já magoaram a cacheada várias vezes.
Uma vingança, milhares de discussões, traições e esc...
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EU ESTAVA COM medo de morrer a qualquer minuto. Talvez eu devesse gritar bem alto e tentar quebrar a porta. Mas sabe, eu não tenho muita força para fazer isso.
Quando eu descobri que minha ex-melhor amiga causou tudo isso, eu meio que me senti culpada. Eu terminei a amizade com ela horas antes disso tudo acontecer. Será que realmente tinha sido culpa minha?
Me viro quando ouço a porta ser aberta. Olho para a Any, ela também olhou para mim.
—— Sente-se na cadeira. Precisamos conversar. —— disse.
Acho que eu não tinha muita escolha a não ser obedecer ela. Me sento a sua frente.
—— Vamos começar com uma bebida, certo? —— colocou algum tipo de bebida em dois copos.
Bebida alcoólica. Eu tinha certeza. Eu sentia o cheiro.
—— Beba. Um brinde.
—— Um brinde?
—— À nossa amizade.
Que amizade? Esqueceu que não somos mais amigas?
Assenti e fizemos um pequeno brinde. Bebo a bebida rapidamente sem dar muita importância para o que era.
—— Agora... vamos ao assunto. —— cruzou os braços —— Por que terminou a amizade comigo?
—— Sina me ameaçou.
—— E a Sina é sua dona para você obedecer ela que nem um cachorrinho abandonado?
—— Claro que não! —— exclamo —— Mas ela disse que se eu não terminasse nossa amizade, a Sina iria contar a todos que eu causei o sumiço da Sofya!
—— Seria bom ver uma briga acontecer por causa disso. —— riu.
Não. Não seria bom, Any Gabrielly.
—— Mas enfim, está tudo descoberto. E sinceramente, eu tirei um peso das minhas costas.
—— Bom para você.
Sorriu ironicamente.
—— Sabe... eu te perdoo.
—— Pelo o quê? —— perguntei confusa.
Se for o que eu estou pensando, ela estava louca. Por que eu iria precisar do perdão dela?
—— Eu lhe perdoo por ter terminado nossa amizade mais idiota de todas.
—— Idiota? A única idiota aqui é você, porra. Olha tudo que causou.
Ela não estava ligando. Para Any, tanto faz. E sabe por que? Porque ela não iria morrer. Era como se ela fosse imortal, entende?
—— Você foi ameaçada, eu entendo. Eu ameaço todo mundo.
—— É claro que ameaça.
Sinto uma enorme dor no peito. Que porra é essa?
—— O que havia nessa bebida? —— me levanto com cuidado, mas acabo caindo no chão.
O que estava acontecendo?
—— Você já deve saber o que tinha na bebida.
—— C-claro que não. O que v-você fez, sua louca?
—— Ah, não se faça de tonta.
Sem dúvidas, tinha algo na bebida. Algo que poderia fazer eu morrer. Veneno, talvez?
Não... ela não teria essa coragem.
Eu conheço a Any. Ela não conseguia fazer isso nem que a pagassem.
Sinto meus olhos fecharam lentamente. Eu acho que eu desmaiei.
Não. Eu sabia que eu não havia desmaiado.
E sabem o motivo? Querem saber o motivo de eu saber disso?
É porque eu morri.
Any conseguiu o que queria. Se ela queria me matar, meus parabéns! Ela conseguiu, sem ao menos se mexer.
Eu não sei de onde veio toda essa coragem. Mas era incrível... não que eu tenha gostado do que ela fez, mas era incrível em como ela pensou em tudo direitinho.
