mistério dos lobos.

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Esse capítulo tava no forno desde setembro do ano passadokkkkkk foi mal a demora tamo junto ai 😎✌

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Eu não acredito que já vai fazer cinco anos mês que vem. Eu esperava que esse aperto no peito diminuísse, mas ele continua lá, firme e forte apesar do passar do tempo. O setor de Medicina falou que não tenho nenhum problema alarmante no coração, o que é muito irônico pela quantidade de merda que eu coloquei no meu corpo desde aquele dia. Nada que um DroZero não resolva os sintomas, mas não acho que encher o corpo com droga experimental é uma opção melhor também.

Solto a fumaça lentamente e observo as nuvens acinzentadas levando o resto da minha saúde para longe. O gosto deixado para trás acabou se tornando algo calmante depois de tantos usos, apesar dos protestos e cara de nojo do Batedor Carmesim todas as vezes que ele me pega usando minha válvula de escape.

"Se ele te visse agora, estaria decepcionado."

Eu sei.

Vivos ou mortos, tenho o costume de decepcionar a todos. Acho que faz parte do meu charme. Dou outra tragada e vejo a minha loirinha favorita surgindo de um beco sem saída na rua atrás do hospital. Como ela faz isso, eu não faço ideia. Já desisti de tentar descobrir os truques daquela pirralha há muito tempo.

Uma jovem adulta, com traços asiáticos e um sorriso arrogante que se eu fosse a mesma de outra época, eu quebraria no soco. Ela se aproxima até que rápido, não tão veloz para chamar a atenção e nem tão lento quanto caminhou nos nossos encontros anteriores. Ela está ansiosa para algo que está nesse hospital, e eu imagino o que seja.

Por estar vindo de um lugar distante, eu consigo continuar analisando a pequena figura. Seu cabelo loiro é tão claro que parece que é branco, e está quase batendo nos seus ombros. Seus passos são silenciosos e calculados, e caminha com classe e orgulho apesar da pressa. Sua roupa destaca esses atributos, mostrando um estilo moderno. Sua camisa de gola alta branca brilhava tanto no sol de quase meio-dia que parecia que a blusa nunca tinha se sujado na vida. O sobretudo preto que usa por cima, além de combinar com as outras peças de roupas, ainda deu um destaque maior para si.

A asiática sabia se misturar, mas de certa forma também se destacava.

– Ei, abuela. – Ela finalmente me alcança, e me mostra um sorriso orgulhoso.

– Estou vendo que seus modos não mudaram desde a última vez, senhorita Kimiko. – jogo o resto do cigarro no chão e apago pisando em cima.

– Meus modos te incomodam, hermana?

– Não tanto quanto essa sua pronúncia horrível.

Ambos nós olhamos sérias até a menor soltar uma risadinha. Rio também e me encosto na parede. Daqui dava para ver as costas do hospital, que não ficava a mais de dez metros de distância de onde estávamos. Percebo a loira oxigenada observando o local também.

O BatedorWhere stories live. Discover now