Naquela noite eu mal havia conseguido dormir, era como se a minha própria cama rivesse um peso insuportável demais que sugava todas as minhas forças vitais, eu praticamente havia perdido tudo naquela noite como pedaços finos de papel pegando fogo rapidamente e tornando cinzas em segundos
- Ei... - escutei Akane me chamando calmamente, meu rosto estava afundado na carteira para tentar esconder toda a minha dor mas isso era praticamente visível no meu rosto tornando tudo pior - Você 'tá péssima... - ela completou me fazendo soltar uma fungada
- Jura? nem notei isso... - resmunguei coçando meus olhos que já tinham olheiras visíveis ao redor deles alem da minha total desatenção em procurar meu uniforme me enfiando no moletom que Akashi havia me dado de aniversário - Eu estraguei tudo Akane, perdi o meu melhor amigo e o garoto que amei numa noite porque eu sou uma covarde! - rosnei mais comigo mesma me afundando em minha carteira novamente a vendo se sentar ao meu lado
- Eu sei amiga, eu queria tanto que isso não acontecesse mas infelizmente aconteceu... - Akane não pensou duas vezes em oferecer seu ombro pra que eu pudesse desabar novamente - Bokuto ligou pro akashi ontem tarde da noite, eles viraram a noite conversando... Ele 'tava péssimo também... - Akane murmurou enquanto sua mão faziam um breve carinho em minha cabeça - Chorou muito, disse que tinha estragado tudo e que sentia que seu coração foi arrancado por um monstro da forma mais grotesca possivel, dava pra sentir que era uma dor quase que fisica de tanto que ele lamentava...
- Eu sou esse monstro Akane, eu destruí tudo o que eu mais amava.... - solucei em seu ombro novamente sendo bem acolhida em seus braços, na qual eu precisava naquele momento
Talvez por alguma obra do destino de nos poupar de sentirmos mais dor dentro de nós e quase não via Akashi durante as aulas e os treinos, quando o via, era sempre de bom longe conversando com bokuto, tambem com uma expressão de dor em seu rosto, vestindo o moletom que eu havia lhe dado em seu aniversário, de alguma forma nós ainda estávamos abraçando o cacto de nossas memorias, mesmo nos machucando demais não queríamos largar os únicos momentos que éramos felizes juntos
- Filha... - escutei minha mãe bater na porta de meu quarto, me fazendo abaixar o volume da minha caixa de som - Posso entrar?...
- Claro... - digo sem muita força voltando a me encolher na cama a vendo entrar com uma bandeja que continua um sanduíche e um copo de suco e uma careta de preocupação em seu rosto
- Você não comeu nada o dia todo e nem saiu com a Akane como sempre faz... Fiquei preocupada desde ontem quando você chegou um pouco transtornada... - ela se sentou na ponta da cama apos deixar a bandeja na minha escrivaninha - Conta pra mim o que aconteceu...
- Eu destruí tudo mãe! - admiti sentindo as lagrimas invadirem meu travesseiro novamente - Me diga porque eu tive que acabar com isso dessa forma? Ele era tudo pra mim mãe, mas eu fui covarde demais pra dizer que o amava! - solucei alto correndo para o colo de minha mãe soltando todo o resto que eu estava guardando - Eu não o mereço mãe, nem seu perdão, nem sua amizade, seu amor, nem nada! Nada!
- Calma meu bem... Respira e coloca tudo isso pra fora... tudo o que tava sentindo sozinha desde então... - minha mãe continuou com seu tom gentil e segurando meu corpo como se eu ainda tivesse seis anos e acabasse de ralar o joelho na rua - Eu sei minha estrelinha, amar dói as vezes, eu entendo isso mais do que ninguém... - ela suspirou beijando minha testa - E eu também sei que você não faz aquilo porque quis, foi a sua insegurança cegando seus olhos e te fazendo agir por impulso... - ela secou meu rosto com seus dedões me fazendo soluçar baixo
- Eu sei, mas e agora mãe?... Parece que eu criei toda nossa história num castelo de areia que foi levado pela primeira onda forte que apareceu no mar... - comentei um pouco confusa com tudo - Ele não quer me ver de forma alguma, quando a gente ta perto um do outro, sei lá... parece que somos dois estranhos debaixo do mesmo teto, é insuportável isso. - confessei a vendo analisar a situação e voltei a contar tudo o que tinha acontecido desde o momento que Akane enviou aquela maldita carta e eu passei a inventar toda essa mentira que custou o que eu mais amava
- É uma situação delicada que não depende só de você querida... - minha mãe comentou calmamente enquanto deitava meu rosto em seu colo - Ambos estão magoados e desconfiados, isso acontece quando a gente descobre algo que o outro escondia... É normal sentir raiva, porque você se sente traído por assim dizer. - ela gesticulou com os braços me fazendo assentir entendendo aquilo - Akashi está magoado querida, ele gosta de você como nunca antes e você mentiu por medo de que ele não gostasse de quem voce é. Mas ele também te magoa com a sua indiferença e mal te encarando no olho, vocês dois estão machucados e agora só o tempo pode concertar isso.
- Como assim?... - digo baixo enquanto me sentava a sua frente enquanto observava suas expressões pensativas e firmes
- Deixa as coisas se acalmarem ta bem? Ambos estão com os nervos a flor da pele e tentar concertar as coisas assim não vai adiantar em nada confie em mim. - minha mãe comentou tirando alguns fios de cabelo de meu rosto e deixando um breve carinho em minha bochecha - Você é tão especial [nome], queria muito que voce pudesse enxergar o que eu vejo, e eu sei que Akashi tambem conseguiu ver o brilho que você tem, por isso se apaixonou por você.
- Acha que ele vai me perdoar em algum momento mãe? - comentei um pouco receosa a vendo sorrir de forma acolhedora pra mim
- Se ele realmente a ama ele vai entender isso e vai te perdoar, de o tempo ao tempo ok? - ela murmurou pegando a bandeja de volta - Agora come um pouco, não quero ver minha filhota doente.
Consegui sorrir um pouco, minha mãe era uma rocha da qual eu podia me apoiar e me inspirar a ser uma assim como ela um dia
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|autora se encontra em luto por um personagem de anime, mais um pra listinha de stan de morto sksdk eu vou morrer
