Deku or Izuku?

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Meu nome é Izuku Midoriya, eu tenho dezoito anos e sou stripper, garoto de programa, dançarino, garçom e barista de vez em quando. Trabalho no bordel Heroes Fire a um ano, e desde que Denki me levou para um dia de trabalho, eu percebi que aquilo futuramente se tornaria meu porto seguro.

Izuku Midoriya não é Deku, não chega nem perto de ser. Deku é ousado, gracioso, malicioso e confiante; enquanto Izuku é o contrário.

Desde que subi um trabalho no bordel - saindo de garçom para prostituto -, notei depois de algumas relações carnais que eu poderia ser um tanto diferente.

Enquanto outros poderiam pedir a delicadeza de um rio, eu implorava pelo agressivo do fogo.

Deku não era Midoriya, isso seria impossível. Como as pessoas poderiam chegar no amável esverdeado e notar seu masoquismo?
E é essa diferença, que salva meu trabalho. Os dois são tão distintos, que ninguém nunca cogitaria a opção.

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[A caminho de Heroes Fire]

Izuku Midoriya-

Quando começo a avistar a fila de pessoas no bordel, assim como todas elas, eu coloco minha máscara.

Nesse momento, enquanto eu usar aquela máscara preta de couro, Izuku não existe, e eu sou Deku.

Desfilo até chegar na entrada principal, com homens e mulheres sorrindo, falando e até mesmo gritando para mim. Era incrível que em tão pouco tempo eu virasse uma quase celebridade, ser escolhido por mim era quase como ter seu maior sonho realizado.

Entrei com minha mochila enorme em mãos, passando e recebendo olhares. Nunca tirando o sorriso de lado do rosto, aceno para o barista e avisto alguém que chama minha atenção. Eu paro de andar para encarar as costas da cabeça de um homem, onde seus cabelos loiros espetados tampavam minha visão de espiar qualquer coisa, andei até a porta sem tirar os olhos daquele loiro desviando apenas quando fechei a porta atrás de mim.

-Boa noite - sorri para todos, que me receberam calorosamente com sorrisos.

-Não é porque você é gostoso que pode chegar tarde - Bolt me deu um soco forte no braço, e eu ri - Chegue no horário se ainda quiser dar pra alguém.

Encarei sua expressão séria, mas quando eu explodi em risadas, ele fez o mesmo.

-Troque de roupa, prostituto.

-Vai dar pro chefe, seu oferecido! - ele me mostrou a língua, e eu coloquei minha mochila no chão.

Comecei a tirar a roupa, trocando pelo meu "uniforme" de trabalho.

Já fazia mais ou menos uma semana que eu não ia trabalhar, nada parecia interessante, ninguém me chamava atenção e eu ficava mais entregando bebidas por não ter nenhum interesse. Nenhum homem ou mulher conseguia me satisfazer, não como antes, nos primeiros dias.

Estava agora vestido, e por mais que eu tenha dezoito, meu corpo deu uma esticada, deixando o collant fino por ser tão utilizado e puxado.

Quando eu conseguia escolher o homem certo, eles não tinham dó com as roupas, me tirando uma grana preta para comprar outra.

-Bolt - estávamos ambos vestidos, olhando um para o outro - Tem um loiro na mesa quarenta e sete...

Garotos ImpurosWhere stories live. Discover now