Capítulo 50

650 51 49
                                    

- Any Gabrielly -

Acordei cedo. Noah dormia como um anjo ao meu lado, parecia está cansado e suas olheiras não escondem isso.
Beijei seus cabelos e sorri, me afastei com cuidado, e fui fazer minhas higienes.

Coloquei a água do café para ferver e peguei meu celular, olhando algumas fotos.

- sinto tanta falta sua, minha mexicana - sussurrei para minha foto favorita com Sabina, não me contive e liguei para seu celular, mesmo sabendo que seria em vão.

- hey, aqui é a Saby. Espero que seja algo importante, porque odeio ligações, e provavelmente eu não ligarei de volta - ouvi seu recado e ri em meio as lágrimas.

- hey larina - falei com a voz embargada - eu queria que estivesse aqui, comigo e com os outros - respirei fundo.

- estava lembrando de nós, eu nunca vou me acostumar com sua ausência, sinto falta de seu bom humor, e de ver você discutindo por causa de futebol, ou falando o quanto ama comer tacos - ri fraquinho e desliguei o celular.

O dia se passou tranquilo e na semana seguinte eu já estava de volta para o trabalho.

- GABY - Nour e Mel  me abraçaram, assim que me viram.

- porra, morremos de saudades de você - disse Mel e sorri.

- tô de volta, amadas - falei animada.

Fomos para sala de Nour, começamos a conversar. E eu pensava em como dizer sobre minhas especulações sobre Sabina. Sem parecer desequilibrada.

- Gaby, você quer falar alguma coisa? Tá distante - disse Nour.

- eu acho que a Saby tá viva - mandei na lata.

- oi? - disse Mel incrédula.

- olha pode parecer loucura, mas acredito que ninguém investigou as possibilidades dela ter escapado daquele incêndio - falei rápido.

- realmente, não investigamos, porque a casa cedeu com ela lá dentro, o fogo se alastrou e os bombeiros demoraram a chegar - explicou Nour calmamente.

- eu sei que pode parecer loucura, mas vamos tentar por favor, só para eu ter certeza, que não há nenhuma possibilidade. Mas, que eu pelo menos te tentei - falei sem ao menos respirar.

- podemos tentar, mas se não conseguir, vamos dar como caso encerrado, ficar mexendo nisso, só vai machucar mais e não queremos criar falsas esperanças - disse Mel e assenti freneticamente.

(....)

Já havia umas semanas que eu investigava sobre o incêndio, mas eu não havia achado nada e estava sinceramente desanimada. Porém não queria dar por vencida.

Era minha folga, Noah estava no ensaio da banda. Ouvi batidas na porta e imaginei que seria Sina, nós tínhamos marcado com Sav para falarmos sobre os preparativos de nossos casamentos.

- já vai - levantei preguiçosamente do sofá e fui abrir a porta.

- Bailey? - indaguei surpresa.

- oi, posso entrar? - ele perguntou dando um sorriso sem graça.

- ah, claro - respondi dando espaço para ele.

- desculpa por tudo - falou, assim que sentamos no sofá.

- tá tudo bem. Eu te entendo, no seu lugar também ficaria chateado - falei simples - na verdade me sinto até um pouco culpada pelo que aconteceu - ri sem humor.

- não Any, é sério, você não tem culpa. Sei que você também ficou arrasada, eu não podia descontar toda minha frustração em você - falou colocando a mão no meu ombro.

- você me perdoa? - indagou.

- senti sua falta, idiota - sorri e o abracei.

- eu também senti a sua, tampinha - riu bagunçando meu cabelo. E nos afastamos.

- bom... A Joalin, me disse que você tá investigando sobre o acidente - falou e assenti.

- é, mas, eu não estou tendo muitos resultados - bufei cansada.

- Any, esquece isso - pediu - sei que não consegue aceitar a partida dela, eu também não, mas.... Precisamos seguir em frente, superar isso - falou.

- não dá pra superar o insuperável - falei.

- continua teimosa - sorriu triste.

- é o meu dom - pisquei pra ele,  que revirou os olhos.

- Sabina Hildago -

Vejo um homem alto, moreno e forte. Ele me chama, deixando as lágrimas molharem seu rosto, e repete incessante:

Volte para mim
Volte para mim
Volte para mim

Tento correr em sua direção, mas, quanto mais me aproximo, mais longe ele parece estar. Não consigo ver seu rosto com clareza, mas sinto que o conheço.

Continuo a correr, mas não consigo o alcançar, um buraco se abre e caio dentro dele.

- o que foi isso? - levanto num pulo, passando a mão pelos cabelos.

- ó um pesadelo, apenas isso - murmuro para mim mesma.

Saio do quarto e vou para cozinha, encontrando Wendy e Lindsey que preparavam o jantar.

- está melhor, querida? - indaga a mais velha.

- sim - respondo. E começo a ajudá-las.

Há alguns meses estou morando aqui. Só me lembro do dia que acordei no hospital, não me lembro do que aconteceu antes. O médico falou que desenvolvi perca de memória pós stress. E que eu estava grávida e por pouco não perdi o bebê.

- Saby? - Lindsey me chama - está bem? - indagou preocupada.

- sim. É que continuo tendo sonhos estranhos - bufo.

- eu sinto muito, queria muito te ajudar, mas tudo que sei, já lhe contei - falou Wendy.

- eu só queria lembrar do que aconteceu tudo que eu tenho é flashbacks de memória, só que muito falhos - falei.

- você irá lembrar, tenho certeza - disse Lindsey de forma positiva.

- Nota da autora: A SABY ESTÁ VIVA, AMARAM?

A margarida apareceu para atualizar a fic✨










Querida irmã|| NoanyWhere stories live. Discover now