𝐈𝐈

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Revisado Por rtc017

Revisado Por rtc017

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Peter

    Eu nunca acreditei nisso de destino. Quer dizer, se alguém roubar o seu carro, você vai pensar "Ah, foi o destino" e não ficar nenhum pouco puto com isso? Pois é, nós sabemos que a resposta é não. Mas agora acho que estou começando a acreditar.

    Quando conheci Mary (a Mary que eu achei que não era a minha ex),eu confesso que fiquei interessado nela. Talvez, pela primeira vez na vida, eu tenha me interessado por uma garota sem levar a aparência dela em consideração; afinal, nenhum dos dois mandou foto. Acho que o toque de mistério deixou as coisas ainda melhores. Mas vejo agora que foi um erro. Essa Mary que está me encarando agora como se estivesse planejando a melhor forma de me esquartejar não tem nada a ver com a Mary engraçada e de espírito aventureiro que conversou comigo nas últimas semanas.

    Eu me preparo enquanto Mary Ann caminha em minha direção e posso jurar que há fumaça saindo pelos seus ouvidos.

— Você planejou tudo isso, não foi? — pergunta, e eu não preciso ressaltar que ela está irritada. Muito irritada.

— Eu estou tão surpreso quanto você. — Ergo as mãos em rendição, mas é claro que ela não acredita em mim. E por que acreditaria? Não é atoa que ela me acha um canalha.

— Mentiroso! O que você achou que ia acontecer, hein? Acha que pode me largar em um quarto de hotel e voltar um ano depois e fingir que nada aconteceu? — Ela toma respirações rápidas e, mesmo eu não querendo admitir, me preocupa um pouco, já que uma vez eu fiz ela ter uma leve crise de raiva depois que confundi seu nome com de uma outra ex-namorada, e ela passou mal.

— Eu já me desculpei sobre o lance do hotel…

— Lance…

— … E eu estou odiando esse reencontro tanto quanto você.
  
    A loira semicerra os olhos.

— Não acredito em você, mas quer saber? Dane-se, você não merece o meu tempo. — Mary Ann me dá as costas, fazendo com que seu cabelo bata em meu rosto, e vai embora do pub.

    Frustrado, vou até o balcão e tomo um banco, pedindo uma cerveja ao barman.

    Tiro meu celular do bolso e busco o contato do meu melhor amigo, Brandon.

Se você está me ligando, algo deu errado — diz em vez de um "boa noite".

— Por que sua respiração está ofegante? Liguei em um momento ruim? — Tomo um gole da cerveja enquanto ouço sua respiração falhar de uma forma muito suspeita.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐐𝐮𝐞 𝐀 𝐋𝐮𝐚 𝐕𝐚́ 𝐄𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚Where stories live. Discover now