ᴇ ᴘ ɪ́ ʟ ᴏ ɢ ᴏ

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Revisado Por rtc017

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Mary

Quatro Anos Depois

    O avião pousa em Nova York às 19h45, o que significa que estou quarenta e cinco minutos atrasada. Mas a culpa não é minha, cheguei de Milão ontem, depois do desfile para o qual fui convidada. A parte mais engraçada foi eu ter encontrado a minha antiga chefe, Alicia, que ainda parecia guardar rancor depois que eu me demiti e mandei o seu vestido com um recado gravado com spray. Ela não pareceu ter gostado das palavras "Vai se foder, vadia".

    Eu estou atualmente de férias, depois de organizar a coleção da temporada, que será exibida daqui a duas semanas no festival de verão.

— Ele já começou? — pergunto a uma assistente de palco que me encontra nos fundos do local onde está acontecendo o show.

— Sim, senhorita. — A mulher me entrega um crachá e me leva até os bastidores do palco. No centro deste, Peter está cantando.

    Sua carreira simplesmente decolou depois do seu primeiro CD e, desde então, Peter é conhecido mundialmente por suas músicas e seu carisma. Muitas das suas composições são trilha sonora de filmes e séries, e ele está sempre em algum programa de TV dando entrevistas. Sem contar os shows por todo o mundo.

    Assisto com a mesma emoção de sempre enquanto ele canta. Não é sempre que eu o acompanho, mas faço o possível, e Peter também me acompanha aos desfiles. Mesmo que tenha um show em poucas horas, ele sempre está comigo. Esteve lá quando eu recebi a proposta de trabalho para uma grande marca, e quando eu tive coragem de pular de Bungee Jumping na Austrália quando ele foi lá para surfar.

    Nossos olhos se encontram quando ele termina a música, e aquele sorriso lindo que é reservado apenas para mim toma seus lábios.

— Ok, vamos fazer uma pausa, eu preciso falar algo — diz. — Mary, meu amor, você poderia vir até aqui?

    Não é a primeira vez que ele me chama ao palco, então eu vou, um pouco tímida. Peter, por outro lado, não tem timidez alguma, e me beija sem piedade alguma, na frente de centenas de pessoas.

— Agora que ela chegou — Peter diz no microfone, para as pessoas nos assistindo lá embaixo —, eu posso compartilhar com vocês algumas coisas.

    Gritos são ouvidos.

— A primeira coisa: eu amo essa mulher. — Suas palavras são ditas com um sorriso, que eu tão felizmente retribuo. — Segunda: se eu cheguei aqui hoje, é graças a ela, e não tem um dia da minha vida que eu não seja grato. — Peter beija minha mão, e, se ele não parar, vou começar a chorar. Percebendo isso, continua. — Terceiro, e eu tenho que dizer isso logo, antes que ela vire uma manteiga derretida.

    A multidão ri, assim como eu.

    Peter pega algo no bolso.

— Mary Ann…  — Se ajoelha, e eu quase não consigo ouvir o que ele diz em seguida por conta das pessoas gritando. — Minha Mary Jane, você aceita se casar comigo?

    Então eu percebo que o que ele pegou no bolso é uma caixinha de veludo e que nela há um anel.

    Ai, minha pressão… Eu vou desmaiar… Ai, meu Deus, eu estou tendo um ataque cardíaco…

— Seria bom se você respondesse agora — Peter diz, parecendo nervoso e alheio a mim tendo um treco. — Eu estou meio velho, sabe? Meu joelho não aguenta muito…

— Cale a boca, seu idiota. É claro que eu aceito! — Em meio às lágrimas, dou risada quando Peter fica de pé e me beija, a multidão gritando, quase me deixando surda. — Eu te amo.

— Eu sei.

  Dou-lhe um beliscão.

    Peter põe o anel em meu dedo e deposita um beijo em minha pele.

— Eu amo você, e amarei pelas próximas luas.

    Sorrindo, e com essa promessa entre nós, nos beijamos outra vez.

   

FIM

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Leiam os agradecimentos, por favor 😭😭

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2bjs, môres♥

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐐𝐮𝐞 𝐀 𝐋𝐮𝐚 𝐕𝐚́ 𝐄𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora